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Álcool: As reais consequências do consumo

Por:   •  25/4/2018  •  1.322 Palavras (6 Páginas)  •  316 Visualizações

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O consumo excessivo de bebidas alcoólicas ocasionam diversos problemas de ordem social, além de diversos problemas de saúde, alguns dados de pesquisas realizadas no Brasil afirmam essas questões.

De acordo com pesquisas realizadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) em parceria com a Policia Rodoviária Federal em 2013, cerca de 70% dos acidentes que ocorrem no Brasil estão relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas que mesmo se forem ingeridas em pequenas quantidades afetam a habilidade de direção dos motoristas.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), cerca de 15% dos trabalhadores brasileiros são dependentes de álcool; As faltas sem justificativa são três vezes maior que os demais empregados, apresentam produtividade 30% menor que os que não são dependentes, além de envolverem-se em acidentes de trabalho cinco vezes mais.

Enquanto entre os universitários 45% são consumidores de álcool de forma desmedida o que provoca baixa em seu aprendizado e compromete sua vida acadêmica e profissional, conforme dados de uma pesquisa realizada pelo Centro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID, 2013).

O I Levantamento Nacional de Álcool na População Brasileira (2007), constatou em sua pesquisa que o início do uso de álcool na vida e início do uso regular dos jovens entrevistados deu-se, respectivamente, para as idades de 13,9 e 14,6 anos. Metade dos brasileiros (52%) admitiu consumir bebidas alcoólicas pelo menos uma vez uma vez no último ano e os 48% restantes relataram estar abstinentes, de tal forma que não fizeram uso na vida e tampouco nos 12 meses anteriores à entrevista. Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 3% dos brasileiros relataram ter feito uso nocivo e 9% dos indivíduos foram considerados dependentes de álcool.

No Brasil, calcula-se que 17,7% de toda carga global de doenças (medida por Anos de Vida Saudáveis Perdidos por Incapacitação) entre homens sejam atribuíveis ao álcool; para as mulheres, a taxa seria de 3,4%. Mulheres apresentam maior prevalência de abstinência, cerca de (59%) e os homens bebem com mais frequência, ou seja, 39% dos homens bebem pelo menos uma vez por semana, 11% bebem diariamente (CISA, 2016).

A partir do novo padrão de consumo feminino a “anorexia alcoólica”, “alcool-rexia” ou “drunkorexia”, tem sido visto entre as mulheres. A drunkorexia é um transtorno alimentar caracterizado pelo consumo de bebidas alcoólicas no intuito de substituir alimentos para evitar a ingestão de calorias e emagrecer. Esse distúrbio tem a maioria das características da anorexia comum, o que diferencia é que a pessoa substitui a alimentação por um consumo excessivo de bebidas alcoólicas e apresenta dependência. É um fenômeno presente principalmente em estudantes universitários, na maioria do sexo feminino, embora também possa ocorrer em homens. Estima-se que 16% das mulheres com transtornos alimentares também sofrem de abuso ou dependência de álcool (CISA, 2016)

A partir dos dados que foram citados pode-se constatar que o impacto do consumo de álcool na saúde pública é grande em termo de morbidade e mortalidade. Das mortes atribuídas ao álcool, quase metade deve-se a situações não intencionais, como: afogamentos, queimaduras, intoxicações e quedas e intencionais como: atos de violências contra si mesmo ou contra os outros (OMS, 2014). Na América Latina, a Organização Mundial da Saúde estima que uma a cada 12 mortes seja decorrente de consequências negativas do uso do álcool, em 2004.

CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE DROGAS PSICOTRÓPICAS – CEBRID, 2013. Disponível em: http://www.cebrid.epm.br/index.php> Acesso em: 20 out 2016

CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE SAÚDE E ÁLCOOL – CISA, 2016. Disponível em: http://cisa.org.br/categoria/7/artigos--cientificos.php> Acesso: 20 out 2016

CID-10. Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados á Saúde. 10ª rev. São Paulo: Universidade São Paulo. V. 1. 1997.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN. Disponível em http://www.denatran.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/custos_acidentes_transito.pdf> Acesso em: 20 out 2016

GIGLIOTTI, A.; BESSA, M. A. Síndrome de dependência do álcool: critérios diagnósticos. Ver. Bras. Psiquiatria, São Paulo, v. 26, n.13, p. 11-13, maio 2004.

Disponível em: > Acesso em: 17 out 2016

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Relatório do Status Global sobre Álcool e Saúde – Brasília, 2001. 17 out 2016

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