Dimensão ético-afetivo do adoecer da classe trabalhadora
Por: Lidieisa • 2/6/2018 • 876 Palavras (4 Páginas) • 1.137 Visualizações
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As ações das mulheres faveladas em movimentos sociais eram na insistência na dimensão ético-afetivo do processo saúde-doença, em reflexões de Dejours, Spinoza em sua obro de Ética. Segundo Dejours, (1986) “Saúde é liberdade de movimento do corpo e da mente, ao contrário de doença que “é a fixação, de modo rígido, dos estados físicos e mentais””. Saúde é a possibilidade de ter esperança e potencializar esta esperança em ação. Segundo Spinoza (1957) “Adoecer é a diminuição da potência de agir numa concepção”.
Essas mulheres demonstram que o adoecer da pessoa é atingido em sua integridade psíquica e física e não pode se dizer qual causa mais sofrimento, ou qual é mais relevante. Há necessidades que são fundamentais para o desenvolvimento do homem alcançar a plenitude de condição humana, que são: o pensar, o agir, o imaginar e o amor. Sendo assim o direito à saúde é a satisfação de toda essas necessidades sem sobreposição de uma sobre a outra e o bem estar. Saúde não é doença, ou estado pleno de felicidade e bem estar. As mulheres favelas falam que saúde consistem em não ter angustia e depressão, mas em ser saudável, embora angustiado.
Assim o que se pretende enfatizar neste artigo é que na promoção da saúde, não é apenas distribuir medicamentos ou ensinar novos conhecimentos e padrões comportamentais, mais sim é importante atuar nas necessidades e emoções que rodeiam tais conhecimentos, portanto é na base afetiva do comportamento. Conhecimento, ação e afetividade são elementos de um mesmo processo, o de orientar a relação do homem com o mundo e com o outro.
Bader Burihan Sawaia, mestrado em Psicologia Social pela PUC-SP, autora do livro - Transformação social: uma questão para a psicologia social? Psicologia e Sociedade (Impresso), 2014.
Aluna acadêmica da faculdade Anhanguera Leme, Geovana Pavan Capodifoglio.
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