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FINANÇAS NA TERCEIRA IDADE

Por:   •  23/3/2018  •  3.283 Palavras (14 Páginas)  •  245 Visualizações

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“O idoso necessita estar engajado em atividades que o façam sentir-se útil. Mesmo quando possui boas condições financeiras, o idoso deve estar envolvido em atividades ou ocupações que lhe proporcionem prazer e felicidade (MENDES, et al, 2005. p 426).”

“No imaginário social a velhice sempre foi pensada como uma carga econômica seja para família, seja para sociedade – e como uma ameaça às mudanças (FERNANDES, Priscila Matos. 2007. p 7)”. Visto a qualidade e expectativa de vida, a realidade pode ser bem diferente, observando um grande contingente de idosos totalmente ativos e muitas vezes sendo os familiares dependentes destes, como aponta o SPC. “Quase 75% satisfazem necessidades próprias, com rendimentos que possuem, e ao menos 94% dos idosos ajudam no sustento da família (JOVEM PAN. 2014).”

A aposentadoria é o direito do idoso, por ocupação profissional na maior parte de sua vida e por indisposição física, são também para maiores de 65 anos no caso de homens e 60 anos para mulheres, que não possuem condições financeiras e que não contribui há previdência social. A renda do idoso é proveniente principalmente da aposentadoria, ou seja, 80% de pensão e 6,67% chama a atenção que 10,67% esses idosos não possuem renda própria e apenas 2,67% não sabem a providência da renda. Vale lembrar que a aposentadoria continua sendo um tema de discussão nacional (CORTELLETTI. 2004. P 99). Ás vezes o valor recebido pelo idoso não condiz com suas necessidades pelo fato de ficar doente muita das vezes e não ter dinheiro suficiente para despesas da casa, quando o idoso mora sozinho e os remédios entre outros, muitos moram com a família e tendo dificuldades para administrar seu dinheiro . Muitos idosos não sabem quanto ganham principalmente estando com a família, a família acaba usufruindo do dinheiro dos idosos sem autorização muitas das vezes pegando até o cartão do banco, os familiares são tios, tias, filhos e até mesmo os parentes distantes. Muitos fazem também empréstimos no nome do idoso para pagar suas próprias dívidas, negando a dívida por não ser no nome da família o idoso fica com o crédito restrito. As pessoas que usufruem do dinheiro do idoso podem ser punidos. Em torno de 70% de denúncias são registradas pelos idosos, muitos recebem auxílio doença e são insetos ao imposto de renda. Tem idosos que não tem nenhuma condição financeira e a família também não, são cadastrados em alguma instituição. O idoso que não tem meios de promover a sua própria subsistência, que não tem a família, ou cuja família não tenha condições de promover a sua manutenção, terá assegurada á assistência auxiliar (PRESIDENCIA DA REPÚBLICA, 1996).

“As denuncias de abuso financeiro contra idosos quadruplicaram no país entre 2011 e 2013, passando de 4.052 para 16.8 mil (DEBATIN. 2014).” Segundo o mesmo estudo: Em se tratando dos idosos, 68,7% de violações registradas por negligência, 59,3% de violência psicológica, 40,1% de abuso financeiro/econômico e violência patrimonial, sendo para esta população o maior índice desta violação, e 34% de violência física. Em 2015 a faixa etária que apresentou maior aumento na inadimplência foi acima de 61 anos, de 11,8% para 12,2%, segundo o Serasa Experian. Somando 7 milhões de idosos inadimplentes no país, devido a vulnerabilidade financeira.

É visível a pressão financeira contra os mais velhos, segundo apontam as pesquisas:

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Em caso de Alzheimer, se verificado algumas questões, se faz necessário á intervenção financeira, pois:

“Juntamente com os problemas de memória podem ocorrer as dificuldades de “funções executivas”, que são funções cognitivas relacionadas à capacidade de planejamento, abstração, tais como tomar decisões, organização de objetos e pertences, administrar finanças, lidar com o dinheiro quando for comprar algo, planejar gastos, dirigir o veículo (SÈ. 2006).”

Quando da necessidade de interdição, isso é avaliado e decidido pela justiça, ficando o curador do idoso responsável por tais questões:

“A interdição é uma medida judicial de proteção de pessoas que não podem praticar sozinhas atos da vida civil, por incapacidade física ou mental. O objetivo da interdição é nomear um curador para que ele possa administrar a vida civil do interditado. Por exemplo: o curador é responsável por representar o interditado em bancos, órgãos públicos como INSS, em processos judiciais etc. O idoso só deve ser interditado se ele não tem mais capacidade de gerenciar sua vida, por um problema físico (idoso que não consegue se locomover) ou mental (idosos com doença de Alzheimer, Parkinson ou outras demências, por exemplo). O idoso ativo, lúcido e que ainda responde pelos atos de sua vida civil não deve ser interditado (NOTTI. 2011).”

Segundo pesquisa desenvolvida pelo sistema de proteção ao crédito (SPC), em 2014, nas 27 capitais brasileiras, 81% dos idosos participantes de uma pesquisa, afirmavam, serem independentes para gerir as próprias contas, por outro lado somente 38% afirmam manter um controle financeiro e 32% já tiveram o crédito negativado, tanto por falta de planejamento e controle das finanças, questões de saúde e descontrole nos gastos. Seis em cada dez brasileiros com mais de 60 anos consideram a vida financeira nessa fase melhor do que a da juventude. Entretanto, quase metade reclama da falta de produtos específicos para terceira idade. Mais da metade dessa população é responsável pelo sustento da casa. Mesmo assim sobra dinheiro para 41% deles gastarem mais com coisas que desejam (KAWAUTI. 2014).

Especialistas indicam:

“Algumas atitudes que vão ajudar a manutenção de uma vida financeira equilibrada e saudável, tanto antes quanto durante a terceira idade:

- faça um orçamento mensal, relacione suas receitas e despesas.

- determine um percentual da renda mensal a ser poupado e investido.

- estabeleça um valor máximo para gastar sem comprometer seu orçamento e gerar endividamento.

- pesquise muito antes de comprar, procure produtos em promoção.

- negocie descontos para pagar à vista, cuidado com cheques pré-datados e cartões de crédito.

- evite pagar juros e se tiver que parcelar, compare taxas de juro e prazos.

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