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Ginástica Laboral

Por:   •  3/3/2018  •  4.388 Palavras (18 Páginas)  •  384 Visualizações

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Ke-words: Workplace exercises, Ergonomic, RSI, Prevention.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceitos e definições da Ginástica Laboral

2.1.1 Classificações da Ginástica Laboral

2.1.2 Benefícios da Ginástica Laboral

2.1.3 Desvantagens dos programas Ginástica Laboral

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊCIAS

1 INTRODUÇÃO

A Ginástica Laboral (GL), é umas das várias formas de prática de atividade físicas utilizada pelas empresas nos seus projetos de promoção da saúde. Ela foi desenvolvida para tentar atender as necessidades dos trabalhadores, no sentido da sua preparação física, postural, comportamental e sociocultural frente aos desafios dos modernos ambientes de trabalho (Rodrigues et al., 2008).

A primeira contribuição que encontramos sobre ginástica laboral, data de 1925, um livro chamado “ginástica de pausa”, editado na Polônia para operários. Alguns países, como Holanda, Bulgária e Alemanha Oriental implantaram a GL na mesma época (Mendes, 2004). Em 1928, foi implantada no Japão. Os funcionários do correio japonês frequentavam sessões de ginástica laboral, uma atividade diária para descontração e cultivo da saúde. Após a segunda guerra mundial, o programa se espalhou por todo o país, e hoje, mais de um terço dos trabalhadores japoneses, se exercitam. Alguns autores mencionam que a grande difusão da GL entre os japoneses aconteceu devido a um programa da “Rádio Taissô”, que consiste em ginástica rítmica, com exercícios específicos, transmitidos diariamente pela manhã por pessoas preparadas e acompanhado e executado não somente nas fábricas, mas também por toda população (Polito, 2002; Lima, 2007).

Na Noruega ela também foi identificada através do Serviço Social dos Marinheiros, no início dos anos 60. Estes eram estimulados a praticar atividade físicas nos próprios barcos ou nos portos durante as escalas (Cañete, 2001). Na Bélgica, a ginástica de pausa foi iniciada em março de 1961, com os funcionários do Serviço Social Postal de Bruxelas. Nos Estados Unidos da América (EUA), desde 1974, cerca de 50 mil empresas estão envolvidas em programas diários de GL durante a jornada de trabalho. Na Rússia, aproximadamente cinco milhões de operários em cento e cinquenta mil empresas praticam ginástica compensatórias adaptadas a cada ocupação (Cañete, 2001).

No Brasil, a primeira tentativa de implantação de GL, não é um consenso entre os autores. Lima (2007) apresenta que a GL foi trazida para o Brasil em 1969, pelos executivos nipônicos da Ishikavajima Estaleiros, no Rio de Janeiro, que até hoje se dedicam aos exercícios pela manhã. Segundo Politio (2001) a GL foi realizada pela primeira vez no Rio Grande do Sul em 1973, com um projeto de Educação Física da Federação de Estabelecimento de Ensino Superior em Novo Hamburgo (FEEVALE), que estabelecia a criação de centros de educação física junto aos núcleos fabris, para desenvolver atividade física de compensação e recreação, que envolvei inicialmente cinco empresas do Vale dos Sinos.

Em 1978, foi formada no Brasil a primeira Associação de Rádio Taissô, como uma divisão da Associação dos Lojistas da Liberdade (São Paulo), em comemoração aos 70 anos da imigração japonesa no país. Várias empresas de origem japonesa adotaram a metodologia em suas linhas de produção. Com o passar dos anos, esse modelo acabou recebendo adaptações para se adequar melhor ao perfil dos trabalhadores brasileiros, iniciando um processo de abertura para a contratação de profissionais de Educação Física (Lima, 2007).

A GL pode ser conceituada como um programa de exercícios aplicados durante a jornada de trabalho, com o objeto de compensar o esforço exigido pela atividade laboral e de desenvolver as condições para que as estruturas corporais mantenham o equilíbrio necessário para a manutenção da saúde. Esta intervenção deve ser condizente com um programa de saúde do trabalhador que proporcione bem-estar no trabalho, contribua para prevenção de lesões, acidentes e o surgimento de doenças decorrentes da atividade ocupacional (Rodrigues et al., 2008).

É uma atividade física diária, com duração aproximadamente de 10 minutos, realizada no próprio local de trabalho, atuando de forma terapêutica e preventiva. Como tipos de exercícios utilizados nas sessões de ginástica laboral, pode-se citar exercícios de alongamento, força e resistência muscular, consciência corporal, massagens e automassagens e exercícios de relaxamento (Lima, 2007).

Atualmente, muitas são as empresas no Brasil, nacionais e internacionais, que oferecem programas de GL para seus trabalhadores. Dessa forma, observamos uma ampliação, tanto no número de empresas que adotaram o programa de ginástica laboral, quanto de instituições de ensino que passara, a promover cursos de extensão e especialização no assunto. Apesar de poucos estudos e evidências cientificas de qualidade na área, alguns autores têm procurado demonstrar a efetividade da ginástica laboral na diminuição de dores, diminuição de fadiga muscular, no aumento da flexibilidade e no aumento da força muscular, o que representa a preocupação dos programas de ginástica laboral com a prevenção de doenças, principalmente as LER (Lesões por Esforços Repetitivos)/DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) (Martins, 2000; Longen, 2003; Kolling, 1982; Oliveira, 2007; Bergamachi et al., 2002; Militão, 2001; Cañete, 1995). Por outro lada, poucos estudos demonstram sua importância ou efetividade para a promoção do estilo de vida ativo no local de trabalho ou na mudança de comportamento para a prática de atividades físicas.

Segundo documento da WHO (World Health Organization) (2004) o local de trabalho é um importante cenário para a promoção da saúde e prevenção de doenças. Os colaboradores necessitam de oportunidade para poderem fazer escolhas saudáveis e as empresas nesse sentido devem encorajar a prática de atividades físicas.

Secundo Lancmam e Ghirardi (2002), o trabalho é mais do que o ato de trabalhar, do que vender sua força de trabalho em busca de remuneração. O trabalho é o fazer dos homens ao longo do tempo, em um fator de pertinência a grupos e a certos direitos

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