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RELATORIO DE VISITA TECNICA HOSPITAL REGIONAL

Por:   •  13/9/2018  •  1.923 Palavras (8 Páginas)  •  363 Visualizações

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O HBAP conta também com uma ala psiquiátrica, que contém várias pessoas internadas, e abandonadas por familiares. Após a reforma psiquiátrica esses espaços seriam apenas para atender pacientes em surto, medica-los e entregar para família. Porém não foi possível se adequar a esse novo modelo, já que existiam pacientes abandonados por familiares e sem condições e viver sozinho fora dali. Os pacientes psiquiátricos ficam separados dos outros pacientes para que não apresentem risco para os outros pacientes. Eles têm reforço de segurança, e seus portões são de grades e trancados com cadeados, pois tem dias que eles estão agitados, e por conta da doença mental alguns apresentam comportamento agressivo.

De um modo geral os pacientes estavam aparentemente calmos, porém aparentavam-se desorientados autopsiquicamente e alopsiquicamnte e alguns com exageros na linguagem corporal, como fazer movimentos complicados com as mãos e balanço no corpo para frente e para trás.

Após conhecer as unidades do HBAP apresentado por a Psicóloga e coordenadora Rose e Psicólogo Marcos, foram também apresentados alguns programas desenvolvidos por aquelas unidade. Um dos trabalhos que chamou bastante a atenção foi o CENTROGESTA-RO (Centro de Neoplastia Trofoblástica Gestacional). Doença Trofoblástica Gestacional ou Gravidez Molar é um termo utilizado para designar um grupo de doenças composto por desordens placentárias parecidas. Estas alterações podem ser benignas (na maioria das vezes) ou malignas. Ocorre a partir de tecido placentário em iniciais de uma gravidez em que o embrião não se desenvolve normalmente. O tumor da placenta se apresenta sob a forma de um aglomerado de cistos semelhantes a um cacho de uva. Sua causa decorre de defeitos na formação de espermatozoides ou de óvulos e/ou ainda da união dessas duas células de forma anormal. O Atendimento no HB consiste em limpar o útero e acompanhamento médico e psicológico especializados.

As 13:00 horas fomos para vista no Hospital do Câncer de Barretos (Barretinhos). O hospital do Câncer está funcionando como um anexo do HBAP, é uma ala que o HBAP cedeu para HCB. É um Hospital filantrópico, que faz um trabalho extraordinário. São realizados trinta quimioterapia por dia mais de 30.000 exames por mês, consultas e cirurgias que geram um custo mais de dois milhões por mês. O governo do estado repassa para o HCB cerca de um milhão e oitocentos mil Reais, e o restante da despesa é coberto com dinheiro arrecadado de doações e eventos como leiloes e divulgação no estado.

Na década de 60, o único hospital especializado para tratamento de câncer situava-se na capital do estado de São Paulo e os pacientes que apareciam no Hospital São Judas de Barretos com a doença, eram, em sua maioria, previdenciários de baixa renda, com alto índice de analfabetismo. Por isso, tinham dificuldades de buscar tratamento na capital, por falta de recursos, receio das grandes cidades, além da imprevisibilidade de vaga para internação.

Em 27 de novembro de 1967, foi instituída a Fundação Pio XII e, conforme memorando 234, de 21 de maio de 1968, assinado pelo Dr. Décio Pacheco Pedroso, diretor do INPS, passou a atender pacientes portadores de câncer.

Devido à grande demanda de pacientes e ao velho e pequeno hospital não comportar todo crescimento, o Dr. Paulo Prata, idealizador e fundador, recebeu a doação de uma área na periferia da cidade e propôs a construção de um novo Hospital que pudesse responder às crescentes necessidades.

Este pequeno Hospital contava com apenas quatro médicos: Dr. Paulo Prata, Dra. Scylla Duarte Prata, Dr. Miguel Gonçalves e Dr. Domingos Boldrini. Eles trabalhavam em tempo integral, dedicação exclusiva, caixa único e tratamento personalizado. Filosofia de trabalho que promoveu o crescimento da Instituição.

Rondônia foi comtemplado com uma unidade de extensão do HCB devido ao grande número de casos que chegam até Barretos e por ser um dos estados que mais contribui com as doações. Parte da nova unidade será inaugurada em dezembro deste ano e os atendimentos serão ampliados ainda mais. Barretinhos atende os pacientes da região norte e alguns dos países vizinhos, como Bolívia, Peru e Venezuela. Bem como os pacientes, também dá suporte para familiares. Vale ressaltar que o Barretinhos só não atende três modalidades, (pediatria, Hematologia e neurologia). As demais clínicas todas atendem com equipe de médicos especializados. O profissional de psicologia é primordial para paciente, pois é o profissional que mais entende seu sofrimento, suas angustias e seus medos. Que faz o paciente ter uma outra visão da sua doença e motiva-os cada dia.

As 15:00 fomos conhecer o CAPS Madeira Mamoré, trata-se de um CAPS III, tem um espaço amplo, uma equipe multiprofissional composta por psicólogos, psiquiatra, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Atende com acompanhamentos e oficinas de terapia ocupacional, também contém sala espera onde um psicólogo faz orientações enquanto os pacientes aguardam.

No dia 15 as 08:00 fomos conhecer o centro de recuperação da família Rosetta. Trata-se de uma comunidade terapêutica para recuperação de dependentes de álcool drogas. Foi fundada em 1980 na Itália por Padre Vicenzo Sorce, e no Brasil em 1992, reconhecida como entidade de utilidade pública. “Nossa missão é oferecer o acolhimento, a reabilitação de pessoas, por meio de promoção e ações de saúde, educação, assistência social, cultura, desportivo, espiritual, contribuindo para o desenvolvimento social da comunidade.”

O trabalho da casa Família Rosetta consiste no atendimento, de homens e mulheres com dependências patológicas de substancias de álcool e drogas, pessoas com deficiências neurológicas através de seus programas e serviços voltados para o acolhimento, a reabilitação e a reinserção social. Trata-se de uma entidade filantrópica, possui dois convênios com a prefeitura por meio de secretarias como de saúde (SEMUSA) e assistências social (SEMAS).

A comunidade casa Família Rosetta realiza um programa terapêutico reconhecido mundialmente, que tem fundamento metodológico estritamente Humanista, que reconhece a centralidade da pessoa, seu protagonismo na realização do projeto de vida, trata das desorganizações do indivíduo em seus aspectos comportamentais, emocionais, relacionais, familiares e profissionais, proporcionando a transformação de estilo de vida na construção de uma identidade cidadã.

O tratamento é dividido por fases. Ao chegar à comunidade o dependente fica em um espaço chamado casa do acolhimento, um lugar que ele fica bem a vontade, uma casa aconchegante,

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