Resumo de texto “A ética médica e a bioética como requisitos do ser moral: ensinando habilidades humanitárias em medicina.”
Por: Rodrigo.Claudino • 23/11/2018 • 904 Palavras (4 Páginas) • 349 Visualizações
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No Brasil, observa-se que a formação exige grande esforço cognitivo, de memorização e raciocínio, mas não há exigências no plano moral. Desde o início, não há garantias que os aprovados no vestibular serão capazes de terem formação ética e moral. Isso permite compreender os desvios comportamentais e os delitos cometidos pelos médicos. Por exemplo, não é incomum observar profissionais que tratem seus pacientes sem interesse e educação adequados.
Para melhorar essa situação, seria necessário ensinar a ética médica e a bioética aos estudantes de medicina durante o curso, a fim de estimular a consciência moral, através de discussões e debates de ideias, mesmo que a mudança de caráter seja pouco provável. Para que isso seja possível o grupo formador deve assumir maior parte dessa responsabilidade e é necessário desconstruir a ideia de que o médico professor seja naturalmente ético, assim, os educadores devem receber formação específica. Desde o ciclo básico já seria possível introduzir o ensino da ética, através de discussões amplas que utilizassem como suporte os princípios utilizados pelo principialismo para o debate de diversos temas, como responsabilidade social. Talvez com isso fosse possível sair da crise atual, na qual a prática humanista não acompanhou o desenvolvimento técnico-científico.
A bioética principialista inclui os seguintes princípios: beneficência, não maleficência, autonomia e justiça. A beneficência se refere ao desejo de fazer o bom. A não maleficência sugere o modelo de não intervir para causar o mal, ou seja, se é impossível causar o bem, não se deve promover o mal. O princípio da autonomia ainda encontra resistência no Brasil, pois ainda há a visão de que o médico é a autoridade e o paciente é submisso. Por último, temos a justiça, que traz consigo a equidade e a universalidade. Assim, ao considerar esses princípios, o médico deixa de ser somente um bom técnico e começa a dar valor para a dimensão humana.
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