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A Percepção do Médico Geriatra em Relação ao Cuidador de Idosos com Alzheimer

Por:   •  26/2/2018  •  6.451 Palavras (26 Páginas)  •  348 Visualizações

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3. RESULTADOS

4. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

4.1 Contribuições e Limitações

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

1. INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação:

Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, o número de idosos no Brasil cresce a cada ano. A partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010), a média de idade dos idosos gira em torno dos 73,9 anos e, como consequência, o número de diagnóstico de demências também aumentam o que gera uma preocupação na saúde pública. Assim sendo, houve o surgimento de idosos com demências nestas idades. De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS (2012) o “Brasil é o 9º país do mundo com mais casos de demência.”

Diante desse cenário, aumentou-se progressivamente o número de famílias que se deparam com a situação de cuidar de idosos em condição de dependência, principalmente quando essa é provocada por processo de demência em virtude da Doença de Alzheimer (DA). Essas famílias, porém, carecem de um apoio e preparo adequados para cuidar desses idosos o que pode levar a uma dificuldade psicológica e emocional dos mesmos. (OLIVEIRA, 2009).

1.2 Idoso

Envelhecer é um processo natural, gradativo e contínuo, que dá início no nascimento e percorre por toda a vida. O envelhecimento pode ser diferente de indivíduo para indivíduo, acelerado ou mais lento (CAETANO, 2006). Os fatores relacionados ao envelhecimento estão ligados ao estilo de vida, condições socioeconômicas e doenças crônicas.

A política nacional do idoso - (PNI), Lei nº 8. 842, de 4 de janeiro de 1994, e o estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, define idoso como pessoas de 60 anos ou mais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) (2002), define o idoso a partir da idade cronológica, portanto, idoso é aquela pessoa com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais em países desenvolvidos.

O processo de envelhecimento sempre foi uma preocupação para os seres humanos que encararam o processo de forma diferente. Para algumas pessoas “ficar velho” seria perder a capacidade de desenvolver atividades cotidianas e depender de familiares. Por outro lado, existem seres humanos que encaram a velhice como um alto degrau que conquistaram.

O envelhecimento populacional é uma mudança na estrutura etária da população que resulta em uma maior proporção de idosos em relação ao conjunto da população (CARVALHO & GARCIA, 2003). Esse processo ocorre a partir da redução da taxa de natalidade e conseqüentemente a diminuição da população mais jovem.

1.3 Geriatria e Gerontologia

Geriatria é a especialidade médica que trata de doença de idoso ou de doentes idosos, mas também se preocupa em prolongar a vida com saúde. (Portal Longevidade, 2013). É a área da medicina que cuida da saúde e das doenças da velhice; lidando com os aspectos físicos, mentais, funcionais e sociais nos cuidados agudos, crônicos, de reabilitação, preventivos e paliativos dos idosos; e que ultrapassa a “medicina centrada em órgãos e sistemas” oferecendo tratamento holístico, em equipes interdisciplinares e com o objetivo principal de otimizar a capacidade funcional e melhorar a qualidade de vida e a autonomia dos idosos.

A Gerontologia é a área do conhecimento que tem por objetivo estudar o processo de envelhecimento humano; busca basicamente compreender as questões de como e do porque se envelhece. É uma área nova em relação às demais áreas da medicina, concebida em 1908 por Metchnikoff (SAYEG, PEREIRA, 1994). No Brasil, começa se consolidar em meados do século XX, de forma lenta, com difícil inserção nas universidades dado à resistência apresentada por professores - notadamente clínicos (GOMES, 1994). Na área acadêmica, nas universidades de medicina, a especialidade de gerontologia não era tão enfatizada como uma clinica médica e ortopedia. Isso se deve, segundo Santos (2003), ao fato de que a doença extrapola o evento biológico em si, pois é uma construção sociocultural que possui diferentes significados e interpretações de acordo com quem vivencia e suas relações interpessoais, principalmente dentro da família.

De acordo com o a OMS (2012), “atualmente mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo têm demência, número que deverá duplicar em 2030 (66 milhões) e triplicar até 2050 (115 milhões). A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, respondendo por 60% a 70% dos casos, não tem cura e não existem tratamentos aprovados que impeçam a progressão dos sintomas.”

1.4 Alzheimer

Questões como: o avanço da tecnologia, a preservação que temos dos ambientes, as melhorias das grandes metrópoles e a evolução das mesmas, favorecem, atualmente, a melhora da qualidade de vida da população. Como consequência dessa melhora, houve um aumento na expectativa de vida das pessoas e na taxa populacional de idosos. (COSTA, PORTO, SOARES, 2003). Diante desse cenário, houve um aumento no diagnóstico de doenças diretamente relacionadas ao avanço da idade, podendo-se destacar as demências.

Dentre inúmeras demências que se tem conhecimento, dá-se ênfase à Doença de Alzheimer (DA), que atinge uma grande parte da população idosa. Conforme os dados da Associação Brasileira de Alzheimer - ABRAz, estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhões de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico (Portal ABRAz, 2012, 2014). Muitas pesquisas vêm sendo realizadas e com um grande desenvolvimento para a cura da DA, mas ainda não se obteve um resultado significativo e definitivo para extinção do quadro, sendo assim, a DA ainda é uma enfermidade crônica, progressiva e incurável.

É válido de conhecimento que a DA foi descrita pela primeira vez pelo médico Alois Alzheimer em 1906. Atualmente a doença é caracterizada por diferentes estágios. (FLEURY, 2015) [pic 2]

Fonte: (SAYEG, N. Alzheimer: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Yendis, 2009).

No estágio final dessa doença os indivíduos perdem a capacidade de responder ao ambiente, não conseguem manter uma conversa e, por fim, perdem o controle dos movimentos.

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