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Figuras de Linguagem

Por:   •  27/3/2018  •  2.679 Palavras (11 Páginas)  •  392 Visualizações

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a comunicação. Consiste também em dar à palavra uma significação que ela não tem, por falta de termo próprio, empregando-as fora do seu significado real. No entanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que estão sendo usadas no sentido figurado. Exemplos:

- “E tomou a mulher a tampa, e a estendeu sobre a boca do poço, e espalhou grão descascado sobre ela; assim nada se soube.” (II Sm.17.19)

A rigor, quem tem boca são as pessoas e os animais, e não poço. Mas, por falta de um termo mais específico para designar a abertura do poço, chamamo-la de boca, uma forma de comparação com a boca humana.

Da mesma forma, espalhar, como se percebe, vem da palavra palha e deveria, portanto, designar o ato de separar a palha. Mas já está consagrado o uso de espalhar para quaisquer elementos que se dispersem.

d) Perífrase: Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Exemplos:

- O Divino Mestre (=Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.

- O rei dos animais foi genoroso (=o leão).

2.2 Figuras de Construção:

a) Pleonasmo: Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva. Exemplo:

- O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.

Nesta oração, os termos "o problema da violência" e "lo" exercem a mesma função sintática: objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome "lo" classsificado como objeto direto pleonástico.

- Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas. Aos funcionários, lhes = objeto indireto. Nesse caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pronome "lhes" exerce a função de objeto indireto pleonástico.

O pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleonasmo vicioso. Exemplos:

- “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42.5).

- “...Lázaro, sai para fora” (Jo 11.43)

b) Anacoluto: Consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos desligados do resto do período. Obs.: o anacoluto deve ser usado com finalidade expressiva em casos muito especiais. Em geral, deve-se evitá-lo. Exemplo:

- Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.

A expressão "esses alunos da escola" deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma interrupção da frase e essa expressão fica à parte, não exercendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é chamado de "frase quebrada", pois corresponde a uma interrupção na sequência lógica do pensamento. Exemplos:

- O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.

- A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco).

c) Polissíndeto: É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. É particularmente próprio para sugeir movimentos contínuos ou séries de ações que se sucedem rapidamente. Exemplos:

- "Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre” (Olavo Bilac)

- "Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.

d) Elipse: Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto. É uma espécie de economia de plavras. Exemplos:

- Moisés referindo a todo o passo das Escrituras (II Co 3.15).

- Aqui e na eternida.

- Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira.

Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho eamo permitem-nos a identificação do sujeito em elipse "eu".

e) Onomatopéia: Primeiro falado pelo antigo greco “criar um nome”, “fazer um nome” no sentido “afigurar um nome, afigurar um termo”) é uma figura de linguagem na qual se reproduz um som com um fonema ou palavra. A forma adjetiva é onomatopaico. Ruídos, gritos, canto de aninais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias. Por exemplo, para os índios tupis tak e tatak significam dar estalo ou bater e tek é o som de algo quebrando.

2.3 Figuras de Pensamentos:

a) Símbolo: É uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato, por meio doutra coisa ou fato conhecido, para servir de semelhança ou representação. É diferente do tipo por não prefigurar a coisa que representa. Ele simplesmente representa o objeto (Ap.5.5; I Pe.5.8; Js.2.18). Os símbolos podem ser apresentados na forma de objetos (sangue, ouro, etc.); nomes (Abraão, Israel, Jacó, etc); números (seis, sete, oito, etc.) e cores (púrpura escarlate, etc.).

b) Parábola: São narrações alegóricas carregadas de beleza e significado, destinadas a transmitir verdades importantes. As parábolas são limitadas a ocorrências que podem ter acontecido de fato. Jesus constantemente ilustrava suas mensagens com as parábolas. Eram pronunciadas tanto para responder a uma pergunta como para ilustrar determinado assunto.

Nas Escrituras, as parábolas ensinam verdades celestiais. Exemplo:

- “O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie” (Mt 13-47). O significado desta parábola é semelhante ao da parábola do joio. É, portanto, uma figura do que acontecerá. “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos” (Mt 13-49).

c) Símele: É uma comparação que lembra outra explicitamente. Pedro usou um símile quando disse que “…toda carne é como a erva…” (1 Pe. 1:24). Jesus também fez uso do símile quando disse: “…eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos”. A dificuldade dos símiles é descobrir as semelhanças entre os dois elementos. Em que aspecto a carne é como a erva. De que forma os cristãos são como cordeiros?

d)

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