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O PLANEJAMENTO EM SAÚDE

Por:   •  14/10/2018  •  1.560 Palavras (7 Páginas)  •  235 Visualizações

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Em síntese, com o planejamento é possível organizar modelos de atenção, identificar as necessidades, intervir sobre a realidade e sistematizar o diálogo entre os sujeitos sociais e, dessa maneira, facilita a promoção da saúde.

Planejamento como método de ação governamental para tomada de decisões

Segundo MERHY, planejamento como método de ação do governo para produzir políticas é capaz de intervir no processo econômico direcionando o desenvolvimento social e proporcionando maior controle da relação Estado/sociedade. Isto se assemelha à planificação econômica da América Latina, remetendo ao planejamento a ideia de racionalidade por restringir a etapas auxiliando a tomada de decisão dos governantes.

O modelo normativo se destaca ao modelo estratégico por ter como indicador dominante a economia e a qualidade do processo, o que caracteriza o sistema por funcional e instrumentalizado. É fundamental que a necessidade de tomar decisões vá além do interesse econômico, buscando dar um sentido social ao planejamento.

A política e a economia estão intrinsecamente conjugadas se opondo às relações de forças e as acumulações, sendo interessante que o cálculo politico seja interativo e determinado. Assim, as decisões políticas auxiliam o planejamento, e vice-versa, para realizar ações futuras.

Planejamento como instrumento e atividade do processo de gestão das organizações

O planejamento como instrumento e atividade do processo de gestão das organizações estão ligadas à capacidade técnica de intervir e a capacidade administrativa de operacionalizar, visando construir procedimentos eficazes para maior produtividade.

Em suma, objetiva organizar os processos de trabalho nas organizações e no sentido dos serviços de saúde melhorar o acesso aos usuários, analisar o desempenho e a qualidade da produção do cuidado em saúde.

Planejamento como meio de intervenção em ambientes complexos

Segundo TESTA, a complexidade se configura quando elementos diferentes são inseparáveis do todos e ocorre entre eles uma interdependência (como o econônomico, o sociológico e o econômico).

O complexo é aquilo composto por partes, que de alguma forma, possuem uma ligação (dependência). Nos serviços de saúde, o planejamento se dá como intervenção e avaliação sobre os processos de trabalho e como meio de intervenção no usuário. Essa teoria visa reorganizar o trabalho numa parceria sinérgica através do diálogo e negociação.

Planejamento como meio de ação comunicativa

Parte da crítica ao modelo puramente estratégico e estabelece um novo entendimento acerca dele. Considera o planejamento uma ferramenta organizacional, valorizando a condução da ação, cujas possibilidades são interpretadas como mediadas/subordinadas à cultura das organizações.

Nessa perspectiva, o lócus do planejamento é o serviço de saúde a partir do diálogo, liderança, negociação e problematização coletiva. Propõe gestão criativa a partir de operações e objetivos com a desconcentração de poder e delegação de competências.

O processo de gestão é uma oportunidade para construir aprendizado institucional através do processo de educação permanente, seguindo as seguintes linhas de investigação: análise da cultura como viabilidade do projeto, desenvolvimento de habilidades de liderança e negociação, discussão entre gestão pela escuta e métodos racionalistas de gestão, diálogo entre planejamento estratégico situacional e enfoques da administração estratégica e do planejamento estratégico corporativo (público/privado).

Planejamento como mediação entre a instrumentalidade e a subjetividade

R. Campos defende a ideia de que a ação racional, ou seja, a ação pensada e planejada numa está separada do posicionamento subjetivo dos que planejam e executam. Apesar das limitações do planejamento como tecnologia, ele ainda pode nos grupos vir a ser útil.

Portanto, para Cecília está mais evidente o desafio teórico e politico para ter uma melhor dimensão do funcionamento único das organizações de saúde, no que diz respeito a uma “micropolítica” marcada pelo autogoverno de seus trabalhadores.

Na perspectiva de assegurar a sobrevivência e a realização profissional de seus trabalhadores. Assim R Campos corrobora com G Campos quando assume que as organizações de saúde têm duas finalidades: a defesa da vida e a eficácia e, por outro a promoção de uma forma não objetiva com o grupo que permite a realização pessoal dos trabalhadores.

A título de considerações finais – tendências do planejamento no SUS

No Brasil, observamos uma tendência para as perspectivas contra hegemônicas de planejamento. Sendo assim, observamos 4 perspectivas: o estratégico situacional, o analítico situacional, o comunicativo e o enfoque participativo.

No enfoque estratégico situacional, partimos do diagnóstico situacional, momento onde conhecemos a realidade e a partir dela podemos planejar mediante as reais necessidades identificadas. Esse modelo é centrado nos atores sociais.

Fundamentado na dialética, na psicanálise e na pedagogia surge o enfoque analítico institucional. Parte do conhecimento do cotidiano e, é centrado nos saberes não estruturados e na atuação dos indivíduos na práxis (conduta). O diagnóstico é resultado de processos técnicos, políticos, pedagógico e analítico e, é determinado em fluxogramas analisadores.

Outra tendência atual é o enfoque comunicativo, que é centrado na atuação dos sujeitos em negociação. Neste modelo o diagnóstico é um momento de aprendizagem sobre a realidade. Assume os conceitos

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