A Psicologia Escolar
Por: Carolina234 • 20/12/2018 • 2.358 Palavras (10 Páginas) • 339 Visualizações
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observar na fala da Henriett, é sua preocupação em adequar o ambiente escolar em todos os seus âmbitos, segundo a necessidade do aluno em questão, levando-o assim a uma adequação de todos os participantes para deixar de ser mais um número do fracasso escolar. Evidencia-se a preocupação com a dimensão tanto psicoeducacional como a psicossocial da escola.
Na medida em que se reconhece que os indivíduos se constituem e simultaneamente, são constituidores dos contextos sociais nos quais estão inseridos, os aspectos organizacionais da escola como instituição, em especial, sua subjetividade social adquirem especial importância. Aspectos relevantes para compreendermos os processos relacionais que na escola ocorrem e que participam dos modos nos quais os profissionais e alunos sentem, pensam e atuam nesse espaço (MARTINEZ, 2009 , p. 170)
Um olhar atento ao desenvolvimento integral dos alunos permite ao psicólogo estruturar um trabalho de orientação a alunos e pais, seja de forma individualizada, seja de forma grupal, que contribua ao desenvolvimento almejado. (MARTINEZ; 2009, p.171)
Ainda quanto a sua forma de atuação dentro da instituição IFMT, além de sua forma de acolher aos alunos, pais, professores e coordenação pedagógica, podemos enxergar a profissional fazendo uso de uma conjugação da fala no texto de (MARTINEZ, 2009) onde a autora cita (BASTOS & ACHCAR; 1994), retratando a necessidade do uso multidisciplinar, abrangendo todos os participantes envolvidos no ambiente escolar e fora dele, podendo assim se necessário usar quando forem necessários os encaminhamentos.
As práticas psicológicas que estão se modificando no sentido de buscar base de conhecimento multidisciplinar, por tanto indo além da perspectiva multidisciplinar, insuficiente para dar conta de fenômenos humanos complexos. Também as práticas de intervenção consideram as vantagens do trabalho em equipe, além das ações profissionais, individuais, isoladas. (BASTOS & ACHCAR, apud,1994; MALUF & CRUCES, 2008. p.96).
Quanto ao que se trata de fracasso escolar, quando perguntado a psicóloga, nos informou que na instituição IFMT, era um assunto muito pouco tratado por se tratar de um índice relativamente muito baixo, mas quando existe algum caso logo é tratado de acordo com sua demanda de adequações entre aluno e professores, o que se relaciona com o texto “Psicologia educacional na contemporaneidade” (MARTINEZ, 2009) e também (CRUCES & MALUF, 2008) onde a busca por avanços e compreensão de todos os aspectos históricos e sociais se fizeram necessários para erradicar o problema de insucesso escolar.
Sua maior demanda com relevância em seu dia a dia, tem sido a respeito a intenção suicida. Onde ela também busca todas as redes de apoio necessárias a esse sujeito. Ratificando a nossa compreensão dos textos tratados em sala de aula, onde nos leva a questionar os métodos do passado, levando-nos a crescer como futuros profissionais nos compromissando com atitudes éticas e voltadas para as demandas dos sujeitos, de forma inovadora e se possível buscando as demais parcerias para isso.
A revisão da literatura sobre atuação do psicólogo escolar e educacional no Brasil, durante os anos de 1980 a 1992, realizada por Witter (1992), mostra que a maioria das publicações se limitava ao estudo de aspectos clínicos e psicométricos da atividade dos psicólogos, sobretudo junto às escolas do ensino fundamental e nos consultórios que atendem crianças com problemas na escola. (CRUCES & MALUF, 2008, p.90)
O compromisso dos psicólogos com as mudanças que a educação brasileira demanda como sendo seu compromisso essencial é sua participação consciente, ativa e compromissada na promoção e efetivação de transformações nos lugares onde exerce sua ação científico-profissional e no marco abrangência desta (MARTINEZ, 2009; p.169).
Quando perguntamos ao assunto que trata a diversidade sexual, no seu ambiente de trabalho e qual tem sido sua intervenção, a psicóloga Henriett, trouxe a informação que seu trabalho tem sido investido em seminários junto a comunidade acadêmica, oficinas de sexualidade, trabalho este que dependendo da demanda, também envolve principalmente o acolhimento.
Lembrando o artigo (GOMES & REY; 2008) onde diz a respeito desse tema que é de importante valor o diálogo entre os interessados, pois é necessário entender as necessidades do aluno como cidadão e é através desses vários conhecimentos mudam-se paradigmas, com foco exclusivista para uma visão de inclusiva. “Na relação de inclusão/exclusão, representa um resgate das dimensões individuais e coletivas, não massificadas pela cultura vigente” (GOMES & REY,2008; p.408). Conduz-nos a uma reflexão, de quanto o ambiente escolar prioriza pelo respeito a diferenças, usando de atividades diferenciadas, procurando extrair ao máximo a subjetividade de cada um, sem imprimir nesses alunos um peso do “ser igual” ou ainda raciocinar de forma padronizada.
A orientação sexual também constitui uma forma específica da função de orientação na qual tem se produzido mudanças. Nesse sentido, da ênfase dada à informação sobre a sexualidade humana, dos sentimentos afetivos nela envolvidos e dos cuidados que devem ser considerados, se passa, com justeza, a dar ênfase na contribuição ao desenvolvimento dos recursos subjetiva favorecedores de um comportamento sexual responsável e positivamente significativo para os envolvidos (MARTINEZ; 2009; p.172).
Em nossa entrevista perguntamos sobre o grau de satisfação dessa profissional em relação ao seu trabalho e também qual seria seu conselho aos futuros psicólogos nesta área de atuação, a mesma se mostrou muito realizada por exercer nesta área de atuação, como ela relata é a área que ela sempre se identificou e se sente também muito grata com o retorno e reconhecimento que a comunidade e colegas dão aos seus trabalhos realizados. Por fim a psicóloga incentiva a nós alunos como futuros profissionais em psicologia, a sempre estarmos motivados e sermos vocacionados para a realização desse serviço em prol de cada acolhimento que realizaremos e estarmos dispostos e abertos para buscar a aprender sempre mais. Como (MARTINEZ; 2009) fez uma citação de Serge Moscovici (apud, 1981; p.264) “está psicologia supõe que um indivíduo, ou
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