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Relatorio sobre nutrição enteral e parenteral realizada no hospital universitário da UFPI

Por:   •  2/2/2018  •  1.484 Palavras (6 Páginas)  •  340 Visualizações

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A parenteral central é assim denominada quando a solução nutritiva é administrada por uma veia central como a veia cava superior, jugular e femoral. Indicada para usos superiores a dez dias e quando houver necessidade de grandes quantidades de nutrientes. Mas oferece muito mais riscos de infecção e sepse por utilizar uma via de acesso central, o curativo só pode ser trocado pelo enfermeiro e só pode ser realizada pelo médico por esse motivo é pouco utilizada ou prescrita pelos médicos do HU.

A nutrição parenteral é realizada obrigatoriamente por meio de bomba de infusão com gotejamento por até 24 horas com controle rígido da velocidade e a legislação sugere dupla checagem na hora da aplicação para garantir a segurança do paciente.

As principais complicações podem estar relacionadas com a aplicação do cateter como pneumotórax; lesão vascular; e perfuração cardíaca, ou contaminações da solução; do equipo; ou do cateter com micro-organismos, atrofia da mucosa intestinal e complicações metabólicas. (Monte, 2002)

A equipe relatou que a nutrição parenteral é pouco utilizada havendo em média 5 pacientes que a utilizam enquanto que da enteral em media 15 pacientes, mas esses números devem aumentar com a inauguração do setor de oncologia. As principais patologias presentes no HU que levam ao uso da nutrição enteral ou parenteral são: pancreatite, doença de Crohn, estenose esofágica, neoplasia, fístula, sepse, AVC e para a nossa surpresa a ingestão de soda cáustica em tentativas de suicídio muito frequentes em Teresina.

No Hospital Universitário da UFPI a equipe multiprofissional em terapia nutricional é composta por um nutrólogo responsável por indicar e prescrever a dieta, a nutricionista Lídia responsável por fazer a prescrição dietética; compor e preparar as soluções que serão utilizadas, a farmacêutica Jamile que adquiri; armazena e distribui as soluções industrializadas garantindo sua qualidade, e a equipe de enfermagem representada pela Keila que administra e observa o posicionamento da sonda e a aceitação do paciente informando ao resto da equipe qualquer complicação que possa ocorrer. Essa equipe interdisciplinar está sempre dialogando e sugerindo diferentes intervenções entre si visando o melhor atendimento ao paciente e respeitando as recomendações das boas práticas de administração e preparação de nutrição enteral e parenteral onde ninguém toma nenhuma decisão sozinho e todos os requerimentos médicos passam pela equipe de nutricional.

A visita ao Hospital Universitário se mostrou muito útil para proporcionar o aprendizado sobre a prática da nutrição enteral e parenteral e sobre a função de cada profissional da equipe interdisciplinar, em que tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre as atribuições do enfermeiro no meio hospitalar e ver os formulários de requerimento das diversas atividades nutricionais. Alem de conhecer a realidade de quem convive de perto com os pacientes, as adversidades e como a prática nem sempre se mostra igual ao que aprendemos na teoria. Chamou bastante nossa atenção o alto índice de tentativa de suicídio pelo uso de soda caustica, sendo uma boa sugestão para possíveis estudos que aprofundem o assunto, mostrando-se também necessária a incorporação de um psicólogo na equipe para ajudar esses pacientes a superarem seus traumas e limitações. Seria muito proveitoso também em uma próxima oportunidade uma visita aos pacientes que nos permitisse conhecer seus sentimentos em relação ao tipo de nutrição que recebem e como isso pode afetar sua autoestima e tratamento.

Referencias

SAMIA, M. P. F.; FERREIRA, A. F. S.; RODRIGUES, J. G. Prevalencia de desnutrição hospitalar em idosos. RASBRAN - Revista da Associação Brasileira de Nutrição. São Paulo, Ano 5, n. 1, p. 60-68, Jan-Jun. 2013

GARCIA, R. S.; TAVARES, L. R. C.; PASTORE, C. A. Rastreamento nutricional em pacientes cirúrgicos de um hospital universitário do sul do Brasil: o impacto do risco nutricional em desfechos clínicos. Einstein (São Paulo) [online]. 2013, vol.11, n.2, pp. 147-152.

ALVES, C. C.; WAITZBERG, D. L. Indicações e técnicas de ministração em nutrição enteral. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. cap. 43, p. 787-808.

MONTE, J. C. Nutrição parenteral. In: CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto.São Paulo: Manole, 2002. cap. 19, p.391-397.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 63, 06 de julho de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Brasília, 2000.

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