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O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES DA CLASSE TRABALHADORA

Por:   •  28/11/2018  •  1.182 Palavras (5 Páginas)  •  574 Visualizações

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É tomado como referência, pelas autoras Cardoso e Lopes (2009), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como exemplo de um movimento social combativo e que conta com assistentes sociais e que muitos deles não se reconhecem como tais no movimento, apenas como militantes, mas que o trabalho que desenvolvem é expressão concreta da profissão, a partir das demandas do movimento à equipe interprofissional. Tais demandas referem-se à educação e à produção. A primeira trata-se de demandas voltadas à educação formal e à formação política dos assentados, na direção da construção da consciência de classe indispensável à luta; e a segunda, as demandas envolvem o fortalecimento das cooperativas agrícolas, a qual visa à organização da produção através do trabalho cooperativo entre famílias, na perspectiva de garantir o avanço da reforma agrária (pauta do MST).

Os assistentes sociais inseridos nas equipes interprofissionais atuam principalmente no incentivo e apoio político-organizativo às formas coletivas de trabalho, como mutirões, associações e grupos coletivos; na mobilização e organização das famílias trabalhadoras para inserirem-se nos processos de educação formal e política, vistas como essenciais para a tomada de consciência de classe; e na produção e socialização de conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento de sujeitos coletivos. (CARDOSO; LOPES, 2009, p. 14)

Por último, Cardoso e Lopes (2009) indicam algumas estratégias que consideram importantes de serem realizadas pelos assistentes sociais junto às organizações da classe trabalhadora, são elas: prestar assessoria técnica e apoio político aos setores organizados da classe trabalhadora, na criação de mecanismos de resistência e de luta; desenvolver junto aos trabalhadores atividades educativas formadoras de um modo de pensar e agir que lhes permitam a constituição de um núcleo organizatório que leve adiante um projeto coletivo de transformação social e desenvolver um trabalho pedagógico que contribua para os trabalhadores formularem e implementarem uma política que concretize a participação das massas, construindo novas relações hegemônicas.

Em suma, consideramos que a década de 1990 marca de modo negativo o trabalho dos assistentes sociais nas organizações da classe trabalhadora, mas por outro lado marca os avanços na consolidação do Projeto Ético Político do Serviço Social, o que permitiu pensar novas estratégias de luta e resistências do trabalho do assistente social nos espaços de organização da classe trabalhadora. Portanto, é essencial o trabalho dos assistentes sociais nas organizações da classe subalterna, a organização e formação de consciência dos trabalhadores, porém é necessário, sobretudo, refletir sobre um novo projeto societário mais justo e menos desigual, pois dessa forma poderemos conquistar a emancipação humana e superar as expressões da questão social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSCHETTI, Ivanete. Os custos da crise para a política social. In: BOSCHETTI, Ivanete [etal.] (orgs). Capitalismo em crise, políticas sociais e direitos. São Paulo: Cortez,2010.

CARDOSO, F. G.; LOPES, J. B. O trabalho do assistente social nas organizações da classe trabalhadora. In: ABEPSS; CFESS. (Org.). Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: Cfess/Abepss, UnB, 2009, p. 01-16.

GRAMSCI, Antônio. Concepção dialética da história. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

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