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Figuras Ambiguas

Por:   •  3/4/2018  •  1.888 Palavras (8 Páginas)  •  728 Visualizações

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MÉTODO

Foi seguida a orientação metodológica experimental e o método utilizado foi o de pesquisa e observação.

Sujeitos: fizemos a pesquisa com 12 adultos jovens (entre 25 a 40 anos de idade), sendo 6 de cada sexo, escolhidos entre pessoas de nosso trabalho ou familiares.

Procedimentos:

- Demos esclarecimentos a respeito do experimento;

- Solicitamos a assinatura no documento “livre e esclarecido” aceitando participar do experimento;

- Estabelecemos critérios para a leitura da figura ambígua: a maneira de observação e o tempo que foi de 3 minutos para cada visualização.

-A apresentação da figura ambígua foi feita em 2 etapas, no mesmo dia:

-etapa 1: apresentação da figura, e o próprio sujeito anotava o que via nos 3 primeiros minutos;

-etapa 2: re-apresentação da figura e o próprio sujeito anotava o que via nos novos 3 minutos;

-Observação e anotação da reação dos sujeitos diante da figura.

Materiais: figura ambígua ampliada, papel, caneta e cronômetro.

RESULTADOS

Em nossa pesquisa, os sujeitos eram livres para informar o que viam durante os três minutos, portanto embora tenhamos pesquisado apenas 12 pessoas tivemos um número maior de respostas.

Amostra

Respostas

Homens

6

13

Mulheres

6

14

A pesquisa desfez uma das hipóteses do grupo, pois apenas 30% das respostas dos homens viram a figura sexualizada e a interpretação que permite organizar e dar um significado aos estímulos recebidos foram descritas de diversas formas:

Homens

(4 respostas com nudez)

Mulheres

(1 resposta com nudez)

- chana (órgão sexual feminino)

- mulher nua da cintura até acima do joelho

- mulher nua, parte sexual vagina com pelos pubianos

- quadrante inferior de uma mulher nua

- uma mulher nua, a parte de baixo da mulher

A outra hipótese que era a de que o percentual dos homens que viriam a sexualidade seria muito maior do que o das mulheres que vissem a mesma figura foi confirmada, 30% dos homens viram e apenas 7% das mulheres viram.

Homens

(13 respostas)

Mulheres

(14 respostas)

Nudez

30% - 4

7% - 1

Pessoa

38% - 5

50% - 7

Porém para ambos os sexos, a figura mais vista foi uma pessoa com as mãos para cima também descritas de maneiras diferentes, alguns viram uma criança, outros só pessoa.

Homens

(5 respostas)

Mulheres

(7 respostas)

- um homem de costas com os braços estendidos

- pessoa de braços abertos olhando para a lua

- pessoa de costas com braços abertos para cima de frente o muro luminoso

- pessoa

- uma pessoa sem cabeça com braços para cima

- pessoa com os braços para o alto

- pessoa saudando a lua

- pessoa

- uma pessoa como se estivesse dando um grito pedindo ajuda

- um menino com as mãos para o alto

- desenho de costas com os braços abertos

- uma pessoa com par de chifres

Conforme os resultados apresentados pela nossa amostra, podemos concluir que as pessoas apresentam uma diversidade na leitura de figuras ambíguas.

Com relação às observações dos entrevistadores, não foi identificado nenhum ponto em comum, a única diferença mais forte é que os homens manusearam mais a folha contendo a figura ambígua, viravam-na de ponta cabeça, colocavam mais longe dos olhos, entre outras, já a maioria das mulheres tentou verificar as figuras, do mesmo jeito que a folha foi entregue para elas.

DISCUSSÃO

Retornando à citação do referencial teórico – “O indivíduo tem tendência para organizar todas as percepções segundo dois planos: o da figura, elemento central que capta o essencial da atenção e o fundo, pouco diferenciado”. (www.verafelicidade.com.br/page3.html).

Na relação figura-fundo, existe uma reversibilidade, isto é, a figura vira fundo e o fundo vira figura. Foi constatado no presente estudo que, algumas pessoas, apresentam uma certa dificuldade em perceber essa relação de figura-fundo e a sua reversibilidade. Isso mostra que o processo de percepção, no caso de figuras ambíguas, não é tão simples; requer uma percepção mais apurada.

Notamos, também, que a percepção de figuras ambíguas não depende apenas da vontade da pessoa, depende de sua capacidade de percepção. Realmente, alguns participantes demonstravam muita vontade em conseguir fazer a leitura das figuras, mas devido a uma percepção menos apurada, menos treinada, apresentaram muita dificuldade, independente da vontade.

Constatamos,

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