CURSO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA DE CLÍNICA FISIOTERAPÊUTICA NEUROFUNCIONAL
Por: Carolina234 • 29/4/2018 • 3.392 Palavras (14 Páginas) • 420 Visualizações
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Para testar o olfato, habitualmente empregam-se substancias aromáticas: benzina, extrato de limão, hortelã, pó de café, álcool, entre outras substancias adequadas, mantendo-se o cuidado para não a irritar a mucosa nasal. A pesquisa deve se fazer pela aspiração, cada narina em separado, das substancias referidas, com os olhos fechado.
Afecções que podem causar alterações quantitativas no olfato são: rinite alérgica, Doença de Parkinson, tabes dorsalis (atrofia dos nervos olfatórios), lesões das vias olfatórias (meningites ou sífilis meningovascular), interrupções ou compressões das vias olfatórias; hidrocefalia e processos expansíveis (glioma frontal, meningioma da goteira olfatória).
Afecções que podem causar alterações qualitativas no olfato são: alucinações olfatórias de pacientes psicóticos; psicose alcoólica; crises unificadas cujo está no úncus do hipocampo, provocando sensações olfativas sem objetivo.
Alterações da sensação do olfato
Hiposmia
Redução do olfato
Anosmia
Abolição do olfato
Parosmia
Perversão do olfato
Cacosmia
Sensação de olfato desagradável
2.2 I NERVO – ÓPTICO
É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao polo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado lateral.
O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se como aferentes somáticas especiais. Apresenta características ontogênicas, anatômicas e histológicas semelhantes ao cérebro. O nervo óptico seria um prolongamento do cérebro anterior.
Costuma-se dividir o exame do aparelho visual em 3 partes: medida da acuidade visual, avaliação dos campos visuais e fundos oculares (oftalmoscopia).
A medida da acuidade visual só será determinada de modo preciso pelo oftalmologista. A diminuição dessa acuidade é ambliopia e abolia é amourose. O campo visual pode ser avaliado a grosso modo mediante vários procedimentos, tapando-se um dos olhos (ou não) do paciente (método de confrontação). Esta operação é realizada nos setores superior, inferior, interno e externo, do campo visual.
O exame do fundo do olho é obrigatório em todo exame neurológico e verifica a cor da papila, bordas do disco capilar e os vasos que emergem no centro da pupila, apresentando uma direção centrífuga irrigando toda a retina.
ALTERAÇÕES NA SENSAÇÃO DA VISÃO
Ambiopia
Diminuição da acuidade visual
Amaurose
Abolição da acuidade visual
Hemianopsia
Falha se estende a uma metade do campo visual dos olhos
Hemianopsia homônima
Campo temporal de um lado e o nasal contralateral
Hemianopsia heterônima
Ambos os campos temporais ou ambos os nasais
Quadrantonopsia
Defeito compreende um quarto do campo visual
Escotoma (Positivo)
Manchas escuras ou brilhantes distribuídas no campo visual
Escotoma (negativo)
Ausencia de visão na região da sua projeção no espaço
2.3 NERVO – OCULOMOTOR
- Apresenta fibras com funções motoras e autonômicas.
- As primeiras inervam os músculos extrínsecos do globo ocular: Reto superior, reto medial, reto inferior, oblíquo inferior e elevador da pálpebra superior.
- As fibras autonômicas são parassimpáticas e inervam o esfíncter da pupila.
- E seus núcleos estão localizados no pedúnculo cerebral, próximo ao aqueduto cerebral.
Alterações isoladas do III nervo
- Nas paralisias do nervo oculomotor, os pacientes exibem ptose palpebral.
- Nas lesões o reflexo fotomotor está diminuído ou abolido.
- O comprometimento do III nervo isolado sem acometer a pupila, com início súbito e doloroso, ocorre em microvasculopatias do diabetes mellitus.
[pic 1]
2.4 IV NERVO – TROCLEAR
- Tem como função exclusiva inervar o músculo oblíquo superior do olho.
- Seu núcleo situa-se abaixo dos núcleos do oculomotor (III).
- Alterações isoladas do IV nervo
- A paralisia isolada do troclear é rara, surge em associação com a paralisia do III em virtude da proximidade (imediatamente abaixo).
- Quando presente, leva a diplopia que é máxima ao olhar para baixo e para o lado contralateral à lesão.
- Por ser delgado e longo, sua lesão ocorre principalmente em traumatismos cranianos. Outras causas são: Diabetes, anomalias congênitas, síndrome do seio cavernoso, além de idiopáticas.
2.5 V NERVO – TRIGÊMIO
O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Incorpora fibras autonômicas através de anastomoses com outros nervos (funções tróficas e secretoras).
Possui uma raiz sensitiva e uma motora:
- Fibras sensitivas para a face e parte do crânio;
- Fibras motoras
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