A Palavra Behaviorismo do Termo Inglês
Por: Ana Rodrigues • 16/9/2018 • Trabalho acadêmico • 981 Palavras (4 Páginas) • 528 Visualizações
- Introdução
A palavra Behaviorismo deriva do termo em inglês “behavior”, que significa comportamento, logo Behaviorismo pode ser considerado como o estudo do comportamento. Surgiu no século XX com John B. Watson como uma crítica ao estruturalismo e o funcionalismo americano – para Watson, essas eram psicologias mentalistas que tomavam a consciência como objeto de estudo, adotavam a introspecção como método e, por isso, eram subjetivas: não era possível reproduzi-las fora do ambiente em que aconteceram.
Quando Watson fundou o Behaviorismo, a psicologia era considerada filosofia. Houve então uma inovação: através da comprovação de seu método experimental empírico, outros cientistas passaram a considerar a psicologia como uma ciência natural.
A psicologia como ciência e o comportamento como objeto de estudo se desenvolveram dentro do Behaviorismo em diversas correntes teóricas conforme os behavioristas foram adaptando a teoria com os resultados de seus estudos. Observaremos no discorrer desse trabalho os pareceres centrais sobre o estudo do Behaviorismo sob o ponto de vista de dois de seus principais autores: John B. Watson, o fundador da teoria e desenvolvedor do behaviorismo metodológico e Burrhus Frederic Skinner, pai do behaviorismo radical. Além disso, serão apresentados os pressupostos filosóficos de cada um e, como conclusão, suas contribuições para a compreensão do homem.
- John B Watson: a origem do behaviorismo e o desenvolvimento do behaviorismo metodológico
O termo “behaviorismo” foi empregado pela primeira vez por John B. Watson em seu artigo “Psicologia como o behaviorista vê” publicado em 1913, onde ele defende que “a psicologia como behaviorista vê é um ramo experimental puramente objetivo das ciências naturais. Seu objetivo teórico é a previsão e o controle de comportamento” (Watson, 1913).
Fundamentado pelo Círculo de Viena – que buscava reconceitualizar o empirismo a partir das novas descobertas científicas – Watson ansiava que os filósofos e cientistas da época observassem a Psicologia como uma ciência empirista, antimentalista e que negava status científico à introspecção já que a mesma era inacessível.
Já que renunciou à atividade mental como objeto de estudo, Watson delimitou o comportamento como seu instrumento científico: Limitemo-nos às coisas que podemos observar e formulemos leis que dizem respeito apenas às coisas observadas. Agora, o que podemos observar? Podemos observar comportamento – o – o que o organismo faz ou fala. (Watson, 1929 apud Strapasson e Carrara, 2008). Ele também compreendia a existência de um aparato orgânico que se ajusta ao ambiente pela formação de hábitos aprendidos e instintos herdados e defendia a ideia de que o comportamento deveria ser estudado como função de algumas variáveis do meio, considerando que alguns estímulos levam o organismo a dar certas respostas (assim como Pavlov afirmou através do condicionamento clássico).
Watson utilizava de labirintos, caixas problema, discriminação, experimentação social e observação direta no ambiente natural como métodos para estudo do comportamento e testes psicológicos como forma de obter relatos verbais.
Sua carreira acadêmica foi interrompida quando foi pego tendo um relacionamento com uma de suas alunas e então, Watson voltou seus esforços para a área do Marketing e foi nessa época que ele publicou a maioria de seus escritos.
- Skinner e o behaviorismo radical
A concepção de Psicologia de Skinner era bastante semelhante àquela proposta por Watson em 1913: "Segundo o ponto de vista comportamentalista, a Psicologia é um ramo puramente objetivo e experimental da ciência natural. Seu objetivo teórico é a predição e o controle do comportamento" (citada por Skinner, 1989/1995b, p. 165). A vontade de estabelecer uma ciência natural voltada para a previsão e controle do comportamento foi uma de suas principais motivações e, inspirado em diversos autores, filósofos e cientistas – tais como Francis Bacon, David Hume, Ivan Pavlov, Willian James, Charles Darwin e Ernst Mach – desenvolveu sua teoria radical do behaviorismo.
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