CONTEMPORARY CHALLENGES PSYCHOLOGY OF SPORT: A LOGOTERAPIC LOOK

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Especificamente, trabalhar-se-á quanto à temática das atuais perdas sofridas no esporte brasileiro e como a Psicologia do Esporte e a Logoterapia com seus conceitos e estudos podem contribuir para uma resignificação e mudança de conjuntura do cenário esportivo atual.

Para a construção deste estudo foi feita uma Revisão Bibliográfica a partir das principais obras de Frankl; de artigos científicos publicados nas plataformas Google Acadêmico e Scielo

sendo encontrados 25 artigos em média, dos quais 5 contribuíram significativamente para o estudo; além de artigos publicados em obras de Psicologia do Esporte dos principais autores da área.

O FUNDAMENTAL PAPEL DA PSICOLOGIA DO ESPORTE NO ESPORTE

Contemporânea da Psicologia Geral e iniciada a partir de estudos das habilidades motoras e dos processos físico-fisiológicos, a Psicologia do Esporte surge com o desejo de compreender o comportamento humano na prática esportiva e suas consequências. Os primeiros estudos eram mais a respeito do desejo de compreensão da influência do aspecto psicológico na prática esportiva. No Brasil, esta surge de forma sistematizada no final da década de 70 com sua associação e vem se desenvolvendo ao longo dos anos. Atualmente, o país conta com grandes profissionais da área, como Rubio, Carvalhaes, Silva, João Ricardo, dentre outros. Apesar do crescimento, percebese que a formação em Psicologia do Esporte não é integralizada em grande maioria dos currículos das universidades brasileiras, sendo necessário o investimento nas poucas formações complementares existentes. [pic 3]

O estudo da Psicologia do Esporte torna-se necessário para compreender a infinitude do homem no desenvolvimento de práticas esportivas. No mundial de futebol ocorrido no Brasil neste ano, muito se falou em Psicologia do Esporte, na presença e ausência de Psicólogos formados na área para capacitação dos atletas, da importância e necessidade desses estudos não só voltados para a melhora do rendimento dos atletas, mas para a aquisição da resiliência nas competições e jogos, na promoção de saúde, dentre outros ramos.

Enquanto áreas de atuação, a psicologia do esporte subdivide-se em duas áreas: as voltadas à prevenção e reabilitação, e a voltada ao auto rendimento e melhoria e desempenho. Além disso, diversos profissionais da psicologia do esporte compreendem que suas áreas de atuação são o ensino, a pesquisa e a intervenção. Apesar do crescimento da área e do número de profissionais psicólogos dedicados ao esporte, muitas das pesquisas são feitas à luz da psicologia comportamental, já que, inicialmente o desejo principal era a compreensão do comportamento humano na prática esportiva.

Após estudo feito por Vieira et al (2010), observou-se que os cinco temas mais estudados nos últimos doze anos por psicólogos do esporte são: estresse e ansiedade; motivação e auto estima; coesão de grupo e liderança; intervenção psicológica; e autoconfiança. [pic 4]

Frankl em sua teoria traz também contribuições ao estudo do ser humano no esporte. As técnicas de intenção paradoxal e dereflexão encaixam perfeitamente em claros casos de hiper-atenção e hiper-intenção nas práticas esportivas. Além disso, a sua própria compreensão a respeito do esporte possibilita novos olhares para as atuais temáticas estudadas, como a motivação. Para Frankl (2005), o esporte se enquadra como o espaço que traz as tensões suficientes necessárias e procuradas pelo homem, espaço esse muitas vezes criado pelo próprio homem, que seria o próprio esporte.

LOGOTERAPIA: PERDAS E

SIGNIFICADO

Viktor E. Frankl foi professor de Neurologia e Psiquiatria na Universidade de Viena e fundou a Logoterapia, ou seja, terapia voltada para o sentido que foi construída essencialmente a partir da experiência tida por Frankl nos campos de concentração nazistas, no qual ele viveu durante quatro anos. O pensamento a respeito da Logoterapia já vinha sendo construído antes desta experiência, entretanto, essa foi fundamental para solidificação dos conceitos da teoria e da concepção de mundo frankliana.

Por ser a terapia voltada para o sentido da vida, a Logoterapia vê o homem nas suas possibilidades de sentido a serem realizadas no futuro, ou seja, ela é menos retrospectiva e menos introspectiva e concebe a busca de sentido na vida como a força motivadora do ser humano (Frankl, 2012). Vale ainda ressaltar, que o conceito chave da Logoterapia, a vontade de sentido, difere-se dos dois outros conceitos centrais das duas escolas vienenses anteriores a ela, já que, a vontade de prazer (princípio do prazer) é o cerne da psicanálise freudiana e a vontade de poder é enfatizada pela psicologia adleriana.

Frankl vê o ser humano como o detentor do sentido de sua vida e o único responsável pela realização deste que é a motivação primária de sua vida. Este sentido é específico e exclusivo de cada homem e o seu cumprimento é a realização da vontade de sentido. Em suas observações e pesquisas, o autor percebeu que a disposição para vida de um ser humano vem daquilo que o motiva a viver. A Logoterapia propõe, assim, claramente uma forma de ver o homem, compreendendo-o como um ser livre, transcendente, consciente, irredutível, irrepetível, responsável e sedento de sentido.

A grande proposta da Logoterapia é a ajuda ao homem para encontrar sentido em sua vida, proporcionando-o uma posição de responsabilidade diante das possibilidades de sentido apresentadas. Percebe-se que essa busca do homem, ao invés de gerar um equilíbrio interior, causa uma tensão entre o vivido e o há viver, que é vista como ponto fundamental para a saúde mental do indivíduo. Para Frankl:

O que o ser humano realmente precisa não é um estado livre de tensões, mas antes a luta e a busca por um objetivo que valha a pena, uma tarefa escolhida livremente. O que ele necessita não é a descarga de tensão a qualquer custo, mas antes o desafio de um sentido em potencial à espera de seu cumprimento. (Frankl, 2012, p.130)

A partir disso, o autor compreende três principais situações em que se é possível desdobrar sentido. A primeira seria através dos valores de criação, onde o homem desenvolve seu trabalho e é passível de criar algo; a segunda se dá através dos valores de experiência e vivência, onde algo é experimentado em sua originalidade única; a terceira seria através dos valores de atitude, que correspondem à qual postura o homem assume diante do inexorável. Todas essas três situações são para Frankl