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Abuso sexual de criança e adolescente

Por:   •  24/4/2018  •  1.544 Palavras (7 Páginas)  •  339 Visualizações

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Esclarece-se, desse modo, que o prazer sexual experimentado, mas não simbolizado na ocasião da primeira cena, reaparece na segunda sob a forma de susto, e as lembranças do riso e da roupa estabelecem a ponte verbal que as une. Sua sensação de estar vestida de forma inadequada na segunda cena torna-se, assim, compreensível, de modo que Freud pôde asseverar, desde então, que ”a lembrança fica recalcada apenas quando se torna trauma por ação retardada” (Freud, 1895/ 1950-1977, p. 468),. O sintoma é, neles, uma autêntica substituição.

Lima & Polo, 2005, relata outra experiência de estrupo. Lúcia ao completar uma ano após ser estuprada, teve um um sonho . Sonhara com a repetição da cena, ou seja, produzira um “sonho traumático” semelhante aos que ocorrem nas assim chamadas “neuroses de guerra”, revelando um esforço de elaboração do trauma prosseguido em nível inconsciente, isto é, desconhecido pelo eu. Contudo, as únicas associações que fez do sonho diziam respeito ao sentimento insuportável de que a mãe a considerava culpada pelo ocorrido, interpretando nesses termos algumas das falas da mãe, como a de que “ suas roupas são indecentes e provocativas”.

Havia indícios de que necessitava construir um Outro gozador, sobre o qual projetar seus próprios sentimentos de culpa, ligados ao gozo sexual proibido, porém experimentado, malgrado a violência de que fora realmente vítima. Daí em diante, suas notas escolares sofreram uma queda e ela produziu uma série de pequenos sintomas somáticos: rinites, cefaléias e dermatites. O trauma que vivera serviu como desencadeador de uma estrutura e tipo clínicos, certamente prévios, mas, infelizmente, não temos como saber se terá ou não instaurado uma “compulsão à repetição” de futuros maus encontros. A interrupção de seu tratamento, depois do prazo de dois anos, deixou-nos com a pergunta impossível de ser respondida: aonde a conduzirão seus esforços de elaboração?, pois, caso venham a manifestar-se como “efeitos positivos do trauma- em contraposição aos “efeitos negativos” em que se constituem os sintomas e inibições, tentativas de esquecer o trauma - corresponderão a tentativas de repetir a mesma situação com outras pessoas.

Esse trauma deixa marca intrísicas na personalidade, que muitas vezes além de desencadear doenças psicossomáticas, pode marcar também a personalidade. Trauma recalcado, pode interferir na saúde psíquica. São inúmeros fatores na formação da personalidade. Dentre esse fatores que mediam, podemos citar a influência da televisão.

A criança é um ser característico em desenvolvimento que; se transforma através de processo mediadores no ambiente em que vive. Essas relações são mediadas pelo social. A televisão como fonte de mediação, transmite informações , de forma ativa que são decodificadas como mensagens no inconsciente. Não se sabe de que forma isto acontece, mas são marcantes como formadores da personalidade. A mídia se faz presente na cultura contemporânea, como parte do nosso dia a dia. Ela traz cada vez mais novidades para as crianças, e muitas vezes surge como inimigos dos vínculos familiares. Esse processo relacional cada vez mais tem se tornado fragmentado pela interação da criança com a revolução tecnológica. Nas gerações passadas a criança tinha a forma de se relacionar e brincar com seus pais, irmãos . N a atualidade hoje a criança se depara com a internet, o computador, os jogos de Playstation, que marcam intrisícamente o caráter, e interfere na formação se sua personalidade. As patologias surgem como resposta nos dada através da mídia, e cada vez mais a televisão nos influencia com arma mortal e propagação da sensualidade. A erotização infantil, é marcada pelas propagandas como em crianças nuas , para fazer uma propaganda de fraldas. Ou então em revista masculina, uma criança sem camisa , menina ao lado de seu pai. A pedofilia surge como resposta a isto, que nos é trazido através destas mensagens que são decodificas , cada vez mais cedo em nossas crianças. Poderíamos citar uma pesquisa feita em uma escola pública com crianças de 6 a 10 anos que aos serem perguntadas sobre seu programa favorito, saiu como vencedor o programa infantil TV globinho. O desenho animado vencedor foi três espiãs demais , e Bey Blad. Esses desenhos falam de três estudantes e moradoras de Beverley Hills, que através da espionagem , utilizam, jatinho, além de dispositivos especiais desenvolvidos em acessórios femininos como laptop, laser de sucção, vestem-se de acordo com a moda. Estereótipo de corpo perfeito. Uma loira, uma morena, e outra ruiva. (Lisboa, 2008).

As crianças são ensinadas dede cedo a deixar o mundo infantil, quase sem infância, em rouba a infância. Tem-se pulados etapas cada vez mais cedo, com estereótipos corporais construídos através de imagens veiculadas e do discurso hegemônico de estética e beleza, como se a crianças

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