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Psicologia Aplicada à Nutrição

Por:   •  3/10/2018  •  1.817 Palavras (8 Páginas)  •  317 Visualizações

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Os estudos apontam alguns grupos vulneráveis à ortorexia nervosa: estudantes de medicina, médicos, nutricionistas, pessoas com sintomas de ansiedade, obsessivo compulsivos e aqueles que supervalorizam o corpo perfeito.

Há diversos fatores de risco para o desenvolvimento deste comportamento como conhecimento sobre nutrição, pessoas restritivas e exigentes, indivíduos que a partir de uma doença relacionada à má alimentação começam a buscar alimentos saudáveis e atletas com preocupação relacionada à sua composição corporal (Rocha et al., 2015).

A ortorexia nervosa caracteriza-se por comportamento, no qual os indivíduos têm demasiada preocupação por alimentos classificados como saudáveis e fixação por alcançar a “dieta perfeita”, onde nem sempre estão preocupados com a imagem corporal.

Os sintomas desse transtorno descritos por Bratman são: preocupação excessiva com a qualidade dos alimentos, comportamento alimentar rígido e restritivo, conferência obsessiva dos nutrientes e dos benefícios de um determinado tipo de alimento, pensar em alimentação por mais de 3 horas diariamente, sentimento de culpa devido à alimentação não ter sido a planejada, isolamento social advindo de seu tipo de alimentação, planejamento excessivo do que comerá no dia seguinte (Martins et al., 2011).

O conceito de ortorexia nervosa tem sido alvo recente de discussão nos meios científicos, o que impossibilita o detalhamento do quadro de modo completamente claro e objetivo (Martins et al., 2011), assim, listou-se a seguir, as principais características da ortorexia nervosa levantadas a partir dos artigos pesquisados:

- Fixação em alimentação saudável, com mais de 3 horas ao dia de dedicação em torno da sua dieta.

- Definição bastante rígida do que é saudável, mas que varia de acordo com as crenças nutricionais individuais. Em geral, aditivos (corantes, conservantes) ou herbicidas, pesticidas, ingredientes geneticamente modificados, gorduras, sal e açúcares são vistos como elementos prejudiciais à saúde. A forma de preparo e os utensílios utilizados também são parte do ritual obsessivo.

- Sensação de segurança, conforto e tranquilidade vinculada à alimentação orgânica, ecológica, funcional ou com certificado de salubridade.

- Conferência obsessiva dos nutrientes e dos benefícios de um determinado tipo de alimento.

- Predominância do desejo de prevenir ou eliminar sintomas físicos (reais ou exagerados) ou de ser puro e natural, mesmo que à custa da perda de prazer na alimentação.

- Inicia-se com o desejo de melhorar a saúde, tratar uma enfermidade ou perder peso, mas, finalmente, a dieta passa a ocupar lugar central na vida, requerendo grande autocontrole para manter hábitos alimentares radicalmente diferentes daqueles típicos da sua cultura.

- Presença de traços de personalidade fóbicos e obsessivos.

- Atinge indivíduos de personalidade meticulosa, ordenada, exigentes consigo mesmos e com os demais (perfeccionistas), com exagerada necessidade de autocuidado e de proteção.

- Lapsos são acompanhados de sentimento de culpa, ou sentimento de culpa devido à alimentação não ter sido a planejada.

- É preferível jejuar a comer o que se considera impuro ou perigoso à saúde.

- Planejamento excessivo do que comerá no dia seguinte. O que comer passa a dominar o cotidiano da pessoa (desde o planejamento, aquisição, preparo e consumo dos alimentos considerados saudáveis).

- O comportamento alimentar ortoréxico se torna o único possível, gerando uma sensação de superioridade e desprezo sobre outros hábitos alimentares e estilos de vida, considerados insalubres.

- O cotidiano se torna extremamente limitado devido ao padrão restritivo de alimentação, gerando uma diminuição da qualidade de vida, conforme aumenta a “qualidade” da alimentação. Assim, a ortorexia nervosa envolve uma situação paradoxal e incoerente: é preciso manter-se saudável, mesmo que o preço seja pago com a própria saúde.

- Isolamento social decorrente do distanciamento do padrão alimentar comum à sociedade a que o indivíduo pertence.

- Sensação de solidão e de insatisfação com a própria condição.

- Tentativas insistentes de esclarecer outros acerca da “alimentação saudável”.

A prática de uma dieta restritiva pode levar esses indivíduos a desenvolverem carências nutricionais, como anemia, hipovitaminose A e B12, além de osteoporose e desnutrição (Souza et al., 2014). Além disso, com passar do tempo, diante da dedicação crescente com a dieta, esses indivíduos despendem muito tempo e esforço em torno do ato de comer. Consequentemente, há o afastamento da sociedade, pois esses indivíduos se sentem na obrigação de esclarecer aos demais os prejuízos acarretados à saúde ao se consumir alimentos “não puros”. Esse comportamento pode gerar conflitos e dificuldades de relacionamento, de modo a levar esses indivíduos ao isolamento social em sua luta por uma condição alimentar perfeccionista (Martins et al., 2011).

- ANÁLISE DE DADOS

Dentro do proposto para este trabalho e do que foi estudado na bibliografia buscou-se boas práticas aplicadas, referenciadas ou propostas dentro de diversos meios.

Dentre as práticas optou-se pela criação de uma página online na rede social Facebook intitulada de “Ortorexia”, disponível para acesso através do link: https://www.facebook.com/ortorexianao/, onde foi apresentado o tema, com objetivo de informar e conscientizar os visitantes da página sobre as principais características e consequências desse comportamento.

Desde a criação da página e convite feito no WhatsApp aos 68 estudantes de nutrição, em cerca de 24 horas a pagina obteve 68 visualizações na publicação onde detalha informações acerca do tema e 10 feedbacks positivos (“curtidas”) na página, conforme mostrado nas imagens a seguir:

Figura 1 – Tela da página

[pic 1]

Fonte: Autora

Figura 2 – Tela da página

[pic 2]

Fonte: Autora

Esse trabalho de conscientização não irá se encerrar com a entrega desta atividade. A página

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