Boulevard Of Broken Dreams
Por: Jose.Nascimento • 12/1/2018 • 1.878 Palavras (8 Páginas) • 449 Visualizações
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Por que não são os sonhos que desistem de nós, nós é que desistimos deles.
(A luz vai diminuindo enquanto a música vai aumentando gradativamente – 30 segundos de música de época)
NARRADOR:
O meu olhar é desatento
Quase que sem querer me perco completamente
Vou por ai, junto ao vento
Me perdendo em meio a tanta gente
E pensamentos aleatórios me seguem
Às vezes meus, às vezes teus
Sempre uma nova fonte de atração aos meus ouvidos
Músicas belas e tristes que suas lagrimas compõem até dormindo
Mas agora neste momento
Pelo pouco que pude perceber
Aqui dentre vós um certo alguém tem algo a dizer
Palavras belas, que por dentro gritam
Vamos ouvir o nosso lúgubre desconhecido
O POETA
Eu sou a carta, a prosa, o autor.
Alguns nascem músicos, outros pintores, e eu nasci escritor.
Nasci pra gritar ao mundo o que me grita por dentro
Sem necessitar de alarde, apenas escrevendo.
Palavras belas, palavras rimadas, simples palavras
Criando historia, compondo poemas, fazendo cartas
E como todo autor precisa de inspiração, eu tive mais do que isso
Eu tive na vida, uma razão.
Ela e simplesmente ela, minha amada.
Quem deu a minha historia, o ar dos contos de fada
E feliz vivi, cheguei a crer no final feliz
Aquele onde tudo é para sempre e só se sabe sorrir.
Tolo prepotente, apaixonado iludido
A vida sempre nos da presentes, embora também nos tire
E numa primavera que pulou o verão e foi direto ao outono
Nossos sonhos ficaram para trás no abandono
Nossos risos de dispersaram ao vento
E desde então tem sido um longo inverno
Onde o sorriso mais amável e o perfume mais doce
Se perderam no chão ao qual foram confinados
A sete palmos.
Ela e sua pela macia e expressão calma
Agora são apenas as almas das lembranças que habitam em mim
E nada mais pronunciei de alegre
Minhas palavras apenas transcrevem
A tristeza imensa que sufoca meu ser
Porém neste mundo quem não é feliz
Ou ao menos se faz parecer
Ninguém quer ouvir, ninguém quer ler
As pessoas sempre encontram uma maneira
De ridicularizar a dor alheia
Como se todos fossem gigantes
Quando na verdade são tão frágeis quanto castelos de areia
Talvez eu assim como ela devesse morrer
Antes chorar quando estou triste.
Do que mentir que a dor não existe
(A luz vai diminuindo enquanto a música vai aumentando gradativamente – 30 segundos de música de época)
NARRADOR:
Se com um sopro se faz uma vida
Então a vida sempre foi uma mágica
Mas é preciso mais do que poder e algumas palavras
Pra fazer o tudo, surgir do nada!
Senhoras e senhores batam palmas, temos um mágico na casa!
(O mágico sobe ao palco junto de sua assistente e tenta fazer um truque, porém fracassa e fica cabisbaixo, enquanto ela o observa)
Assistente: - Senhor, meu senhor! Por que não abre seus olhos para o que esta fazendo?
És aparentemente um fracasso, mas será que é por acaso?
Mágico: - O que queres com isso dizer? Explique melhor pra que eu possa compreender!
Assistente: Me lembro dos seus olhos reluzindo ao som do jazz e seus passos sim tinham mágica, bem mais do que suas tentativas falhas... Não reconheces seu próprio talento, seu sonho se manifestando por dentro? Por que insistes em ser um mágico? És um dançarino de fato!
Mágico: - Abracadabra, hocus pocus, tem razão não me fazem efeito! Meu sonho brilha em mim desde pequeno, mas me comprometi ao meu pai orgulhar e seguir seus passos, com mágica me apresentar.
Assistente: E com mágica se apresentará! Deixe que todos vejam, o dom que você tem pra compartilhar... dance!
Mágico: Não devo!
Assistente: Dance! E por uma noite, um breve momento, seus sonhos da Broadway se realizaram aqui mesmo...
Mágico: - Certo, mas você me acompanhara nesse sonho.
(O mágico começa a dançar um musical e a assistente o acompanha)
(A música encerra e a luz vai diminuindo enquanto outra música vai aumentando
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