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A POLÍTICA D SAÚDE MENTAL E A LUTA ANTIMANICOMIAL NO BRASIL

Por:   •  7/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  297 Visualizações

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Breve resumo do caminho percorrido da “luta Antimanicomial”

FRANCO BASAGLIA E SEU SIGNIFICADO PARA A LUTA ANTIMANICOMIAL:

Franco Basaglia foi um psiquiatra, que reformulou o modelo de tratamento usado nas instituições psiquiátricas, e é referência global na luta antimanicomial. Ele nasceu na Veneza no ano de 1924 e faleceu no ano de 1980 onde nasceu. Em meados dos anos 60, dirigiu o Hospital Psiquiátrico de Gorizia onde testemunhou vários casos de abusos e negligências no tratamento dos pacientes. Por essa razão, elaborou juntamente a uma equipe de psiquiatras, mudanças tanto práticas quanto teóricas no tratamento de seus pacientes, nomeada como Psiquiatria Democrática, ou o movimento de “negação à psiquiatria”, que deu origem à luta antimanicomial.

Basaglia chegou a conclusão de que somente a psiquiatria não era suficiente para tratar o paciente e que a retirada deles da sociedade e a internação em manicômios poderiam até mesmo piorar a condição deles. Para mudar isso seria necessário reconstruir a estrutura psiquiátrica tal como era conhecida. O tratamento manicomial deveria ser substituído por atendimentos terapêuticos através de centros comunitários, centros de convivências e tratamento ambulatorial. Franco Basaglia rejeitou a prática da cultura médica que usa o paciente como objeto de observação, sem direitos como cidadão e ser humano.

Em 1978, foi aprovada na Itália a Lei 180, ou Lei da Reforma Psiquiátrica Italiana, que veio a influenciar o modelo de tratamento e a luta pelo fim de instituições manicomiais ao redor do mundo. Ela serviu como referência para a Reformulação do Sistema Psiquiátrico no Brasil, que ainda hoje se encontra em formas de adequação.

POLÍTICA D SAÚDE MENTAL E A LUTA ANTIMANICOMIAL NO BRASIL

No fim da década de 70, muitos movimentos ligados à saúde denunciaram abusos cometidos em instituições psiquiátricas, além da precarização das condições de trabalho, reflexo do caráter autoritário do governo no interior de tais instituições. A partir daí, surgiram movimentos de trabalhadores de saúde mental, que colocaram em evidência a necessidade de uma reforma psiquiátrica no Brasil. O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM)  que contou com a participação popular, inclusive de familiares de pacientes – e o Movimento Sanitário foram dois dos maiores responsáveis por essa iniciativa.

Em 18 de Maio em 1987, foi realizado um encontro de grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Nesse encontro, surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância daquele encontro, a data de 18 de maio tornou-se o dia da Luta Antimanicomial.

ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO: LUZ, CÂMERA, INCLUSÃO

“Luz, câmera, inclusão” do diretor Dino Menezes, faz uma viagem de volta à década de 1980 para contar a história da Casa de Saúde Anchieta, em Santos, que naquela época ficou conhecida como Casa dos Horrores. O lugar era um retrato do abandono e descaso dos manicômios espalhados pelo Brasil, sempre marcados pela superlotação, falta de profissionais, maus-tratos.

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