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A INTERVENÇÕES NUTRICIONAIS NO DIABETES TIPO 2 NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: REVISÃO DE LITERATURA

Por:   •  25/12/2018  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  378 Visualizações

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e dos estados de hiperglicemia é frequentemente acompanhada por um conjunto de anormalidades metabólicas e hemodinâmicas, denominadas, em conjunto, síndrome metabólica. A obesidade e a má alimentação são fatores de risco potenciais para o desenvolvimento de DM tipo 2, e, além destes, a história familiar de DM, hipertensão, baixos níveis de colesterol HDL e elevados níveis de triglicerídeos (TADDEI, 2011).

No DM tipo 1 ocorre a deficiência de secreção de insulina (TADDEI, 2011). O DM tipo 2 é a forma mais prevalente, verificada em 90 a 95% dos casos, caracterizando-se por defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção hepática de glicose. A resistência à insulina (RI) e o defeito na função das células beta estão presentes precocemente na fase pré-clínica da doença que é causada por uma interação de fatores genéticos associados ao DM tipo 2 e fatores ambientais como alimentação rica em gorduras e açúcares refinados, sedentarismo

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e envelhecimento (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016a). Define-se RI como uma perturbação das vias de sinalização mediadas pela insulina em que as concentrações adequadas do hormônio produzem uma resposta biológica subnormal (TAYLOR et al., 1994).

Segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA) os critérios diagnósticos de DM, tanto em adulto como em crianças, são: a hemoglobina glicada (HbA1c) ≥ 6,5%; ou glicemia de jejum (definida como ausência de ingestão calórica durante período mínimo de 8h) ≥126 mg/dl; ou glicemia plasmática no teste de tolerância oral à glicose no tempo de 2 horas ≥ 200 mg/ dl (devendo o teste ser realizado de acordo com recomendação da OMS, utilizando solução de glicose contendo 75g de anidro glicose diluída em água); ou glicose plasmática aleatória ≥ 200 mg/dl com sintomas típicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, perda de peso) (ADA, 2000).

O DM tipo 2 era uma doença geralmente encontrada no adulto, porém nos últimos anos tem se verificado um aumento da sua prevalência em crianças e adolescentes. Neste sentido, deve-se enfatizar que o DM tipo 2 tem contribuído com mais de 30% dos novos casos de diabetes em crianças, mostrando uma possível relação do aumento da prevalência de obesidade infantil com o desenvolvimento desta doença (OLIVEIRA et al., 2004).

Para o diagnóstico de DM tipo 2 na infância e adolescência, deve ser levado em consideração alguns critérios clínicos, como idade e sexo do paciente, obesidade e história familiar positiva para DM tipo 2. Devido à alta miscigenação brasileira, não existem dados, até o momento, para considerar a etnia como fator de risco (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016b).

Segundo o consenso publicado pela Academia Americana de Pediatria, com intuito de melhor guiar o tratamento de pacientes entre 10 e 18 anos de idade com diagnóstico de DM tipo 2, deve-se considerar o diagnóstico de DM tipo 2 típico neste grupo de pacientes quando apresentarem critérios como:

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• Sobrepeso ou obesidade (respectivamente para sexo e idade com percentil do IMC ≥ 85 a 94 e ≥ P 95)

• História familiar de DM tipo 2

• Substancial capacidade residual de secreção de insulina ao diagnóstico (comprovada por concentração elevada ou normal de insulina e peptídio C)

• Início insidioso da doença

• Resistência à insulina (evidência clínica de síndrome do ovário policístico)

• Exclusão de existência de diabetes autoimune (auto anticorpos tipicamente associados ao DM tipo 1 negativos). Esses pacientes apresentam mais comumente hipertensão e dislipidemia comparado a pacientes portadores de DM tipo 1 (COPELAND et al., 2013).

Nos Estados Unidos foi realizado um estudo com população de 3.458.974 jovens com idade inferior a 20 anos. Destes 7.695 jovens foram identificados com diabetes: 6.668 com DM tipo 1, 837 com DM tipo 2, e 190 com outros tipos de diabetes. Este estudo estimou que até o ano de 2009, 191.986 jovens nos EUA com idade inferior a 20 anos teriam diabetes; sendo 166.984 com DM tipo 1, 20.262 com DM tipo 2, e 4.740 com outros tipos (GROUP1, 2007).

Desta forma, o presente trabalho apresentará uma revisão da literatura, abordando intervenções nutricionais realizadas em crianças e adolescentes com DM tipo 2 ou com fatores de risco para esta doença.

1 GROUP, The Writing Group For The Search For Diabetes In Youth Study. Incidence of Diabetes in Youth in the United States. Jama, [s.l.], v. 297, n. 24, p.2716-2724, 27 jun. 2007.

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2. OBJETIVO GERAL

Realizar uma revisão da literatura científica sobre o DM tipo 2 em crianças e adolescentes.

2.1. Objetivos Específicos

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