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Análise do filme As melhores coisas do mundo

Por:   •  25/1/2018  •  1.136 Palavras (5 Páginas)  •  354 Visualizações

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A separação dos pais deles, pelo motivo de que o pai foi ficar com outro homem gerou várias situações, como a tentativa de Pedro e Mano tentarem esconder isso, o bullying na escola quando os alunos ficam sabendo, a relação dos filhos com o pai e com a mãe, etc. A mãe sofre e ao mesmo tempo não se implica com aquilo que vivencia, parece não querer representar do ponto de vista consciente aquilo que ela precisa dizer e simbolizar alguma coisa a partir desse sofrimento que é evidente tanto para ela quanto para os filhos nessas situações geradas.

O personagem Pedro vivencia também o que Freud chamou de desamparo e dor psíquica, onde é estabelecido o quanto ele vai se servindo a partir do momento que ele se depara com as situações cotidianas e das quais ele passa a ter uma dificuldade de simbolizar, fazendo com que se sinta desamparado, estabelecendo-se uma dor psíquica. Essa condição de desamparo enfatiza a urgência que o sujeito tem de se livrar da tensão, que é ocasionado pelo excesso de excitação (onde tem relação psíquica com o corpo).

Todas essas vivências, esses acontecimentos e situações foram se somando tanto para o Mano quanto para o Pedro, a diferença é que cada um simboliza isso de uma maneira diferente. Evidenciando o Pedro, ele utiliza as redes sociais para se expor com escritas melancólicas e até avisa que vai morrer, propõe ainda para a namorada um triangulo amoroso e, posteriormente, a tentativa de suicídio que já é uma passagem ao ato mal sucedido (onde ele não consegue dar um fim em sua relação com o mundo, a toda sua angustia e sofrimento). O filme então nos mostra os desencantamentos e as possibilidades de lidar com o traumático.

De acordo com a visão freudiana, a dor psíquica provocada pelo excesso que inunda o psiquismo é comparada ao desprazer próprio da dor corporal. Isso nos faz pensar em como o sujeito tem representado essa dor corporal, o que tem sido feito com os corpos e quais as representações que tem feito nessa relação entre o sujeito psíquico e o corpo. Por mais que se é pensado nessa condição humana, a psicanálise estabelece um arranjo que ocasiona a possibilidade do sujeito simbolizar e então sair desse lugar que é estabelecido pelo que não é possível representar.

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