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Comparação de Técnicas Cirúrgicas: Revisão de Literatura

Por:   •  19/5/2018  •  1.798 Palavras (8 Páginas)  •  327 Visualizações

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Sobre a abordagem interna, Nicolich F. e Montenegro C. descrevem ser esta, a técnica mais indicada. Desta forma, realiza-se uma incisão à 5mm do sulco

Figura III – Imagem ilustrativa da incisão intra-oral defendida por Nicolich F. e Montenegro C.

gêngivo-labial superior na altura do 2º pré-molar, se estendendo 2cm, paralelo ao sulco. Em seguida, é feita a divulsão das fibras do músculo bucinador e com uma ligeira pressão na bochecha, a Bola de Bichat é exposta com uma cápsula delgada. Cada cavidade é tamponada com gaze seca, que é removida logo após a intervenção. Além disso, muitas vezes não requer sutura.

Figura IV - Foto do procedimento cirúrgico com a técnica intra-oral.

[pic 8]

Figura V – Bola de Bichat com o volume médio de 9,6ml e peso igual a 9,3g.

Discussão:

As técnicas descritas por Nicolich F. e Montenegro C. foram publicadas no ano de 1997. Sendo assim, artigos mais recentes podem ser utilizados para comparar às técnicas mais atuais e averiguar a influência das diferenças de protocolo no resultado final.

Segundo Quispe D. G. P. e Lupa C. L. (2014) a técnica cirúrgica para bichectomia pode ser feita com incisões de até 1 cm, evitando cicatrizes visíveis ao final do procedimento. Esta afirmativa se contrapõe ao que foi dito por Nicolich F. e Montenegro C. (1997), os quais defendem uma incisão com extensão de 2cm. [pic 9]

Além disso, segundo Quispe D. G. P. e Lupa C. L. a extração da bolsa de gordura deve ser parcial, enquanto Nicolich F. e Montenegro C. citam a remoção total da cápsula da Bola de Bichat.

Ao final da cirurgia, é realizada a cauterização e sutura com material reabsorvível como descrito por Quispe D. G. P. e Lupa C. L. Por outro lado, Nicolich F. e Montenegro C. relatam não precisar de sutura na maioria dos casos.

Outro autor com relatos mais recentes é Stevao E. L. L. (2015), que por sua vez, defende uma incisão de no máximo 5mm, divergindo dos dois trabalhos acima citados.

Segundo Stevao E. L. L., a Bola de Bichat é exposta com sua cápsula e esta pode ser ou não cortada para liberar gordura. Desta forma, estamos diante de duas possibilidades: remover toda a bolsa de gordura ou removê-la parcialmente. Após sua remoção parcial (com o corte da cápsula) utiliza-se uma cânula de sucção para a possível remoção de gordura deixada para trás. Quando a cápsula não é rompida, pode-se remover a estrutura por completo de uma só vez. Ao final, uma sutura simples é realizada para fechar a incisão.

Quanto ao pós-operatório, pela descrição de Stevao E. L. L., o resultado estético final pode ser observado 4 a 6 meses após a cirurgia. Segundo Quispe D. G. P. e Lupa C. L., este mesmo resultado pode ser observado 3 meses após a cirurgia.

Conclusão:

Podemos observar que nos artigos mais recentes, os autores tendem a relatar incisões mais conservadoras de forma a diminuir as cicatrizes visíveis ou mesmo a intervenção invasiva da área. Ainda que sejam relatos próximos, Stevao E. L. L. (2015) descreve uma intervenção ainda mais conservadora do que a descrita por Quispe D. G. P. e Lupa C. L. (2014).

Além disso, há grande divergência entre os autores sobre a quantidade de bolsa de gordura a ser removida. Enquanto Nicolich F. e Montenegro C. (1997) relatam a remoção total da cápsula da Bola de Bichat, Quispe D. G. P. e Lupa C. L. (2014) relatam que esta remoção deve ser parcial. Já Stevao E. L. L. relata as duas possibilidades. Na verdade, esta remoção pode influenciar, posteriormente, na conformação anatômica do rosto de forma que, quando total, pode dar uma aparência mais envelhecida com o passar dos anos.

E ainda, constatam-se divergências entre as publicações mais recentes quanto ao tempo para o surgimento do resultado final do procedimento cirúrgico. Segundo Quispe D. G. P. e Lupa C. L. este resultado aparece 3 meses após a cirurgia, porém, segundo Stevao E. L. L. o mesmo aparece apenas 4 a 6 meses depois.

Outras diferenças mais discretas, como a realização ou não de sutura ao final do procedimento não são relevantes a ponto de interferir no resultado final.

[pic 10]

Figura VI – Foto do pré-operatório da paciente do sexo feminino, 30 anos, relatado no artigo “Extracción de la bola de Bichat - Una operación simple con sorprendentes resultados”

[pic 11]

Figura VII - Foto do pós-operatório da paciente do sexo feminino, 30 anos, relatado do artigo “Extracción de la bola de Bichat - Una operación simple con sorprendentes resultados”

Portanto, concluímos que a técnica cirúrgica para bichectomia consiste em etapas simples e seguras, as quais não mudaram drasticamente durante os anos segundo os relatos publicados. E que, mesmo com as diferenças entre os relatos de diferentes autores, o resultado final é basicamente o mesmo.

Além disso, nota-se que a cirurgia de bichectomia vem sendo cada vez mais procurada sozinha e não associada às cirurgias de Lifting Facial, como antigamente. Isso porque a finalidade estética vem tomando conta do mercado.

Faz-se necessários maiores estudos e relatos sobre o assunto visto que esta técnica vem sendo fortemente consolidada recentemente no Brasil.

Referências:

1. NICOLICH F, MONTENEGRO C. Extracción de la bola de Bichat: Una operación simple con sorprendentes resultados. Folia Dermatológica Peruana. Vol. 8 Nº 1, 1997. Disponível em: http://sisbib.unmsm.edu.pe/bvrevistas/folia/vol8_n1/Extracción.htm.

2. STEVAO E L L. Bichectomy ou Bichatencomy – A small and simple intraoral surgical procedure with great facial results. Juniper Publishers. Vol. 1, 2015. Disponível em: https://www.juniperpublishers.com/adoh/pdf/ADOH.MS.ID.555555.pdf.

3. QUISPE D G P, LUPA C L. Cirugia estetica de mejillas. Revista de Actualización Clínica. Vol. 48, 2014. Disponível em: http://www.revistasbolivianas.org.bo/pdf/raci/v48/v48_a03.pdf.

4. OLATE S, MORAES M. Plegamiento de SMAS en plano superficial & bichectomia en Lifting Facial. Int J Med Surg Sci, 2014. Disponível em: http://www.ijmss.org/wp-content/uploads/2015/05/art_1_14.pdf.

5. Kahn JL, Sick H, Laude M, Koritké G (1988). The buccal adipose

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