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RESUMO CAP 1O POLITICA ENTRE AS NAÇÕES - H. Morgenthau

Por:   •  19/12/2018  •  1.930 Palavras (8 Páginas)  •  398 Visualizações

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E a atitude deles com os países latino-americanos, persiste numa tendência que tudo indica ao indestrutível, presumindo a superioridade do colosso do Norte, praticamente resultado da natureza,e que poderia se modificar mas nunca ser basicamente alterada por causa das tendências populacionais, processos de industrialização, desenvolvimentos políticos/militares.

A história do mundo vem sendo determinada por pessoas da raça branca, sendo mais difícil para as pessoas de outras raças, e ficando até difícil a visualização de uma situação invertida. A demonstração de um poderio militar aparentemente irreversível, pode exercer um fascínio estranho sobre as mentes das pessoas que fazem profecias apressadas ao invés de analises cautelosas, por exemplo, uma nação que está bem hoje, vai estar bem pra sempre.

A origem dessas tendências, no sentido de acreditar no caráter do poder absoluto, ou acreditar na configuração permanente de poder está no contraste entre caráter dinâmico e avidez do intelecto humano. A ambigüidade e incerteza da situação internacional confrontam as contingências, e passa a buscar uma compreensão definida de fatores de poder.

O observador de política internacional precisa de uma imaginação criativa, e imune ao fascínio facilmente irradiado pelo poder dominante. Uma imaginação criadora, que consiste em identificar os desenvolvimentos seminais do futuro.

A FALÁCIA DO FATOR ÚNICO

A melhor maneira de ilustrar o terceiro erro típico que pode ocorrer ao estimar-se o poderio de diferentes nações consiste em mencionar as três magníficas formas de manifestação nos tempos modernos: geopolítica, nacionalismo e militarismo.

Geopolítica

Geografia com valor absoluto de poder, logo, o destino das nações.

Espaço, embora estático, são dinâmicas as pessoas que unem nele, segundo os geopolíticos, os povos precisam expandir-se mediante a conquista de espaço e que o poder relativo das nações é determinado pela relação mútua dos espaços conquistados. Sir Halford Mackinder foi o primeiro a levantar essa concepção em seu trabalho “O pivô geográfico da historia”.

A geopolítica chega a conclusão que “Quem governa a Europa Ocidental comanda o Heartland (sede geográfica do mundo), quem governa o Heartland comanda a Ilha da Mundo, e quem governa a Ilha do Mundo comanda o Mundo.

Continentes da Europa, Ásia e África: Morgenthau diz que Mackinder com base nessa análise prevê a emergência da Rússia ou de qualquer outra nação, esse território como poder mundial, os geopolíticos alemães (cálculos de poder e políticas externas do regime nazista) eram mais específicos. Postulavam aliança com a URSS ou conquista da Europa Ocidental pela Alemanha, tornando-a poder predominante sobre a terra, mas esse postulado obviamente não pode partir diretamente da premissa geopolítica, já que essa pseudociência só nos diz qual espaço, dada a localização relativa a outros espaços estariam os povos do mundo, não nos revela em favor de que nação especifica nesse domínio.

Por isso os alemães diziam que cabia a eles a missão de conquistar o Heartland, combinando os elementos da doutrina geopolítica com o argumento de pressão populacional. Eram o “povo sem espaço” e o “espaço vital” de que o que precisavam estava ali na Europa Ocidental.

A geopolítica por Mackinder e Gairgrieve se tornou um aspecto da realidade do poder nacional, distorcida da geografia nas mãos de Haushofer foi transformada como arma ideológica a serviço das aspirações nacionais da Alemanha.

Nacionalismo

Uma breve introdução às comparações do nacionalismo, que são elas, o conceito de ÍNDOLE que seria o espírito nacional e a ORGANIZAÇÃO POLÍTICA que seria o corpo do estado. Os dois são necessários pra viver.

Nas palavras do autor, ‘’O Sentimento de afinidade, a participação em uma cultura e tradições comuns, a consciência de um mesmo destino compartilhado, que formam a essência do sentimento nacional e patriotismo, são transformados pelo nacionalismo em um misticismo político.

Esse misticismo atinge seu apogeu na adoração racista da índole nacional. A partir do momento que a índole é comum no estado, a nacionalidade torna-se uma raça, levando as pessoas olhar ‘’racistamente’’ para os outros povos. Essa identidade de nação se mantém enquanto não houver uma ‘’mistura’’ com elementos estranhos ou seja, uma pessoa de outra nacionalidade. Enquanto se manter pura, a índole será produzida a todo o vapor. Caso exista uma mistura, está será enfraquecida e provavelmente extinta pela falta de adeptos.

Militarismo

Representa a idéia de que o poderio de uma nação consiste quase que, exclusivamente, em sua força militar, especialmente em termos quantitativos. O exército mais numeroso, a maior esquadra, a força aérea mais vista e mais rápida do mundo, superioridade em armamentos nucleares se tornam os símbolos predominantes do poder nacional.

As nações cujo poder militar se concentra na marinha, tem por desprezo o militarismo da Alemanha, da França ou da URSS, sem reconhecer sua peculiar forma de militarismo. Nos Estados Unidos tendem a priorizar os aspectos tecnológicos do preparo militar (ex: velocidade e alcance dos aviões) e se sucumbiam ao fascínio das suas armas nucleares, o alemão foi ludibriado pela marcha dos soldados, entre outros exemplos que Maquiavel cita dos russos e ingleses. Todas essas atitudes partem do mesmo equívoco em relação a preparação militar: fator militar concebidos em termos de números e qualidade de homens e armamentos.

Falar alto e carregar consigo um “Big Stick’’ (expressão que significa “Grande Porrete”) é o método preferido da diplomacia militar, os que vão de acordo com esse método parecem ignorar que por vezes seria mais proveitoso ter consigo o “big stick”, porém, falar baixo ou ainda sim deixar o “big stick” em casa, onde estará disponível caso necessário.

Pelo foco e preocupação excessiva em apenas um elemento de poder, o militarismo acaba desdenhando os outros necessários. E o que ocorre é que na falta desses, a nação poderá intimidar outras nações e até mesmo conquistá-las pelo uso da força, mas não conseguirão governá-las por não terem aceitação voluntária.

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