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Formação em Psicologia, Direitos Humanos e Compromisso Social: A Produção Micropolítica de Novos Sentidos.

Por:   •  2/4/2018  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  406 Visualizações

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da subjetividade acarreta na reflexão sobre as práticas que a Psicologia possui como produtora da mesma, de como se dá esta atuação e o lugar na qual esta ciência ocupa. Portanto, além de se pensar a fisionomia que os "direitos humanos" possuem de fato, há de se questionar Inclusive a respeito da fisionomia da Psicologia, tendo em vista a responsabilidade desta ciência como produtora de subjetividade, como uma prática que também detém todo o poder de produzir "enquadramentos", modos de vida e estigmatizações. Sendo assim, faz-se uma reflexão critica a respeito da perspectiva epistemológica positivista imposta a ser seguida pela Psicologia. Esta perspectiva, que influencia diretamente na formação de discursos que detêm o poder de estigmatização dos sujeitos é a mesma defendida a ser usada pela Psicologia, para que sirva à demandas como resoluções de situações vistas como "problemas" ou "desajustamentos sociais".

Por conseguinte, o que os autores elucidam no texto é a ideia de que devemos ter consciência de que tanto a Psicologia, assim como a escola e a família, possuem um equipamento social de saber e de poder que também ordena a vida, faz enquadramentos e estabelecem padrões, podendo ser como as outras praticas criticadas até então uma pratica de ajustamento do humano visto como "desviante". Portanto, a Psicologia além de dar conta das individualidades e subjetividades ela é também um problema politico, por produzir verdades e realidades. Assim como foi na época quando ela mesma se constituiu quanto ciência, onde as praticas eram voltadas pra contribuição muitas vezes desta ordem social, aos moldes disciplinares e a estigmatização.

Em suma, devemos tornar de fato o que nos é familiar algo realmente estranho, para que ocorra as mais possíveis formas de questionamentos e problematizações. Devemos assim, atentar-se para todas as forças que perpassam os discursos, as verdades únicas e inquestionáveis da Psicologia, dos direitos humanos, das práticas produzidas pelas ciências e a concepção de homem e cidadão estabelecidas. Pois, na medida em que se tem esta reflexão do homem não sendo de uma forma "industrial", um sujeito modelado e passivo de qualquer ordem e norma. Mas que, muito além disso, este é um sujeito que se constrói através de discursos e enunciados, produzido historicamente e socialmente por jogos de força inclusive. Entende-se, com isso, que não há como utilizar da concepção de "direitos humanos naturais" positivista e determinada, criticada pelos autores, que fomenta padrões e enquadramentos de um "homem normal", com direito a possuir direito. Mas sim, fazer uso de um direito que se altera, assim como o sujeito social a quem este direito é designado, que é produzido a partir da produção de subjetividade.

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