A QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE
Por: Ednelso245 • 20/11/2017 • 1.698 Palavras (7 Páginas) • 714 Visualizações
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No Paranoá segundo os dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD, a população estimada é de 48.020 habitantes, e a população acima de 60 anos somam 12,03%, que é entorno de 5.778 de idosos.
O estatuto do idoso, a lei Federal nº 10.741/2003, trata dos direitos fundamentais inerentes, as pessoas com mais de sessenta anos. A lei foi publicada com o intuito de garantir que esses direitos sejam respeitados, e que os idosos tenham condições dignas de existência, e reafirma direitos fundamentais na Constituição Federal de 1998.
Embora o Estatuto do Idoso garanta esses diretos, infelizmente, muitos desses direitos estão sendo ignorados no Conjunto Habitacional Paranoá Parque, como o direito a educação, cultura, esporte lazer, diversões e outros.
Na maioria das vezes essa situação acontece nas regiões mais remotas e com a população de baixa renda, baixa escolaridade e ainda sem recursos de atenção ao envelhecimento, com alto índice de violência, que o caso desta comunidade. Com isso cada vez mais os idosos se isolam nos seus apartamentos cercados de grades e a solidão é a sua única companhia diária.
Desce modo desenvolvi este projeto que tem como objetivo de desenvolver ações para promoção da qualidade de vida das pessoas idosas que se encontram em situações de isolamento social e familiar.
Para este trabalho, partiremos do conceito de qualidade de vida segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) que a:
Qualidade de vida é a percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores onde vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE,1994).
- REFERÊNCIAL TEÓRICO
De acordo com Souza (2007, p.12) envelhecimento e velhice é compreendido com:
Entre todas as definições existentes, a que melhor satisfaz é aquela que conceitua o envelhecimento como um processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, que determinam perda progressiva da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos, que terminam por levá-lo à morte.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2005) qualidade de vida é:
“ a percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito muito amplo
que incorpora de uma maneira complexa a saúde física de uma pessoa, seu
estado psicológico, seu nível de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características proeminentes no ambiente” (OMS, 1994).
Segundo o conceito de Araújo (apud MEDEIROS 1999, p.32) qualidade de vida é:
“uma variável resultante do desenvolvimento pessoal e coletivo, dependente de múltiplos fatores, que determinam nossa capacidade de produzir resultados , ser feliz e ser saudável”.
De acordo com Simões (2001, p.176) afirma que a concepção de qualidade de vida vem mudando com o passar dos anos:
Neste final de milênio se fala em qualidade de vida aliada a obtenção de saúde, melhores condições de trabalho, aperfeiçoamento da moradia, boa alimentação, uma educação satisfatória, liberdade, política, proteção contra a violência, usufruir as horas de lazer, participar de atividades motoras e esportivas, necessidade de conviver com o outro ou então almejar uma vida longa, saudável e satisfatória.
Segundo Neri (1993, p.10), a qualidade de vida na velhice implica em diversos fatores:
Avaliar a qualidade de vida na velhice implica adoção de múltiplos critérios de natureza biológica, psicológica e sócio-estrutural. Vários elementos são apontados como determinantes de bem-estar na velhice: longevidade, saúde biológica, saúde mental, controle cognitivo, competência social, produtividade, eficácia cognitiva, status social, renda, continuidade de papéis familiares e ocupacionais e continuidade de relações informais em grupos primários.
Segundo as autoras Penna e Santo (2006, p. 19):
A compreensão de qualidade de vida na velhice está atrelada ao significado de velhice dada pelos idosos onde devem ser consideradas as referências às mudanças do corpo e as imagens desse corpo, os contrastes sociais e culturais que caracterizam o curso de vida, se o passado foi marcado pela busca de sobrevivência, pelo trabalho com poucas garantias ou não, e se hoje na velhice, sobrevivem com a ajuda de familiares ou são independentes. O envelhecimento bem-sucedido não é um privilégio ou sorte, mas um objetivo a ser alcançado por quem planeja e trabalha para isso, sabendo lidar com as mudanças que efetivamente acompanham o envelhecer.
De acordo com Siqueira (2002,p.49) :
“independente de sua idade, as necessidades psicológicas e sociais
do indivíduo permanecem, portanto é viável afirmar que o idoso almeja manter suas relações sociais. “A teoria da atividade influenciou e influencia até hoje os movimentos sociais de idosos e orienta proposições nas áreas do lazer e da educação não-formal, afirmando que são veículos privilegiados para a promoção do bem-estar na velhice”
Borges (2003), ressalta que no Brasil, ao contrário do que ocorre em países desenvolvidos, o processo de envelhecimento populacional ocorre bruscamente e
Coincide com um quadro de crise nos Estados, com o agravamento dos problemas e desigualdades sociais. E as políticas sociais são determinadas por interesses políticos e econômicos, os benefícios sociais são negociados como mercadorias em função de interesses e não das necessidades da população.
Segundo a Veja, em 2015 será o início de um novo capítulo da história humana. Previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, até dezembro, a população de crianças com menos de 5anos será ultrapassada pela faixa com mais de 65 anos de idade.
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