A Administração de medicamentos sem prescrição em crianças
Por: Jose.Nascimento • 10/10/2018 • 4.073 Palavras (17 Páginas) • 480 Visualizações
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à saúde,...” às crianças e adolescentes. Sendo assim, cabe num primeiro momento, aos responsáveis adotar a tomada de decisões no tocante aos cuidados de saúde. E com isso, surge a necessidade de uma maior atenção no que diz respeito à prática da automedicação às mesmas, devendo ser caracterizado como imprudência
A imprudência consolida-se quando o responsável desconsidera, com a atitude de medicar sem prescrição médica, a sua falta de conhecimentos técnicos além de seu despreparo prático no diagnóstico e escolha terapêutica adequada.
2. MATERIAIS E MÉTODOS (OU METODOLOGIA)
Trata-se de uma revisão bibliográfica que para coleta de dados foram utilizados banco de dados: Scielo, teses e mestrados, pubmed e biblioteca virtual de saúde, onde se utilizou as palavras: automedicação, orientação terapêutica, medicação sem prescrição médica, uso irracional de medicamentos.
3. DESENVOLVIMENTO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos metade dos medicamentos seja prescrita ou vendida de forma inadequada e, destes, cerca de 50% são consumidos de forma imprópria (GOULART IC 2012) .
O perfil dos responsáveis segundo o grau de parentesco foi de: mães, pais e responsável identificaram-se como madrinha da criança já em relação à faixa etária dos responsáveis, 60% tinham a idade entre 20 e 30 anos, 20% tinham entre 30 e 40 anos, 15% tinham até 20 anos de idade.
É evidente que o risco dessa prática está correlacionado com o grau de instrução e informação dos usuários sobre medicamentos, bem como com a acessibilidade dos mesmos ao sistema de saúde. (REV. SAÚDE PÚBLICA, 1997)
Sobre a procura ao atendimento médico, 70% da pesquisa mostrou que costumavam levar as crianças sob sua responsabilidade ao pediatra regularmente e 30% buscavam atendimento médico apenas em casos de emergência, porém ainda existem alguns responsáveis que ainda se medicam.
[...] As razões pelas quais as pessoas se automedicam são inúmeras. A propaganda desenfreada e massiva de determinados medicamentos contrasta com as tímidas campanhas que tentam esclarecer os perigos da automedicação. A dificuldade e o custo de se conseguir uma opinião médica, a limitação do poder prescritivo, restrito a poucos profissionais de saúde, o desespero e a angústia desencadeados por sintomas ou pela possibilidade de se adquirir uma doença, informações sobre medicamentos obtidos à boca pequena, na internet ou em outros meios de comunicação, a falta de regulamentação e fiscalização daqueles que vendem e a falta de programas educativos sobre os efeitos muitas vezes irreparáveis da automedicação, são alguns dos motivos que levam as pessoas a utilizarem medicamento mais próximo [...] REV. ASS. MED. BRASIL 2001.
Sobre os sintomas mais frequentes que levam os responsáveis a busca de atendimento médico, 90% dos das pessoas apontam a febre como o principal queixa, 60% afirmam que seria a dor, 20% disseram que diarreia é a causa constante de busca ao ate Quando questionados se já utilizaram nas crianças algum tipo de medicamento sem prescrição, 65% dos responsáveis disseram que sim enquanto 35% negaram essa prática.
Quanto aos medicamentos mais administrados por partes dos responsáveis às crianças sem prescrição médica, de acordo com o medicamento de referência citado: 40% usavam Novalgina® (Dipirona Sódica), 5% usavam Tylenol® - (Paracetamol), 5% Bactrim® (Sulfametaxazol +Trimetropina) e 5% Clavulin ® (Lavulanato de Potássio), e, 5% alegaram a tosse.
Em relação aos riscos sobre a administração de medicamentos sem prescrição médica, todos (100%) afirmaram ter consciência dos riscos desta prática.
[...] No Brasil pelo menos 35% dos medicamentos adquiridos são feitos através de automedicação (AQUINO, 2008). Entende-se como automedicação o uso de medicamentos sem nenhuma intervenção por parte de um médico, ou outro profissional habilitado, nem no diagnóstico, nem na prescrição, nem no acompanhamento do tratamento [...].(PEREIRA 2008).
Quanto à reutilização de medicamentos prescritos em outras ocasiões, 60% afirmaram que não reutilizavam medicamentos e 40% afirmaram reutilizar as sobras de medicamentos.
Durante a revisão bibliográfica, sobre a aquisição de um medicamento pediátrico sem receita médica, no tocante a receber orientações sobre a terapia, 75% disseram não receber orientação alguma, enquanto 20% citaram orientações do balconista e apenas 15% tiveram o farmacêutico como fonte de orientação sobre a farmacoterapia estudos mostram que:
[...] No âmbito da assistência farmacêutica, a educação em saúde, ainda é o maior instrumento para a promoção do uso racional dos medicamentos. Este é um processo que informa, motiva e ajuda a população a adotar e manter práticas e estilos de vida saudáveis. Inclui a educação da população visando instruir sobre a natureza das enfermidades, motivando-os a participarem ativamente do seu controle e cumprindo com as instruções repassadas pelos profissionais de saúde. Com a promoção do uso racional de medicamentos, pode-se contribuir para a diminuição dos números de intoxicação e internações hospitalares, e consequentemente atuar mais em níveis de prevenção e promoção da saúde proporcionando melhor alocação dos recursos disponíveis [...](PEREIRA 2008).
Quando questionados sobre o costume de verificar a data de validade dos medicamentos e a respeito de armazenamento dos mesmos, verificou-se que a maioria (60%) dos entrevistados costumava observar a data de validade dos medicamentos que possuíam.
Em relação ao armazenamento 75% dos entrevistados mantinham os medicamentos de forma adequada em quanto 25% os mantinham em condições impróprias de armazenamento.
Sobre por que prefere administrar medicamentos sem prescrição médica, 55% das pessoas afirmaram manter essa prática em casos emergências.
4. DISCUSSÃO
De acordo com o estudo a automedicação constitui uma prática universal, presente nas mais diversas sociedades e culturas, independentemente do grau de desenvolvimento socioeconômico das mesmas (RICARDO 2008).
Foi observada a prevalência feminina entre os responsáveis entrevistados e em relação à faixa etária, a maioria entre 20 a 30 anos, havendo a ocorrência de um responsável ser menor com 17 anos de idade.
Mesmo em todos os cientes dos riscos quanto ao uso de medicamentos sem prescrição médica, mais da metade, 65% dos responsáveis assumiram medicar as crianças
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