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DEPRESSÃO: UM DESAFIO ÀS EMOÇÕES DE JOVENS E IDOSOS

Por:   •  4/2/2018  •  1.942 Palavras (8 Páginas)  •  375 Visualizações

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Em relação a depressão nos idosos, segundo STELLA e GOBBI (2002), as causas desta configuram-se dentro de um conjunto amplo de componentes onde atuam fatores genéticos, eventos vitais, como luto e abandono, e doenças incapacitantes, entre outros. Cabe ressaltar que a depressão no idoso frequentemente surge em um contexto de perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e ao surgimento de doenças clínicas graves.

3. AS EMOÇÕES DURANTE O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO DE JOVENS E IDOSOS

3.1. DEPRESSÃO X EMOÇÕES

As Emoções humanas são um universo no interior do qual gravitamos a todo o instante. Estão presentes em todos os momentos da nossa vida, tendo nós de “conviver” com as nossas Emoções e com as dos outros, CHABOT (2000). Por isso, as Emoções desempenham um papel central na saúde dos seres humanos. Podem fazer-nos felizes ou tristes, podem-nos tranquilizar ou nos inquietar. Sendo as Emoções uma parte integrante da nossa vida, e sendo a ansiedade uma emoção frequente em pessoas com Depressão, ajudar as pessoas a gerir a ansiedade torna-se imprescindível no plano terapêutico mais global na Depressão. De acordo com CORDEIRO (2003), a Depressão é caracterizada por humor depressivo, em que está presente um sentimento monótono de tristeza, a pessoa sente-se desesperada e sem esperança e pode apresentar labilidade emocional.

Atualmente, a depressão em Jovens é considerada comum, debilitante e recorrente, envolvendo um alto grau de morbidade e mortalidade, representando um sério problema de saúde pública, mesmo sendo bastante recente o interesse científico pela depressão neste período da vida.

A Depressão também é um problema de saúde frequente entre Idosos, pelo qual as mudanças no humor e as limitações impostas a eles se tornam constante.

No entanto, embora o envelhecimento normal possa apresentar uma lentificação dos processos mentais, isto não representa perda de funções cognitivas.

3.2. RELATOS DOS CASOS

CASO 1:

Um jovem de 17 anos foi entrevistado em sua residência, demostrou-se deprimido, onde descreveu sua história. Ressaltou que há momentos sempre difíceis e já quis comenter suicídio.

O mesmo se encontra no meio da bagunça do seu refúgio e com o pensamento longe.

Tendo uma vida conturbada e estressante, tanto como estudante e como filho, é preocupado com os afazeres, desejando que tudo seja perfeito, não é muito presencial no relacionamento com os pais, é um jovem muito complicado e tem incapacidade de se entender, pensa muito e é confuso.

Tenta adivinhar o que virá a acontecer e identificar os pensamentos de outras pessoas. Por isso não realiza muitas coisas, devido seu excesso de pensamentos.

Ao achar que estava pensando de mais, espera as coisas acontecerem sem ter intervenções, tendo crises existencialistas, colocando sempre defeitos em si e com autoestima baixa. Diante deste quadro, procurou um especialista e descobriu que estava com Depressão. Com o diagnóstico ficou mais recuado, seus questionamentos e suas Emoções ficaram mais conturbadas, sabe que tem a doença, mas busca um incentivo para tentar se curar.

Toma remédios diariamente, mas acha que não serve para nada, pelo contrário, fica estressado tem vontade de sumir, não dorme direito, pois seus excessos de emoções e sentimentos (tristeza, infelicidade e insegurança) acabam lhe perturbando.

Acha que não tem amigos, que não tem atenção das pessoas, que ninguém se agrada com ele, sempre fica só e tem medo disso tem medo de ficar velho e continuar vivendo em solidão, se sente triste e inútil.

Se sente frágil, fraco, tem medo de não se curar, pois precisa da atenção das pessoas e ele não tem. Não pode consumir bebidas alcoólicas e isso o deixa recuado e triste, pois era uma forma de se sentir feliz através da bebida. Tem esperança que um dia o incentivo que espera para ser curado e lhe tire da solidão virá.

CASO 2:

A entrevista foi feita na própria residência da entrevistada e durou cerca de 7 minutos. A aproximação com a mesma não foi um problema, já que ambas (a entrevistadora e a entrevistada) já se conheciam. Ela é idosa, aposentada e não trabalha. Durante os questionários, percebia-se que ela estava bem nostálgica. A senhora falou um pouco sobre sua rotina, contou que às vezes era tranquila, mas às vezes não (e isso interferia diretamente em como ela fazia seus afazeres domésticos).

Relatou que havia sentindo os sintomas da Depressão e optou por procurar um médico para ter certeza de qual era seu problema. Além da tristeza, ela se sentia sozinha, desamparada e até já teve vontade de morrer.

Após o diagnóstico, tentou sair mais de casa (procurando distrações) e recorrer a Deus mais do que antes. Hoje, a mesma não está mais em tratamento, mas durante o processo da Depressão, contou que tomava remédios e procurava sempre está cercada por algum amigo.

Por fim, falou que não tinha nenhum temor por já ter tido Depressão (apesar de ser ciente que às vezes os sintomas voltam), por que sabe que se esse problema voltar poderá com seus amigos e com Deus, que é o motivo pelo qual ela não desiste da vida.

3.3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS CASOS

Como conhecimento das Emoções, observa-se que nos Jovens existem importantes características que são típicas do transtorno depressivo maior nesta fase da vida. Apresentam-se principalmente irritáveis e instáveis, ao invés de demonstrarem ou queixarem-se de tristeza, podendo ocorrer crises frequentes de explosão e raiva.

Apresentam humor irritado e ainda perda de energia, desinteresse importante, sentimentos de desesperança e culpa, perturbações do sono, principalmente hipersônia, alterações de apetite e peso, isolamento e dificuldade de concentração.

Outras características próprias desta fase são: baixa autoestima, ideias e tentativas de suicídio e graves problemas de comportamento, especialmente o uso abusivo de álcool.

A prevalência elevada da Depressão nos Idosos pode ser explicada pela solidão e doenças existentes nesse período. No entanto, embora o envelhecimento normal possa apresentar uma lentificação dos processos mentais, isto não representa perda de funções cognitivas.

Ambos os casos de Depressão demostram sintomas semelhantes, como é o caso da tristeza

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