Análise do filme "Pão e rosas"

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caso do filme, a partir do momento em que Maya, através de Shaphiro, entra nesse processo de conscientização, passa a compreender a importância que essas forças têm nas suas condições de trabalho (momento em que Shaphiro a visita em casa) e mais adiante coloca o agente externo em contato com os outros trabalhadores (primeira reunião dos funcionários), ampliando assim o nível de conscientização para a maior parte da comunidade.

III. Cultivar estratégias e recursos funcionais para a conquista de papeis sociopolíticos pessoais ou coletivos: o que no filme, começa a se desenvolver quase ao final, dando indícios de desenvolvimento dessa etapa na cena em que os manifestantes são presos.

Alguns objetivos do fortalecimento (desenvolvimento pelos atores sociais de recursos para a transformação da realidade, superação das condições de vida, execução de ações libertadoras), foram alcançados por alguns trabalhadores, principalmente aqueles que se dispuseram a participar de todo o processo. Em contraposição, alguns trabalhadores não envolveram da forma esperada ou mesmo não passaram pelo processo de conscientização (Rosa).

2. Um psicólogo(a) poderia atuar como agente externo, atuando em conjunto com o sindicato, além de intervir na relação abusiva do chefe com os empregados. Atuar expondo as situações trabalhistas precárias vividas pelos trabalhadores, através de reuniões com o objetivo de esclarecer seu papel, levantando junto com a comunidade as problemáticas, analisando as interposições e planejando conjuntamente as possíveis intervenções a serem feitas pela comunidade. Além de trabalhar as questões latentes na comunidade, como problemas de relacionamento entre os trabalhadores e tentando expor junto com a comunidade as importância do desenvolvimento desse processo àqueles que ainda não passaram pelo mesmo, tomando com cautela essa intervenção, para não trazer uma imagem autoritária tanto para o psicólogo quanto para os outros trabalhadores já envolvidos no processo.

RFERÊNCIAS

FREITAS, M. F. Q. Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões sobre a prática do psicólogo. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 11, n. 1, 1998.

MONTERO, M. A Tensão entre o fortalecimento e as influências alienadoras no trabalho psicossocial comunitário e político. In: GUZZO, R. S. L.; LACERDA JR., F. (Org.). Psicologia e Sociedade: interfaces no debate da questão social. Campinas, SP: Alínea, 2010. p. 65-81.

Pão e Rosas. http://www.imdb.com/title/tt0212826/ <acessado em 28 de fevereiro de 2016>

SAWAIA, B. A apropriação científica de um conceito tão antigo quanto a humanidade. In: CAMPOS, R.H.F. (org) Psicologia Social Comunitária: da solidariedade à autonomia. Vozes. Petrópolis, 1996.