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“Estruturalismo" - História da Psicologia Moderna

Por:   •  27/4/2018  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  482 Visualizações

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de experiência consciente.

Introspecção

Seu método de introspeção – auto-observação – se baseava em observadores rigorosamente treinados para descrever elementos em estado de consciência. Para ele, aprendemos a descrever uma experiência a partir de estímulos. E essa prática deveria ser abandonada pelo observador.

Como Kulpe, descreve seu método, introspecção experimental sistemática, a partir de relatos detalhados, subjetivos e qualitativos de atividades mentais durante o processo de introspecção. Opôs-se a Wundt por se interessar na análise da experiência consciente em sua complexidade a partir das partes dos componentes e não com a síntese dos elementos por meio da apercepção. Titchener visava as partes, enquanto Wundt, o todo.

Sofreu também a influência mecanicista ao enxergar seus observadores como instrumentos mecânicos passíveis de registro, que reagem e respondem objetivamente “às observações das características do estímulo observado”. Ou seja, os considerava máquinas (p. 96). Eram treinados para uma observação mecanizada.

Propunha uma abordagem experimental de observação introspectiva na psicologia, usando de rigor nos experimentos científicos, assim, “um experimento é uma observação que pode ser repetida, isolada e variada”.

Baseava-se em vários estímulos a fim de proporcionar observações extensas e detalhadas dos elementos de suas experiências. Seus observadores deveriam se atentar para o efeito produzido pelo estímulo sobre a consciência. Essas observações eram subjetivas e qualitativas.

Elementos da consciência

Propostas para a psicologia:

1- Reduzir os processos conscientes a seus componentes mais simples

2- Determinar as leis de associação desses elementos da consciência

3- Conectar os elementos às suas condições fisiológicas

Em sua pesquisa, busca descobrir os elementos da consciência a partir de três estados elementares: sensação (elementos básicos da percepção), imagem (refletem as experiências) e afetivos (elementos da emoção).

Categorizava os elementos mentais da mesma maneira que os elementos químicos, agrupando-os em classes.

Características consideradas fundamentais na experiência: qualidade, intensidade, duração, nitidez.

Imagens e sensações possuem as quatro características. Estados afetivos possuem qualidade, intensidade e duração. Processos sensoriais – visão e tato – possuem a extensão (noção espacial). (p. 97)

Os processos conscientes podem ser reduzidos a um desses atributos. Seus alunos estudaram estados afetivos o que levou à rejeição da teoria tridimensional do sentimento de Wundt. Para Titchener, o afeto estava presente em apenas uma dimensão – prazer ∕ desprazer, rejeitando as dimensões de tensão ∕ relaxamento e excitação ∕depressão.

Ao final de sua vida, não abordava mais o conceito de elementos mentais e afirmava que a psicologia deveria se dedicar ao estudo das dimensões ou processos mentais (qualidade, intensidade, duração, nitidez e extensão). Na década de 20 problematiza o termo psicologia estrutural e passa a chamar sua abordagem de psicologia existencial. E passou a adotar o tratamento fenomenológico (experiência como um todo, não mais dividida em elementos). (p. 97)

Críticas ao estruturalismo

Na segunda década do século XX, psicologia estrutural foi considerada uma “tentativa fútil de ater-se a princípios e métodos antiquados”.

Críticas à introspecção

Baseava-se no tipo de prática de observação utilizada em seu laboratório (Titchener e Kulpe) por manipular relatos subjetivos de elementos da consciência, em oposição ao método de Wundt (objetivos e quantitativos).

Essa crítica já não era novidade: Kant dizia que toda tentativa de introspecção alterava a experiência consciente observada, por introduzir uma variável de observação no conteúdo da experiência consciente; Comte alegava que se fosse possível a mente observar sua própria atividade teria que se dividir em duas partes (observadora e observada), algo impossível.

Outra crítica era o treinamento dos observadores, devido a instrução de ignorar as palavras com significado, para se ater a formas básicas específicas da experiência. E para isso desenvolvia-se uma linguagem introspectiva, a fim de controlar as condições externas do experimento e assim determinar de forma precisa a experiência consciente. Assim, dois observadores deveriam vivenciar experiências idênticas e resultados congruentes. E o controle sobre essa observação desenvolveria um vocabulário de palavras sem significado. Essa ideia não foi concretizada devido a discordância entre os observadores, ainda que se detesse a mesma experiência.

Outra crítica seria a introspecção uma forma de retrospecção, já que haveria um intervalo entre a experiência e seu relato, o que causaria a perda de parte do conteúdo pelo esquecimento antes que se produzisse o seu relato.

O inconsciente de Freud levou a outra crítica ao método introspectivo, pois se parte da função mental é inconsciente, a introspecção não serviria para explorá-la.

O estruturalismo foi considerado

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