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Fases de observação

Por:   •  5/2/2018  •  1.447 Palavras (6 Páginas)  •  289 Visualizações

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“Este é um momento marcado pelo controle da atividade tanto física como intelectual, onde a criança tenta equilibrá-las as regras do método de aprendizado formal. Com a educação formal, a criança aprende o que é valorizado no mundo adulto e tenta se adaptar a ele. Da idéia de propósito, ele passa a de perseverança, ou seja, a criança aprende a valorizar e, até mesmo reconhece que podem existir recompensas em longo prazo de suas atitudes atuais.”

É possível estabelecer um paralelo a essa teoria quando a criança ao bater com o balanço na cabeça de seu colega e sair correndo, acha em um primeiro momento aquilo engraçado, mas, ao perceber a aproximação de um adulto com feições sérias e reprovando aquela ação, para de sorrir e encara aquilo como algo errado, e sente o peso da culpa - desenvolvida na fase anterior, compreendida como a fase da Iniciativa x Culpa, segundo a teoria psicossocial de Erik Erickson(1946, p.235) - por realizar algo ao qual foi reprovado pela autoridade adulta.

É possível estabelecer outra conexão com a teoria de Erik Erickson no momento em que a criança assume a tarefa de empurrar seu colega, e se altera quando outro colega tenta assumir seu pape. De acordo com Rabello e Passos (2009, p. 8):

“Nesta fase, começam os interesses por instrumentos de trabalho, pois trabalho remete à questão de competência. A criança nesta idade sente que adquiriu competência ao dedicar-se e concluir uma tarefa, e sente que adquiriu habilidade se tal tarefa foi realizada satisfatoriamente. Este prazer de realização é o que da forças para o ego não regredir nem se sentir inferior. Se falhas seguidas ocorrerem, seja por falta de ajuda ou por excesso de exigência, o ego pode se sentir levemente inferior e regredir.”

A criança ao ver que esta sendo deslocada, e outro indivíduo tenta tomar sua tarefa – no caso empurrar seu colega – este se sente sendo inferiorizado, o que ataca seu ego de forma negativa, e se altera emocionalmente tentando reassumir seu papel, e se sentir satisfeito com a realização e conclusão daquela tarefa.

A terceira infância é a fase da vida em que a criança amadurece seu sistema cognitivo e passa a processar as informações com mais facilidade e rapidez, possibilitando que a criança raciocine mais rapidamente suas ações. A criança de sete anos é capaz de aceitar e refletir sobre pontos de vista diferentes do seu, e procura cada vez mais a conexão entre as idéias e justificativas lógicas. Segundo Piaget (1999, p. 42)

“O essencial é que a criança se torna suscetível a um começo de reflexão. Em vez das condutas impulsivas da primeira infância, acompanhadas da crença imediata e do egocentrismo intelectual, a criança, a partir de sete ou de oito anos, pensa antes de agir, começando, assim, a conquista deste processo difícil que é a reflexão. Mas uma reflexão é apenas uma deliberação interior, isto é, uma discussão que tem consigo mesmo, do modo como agiria com interlocutores ou opositores reais e exteriores. “

Nas observações é possível perceber que em diversos momentos que a criança analisa o ambiente e as ações das demais crianças e adultos a sua volta, e em seguida executa uma ação, como correr, se balançar, ou a ida até outro balanço. Neste momento a criança esta em um momento de reflexão interior, discutindo consigo mesmo as condições e conseqüências possíveis para sua próxima ação, baseando nos pontos de vistas diferentes que estão em conflito constante com os seus próprios.

É possível assim, perceber que a criança na terceira infância esta na fase de desenvolvimento constante nos aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais, deixando de lado ações imediatas e entrando no novo universo do mundo adulto, explorando sua meninice de forma natural e se adaptando as mudanças constantes a qual é submetida nesse período, e que possuem papel primordial para o desenvolvimento em seu ciclo vital.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final do presente trabalho, é de se concluir que a observação da dos comportamentos da criança, bem como sua interação com o meio, é uma tarefa que requer bastante atenção às mínimas expressões da criança, essa tarefa também é algo que enriquece o aprendizado, onde foi possível notar que comportamentos específicos bem como contatos sociais acrescentam experiências e aprendizagens na vida das crianças, o que ressalta a importância da criança estar em contato com outras crianças, para se desenvolver com plenitude.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOYD, D. A criança em crescimento. Artmed, 2011.

ERIKSON, E.H. Infância e Sociedade. 2º Edição. Zahar, 1976.

PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. 24º Edição revista. Forense Universitária, 1999.

RABELLO, E.T. e PASSOS, J. S. Erikson e a teoria psicossocial do desenvolvimento, 2009.

VERÍSSIMO R. Desenvolvimento Psicossocial (Erik Erikson). Porto: Faculdade de Medicina do Porto, 2002.

ANEXOS

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