SÍFILIS, UM VELHO PROBLEMA NA ATUALIDADE
Por: Kleber.Oliveira • 24/3/2018 • 4.264 Palavras (18 Páginas) • 325 Visualizações
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JUSTIFICATIVA
Com este projeto, foi possível a compreensão de que a erradicação da Sífilis e suas fases e também a Sífilis Congênita é um desafio que pode se transformar em uma realidade. No entanto, o que nos deixa intrigados é o fato da Sífilis ser uma patologia fácil de tratar, não tão complexa, mas que já matou várias pessoas no mundo, uma vez que outras doenças epidemiologicamente difíceis de serem controladas já foram extintas. É chegado o momento de não apenas lançar o desafio da erradicação da Sífilis, e sim vencê-lo, e ter como mérito pessoas saudáveis e libertas desta doença. Afinal, este deve ser o propósito primordial dos profissionais da saúde.
Por que uma doença com diagnóstico fácil e tratamento acessível continua a infectar milhares de indivíduos no Brasil e no mundo? Foi em busca de respostas para perguntas como esta que nos propusemos a desenvolver este trabalho, que possibilita concluir que é necessário que se analise dados atuais em que seja primeiramente visto o nível de conhecimento das pessoas no que se refere à Sífilis. Ainda, é preciso buscar as possíveis respostas desse agravo, como foi explorado no conteúdo deste estudo, que teve como principal objetivo fornecer dados que clareasse , na qual cada indivíduo é parte fundamental para o controle e até mesmo erradicação dessa enfermidade. Afinal, se a saúde é dever do Estado, é também compromisso de cada cidadão, principalmente neste caso, ao se tratar de moléstia que se dá de pessoa para pessoa.
- OBJETIVO
A população do estudo constituiu-se de gestantes com resultados de testes rápidos positivos para sífilis, obtidos durante as campanhas de eliminação da sífilis congênita, realizadas nas unidades municipais de saúde do Municí- pio do Rio de Janeiro com atendimento pré- natal. Os dados foram coletados durante seis semanas consecutivas, nos meses de julho e agosto dos anos de 1999 e 2000 (Saraceni et al., 2000). As gestantes selecionadas para a realiza- ção de teste rápido para sífilis nas campanhas foram: as que não vinham recebendo assistência médica pré-natal; as que ainda não tinham realizado a primeira sorologia ou que já tinham e não sabiam do seu resultado e, por último, as gestantes que estavam no terceiro trimestre de gestação e que ainda não tinham realizado a segunda sorologia ou haviam feito e não tinham recebido seu resultado (SMS-RJ, 2000). No caso das mulheres já em acompanhamento pré-natal, a seleção para a realização ou não do teste rápido se deu por meio da consulta ao cartão da gestante e não do prontuário médico. O teste rápido utilizado (Determine TP –Abbott Laboratórios) é um teste bem mais caro em relação ao VDRL, de realização fácil, porém qualitativo, não permitindo o controle de cura sem a realização do VDRL. Para cada gestante incluída na campanha foi preenchida uma ficha com dados de identificação e informações sobre a idade gestacional e assistência pré-natal. Esses dados foram coletados nas unidades de saúde, revisados e posteriormente codificados e digitados para análise. Para a identificação das gestantes positivas das campanhas junto ao SINASC, ao SINAN e ao SIM (FUNASA, 1998), utilizou-se o programa RECLINK (Camargo Jr. & Coeli, 1999), para o cruzamento inicial das informações. As gestantes não encontradas por este procedimento foram procuradas nominalmente. Para cada ano foi obtida uma amostra aleatória dos dados do SINASC, utilizando-se o programa Epi Info versão 6.04, correspondendo à cerca de 1% dos registros gerais do SINASC para cada ano, a fim de elaborar o grupo-controle. As gestantes identificadas na campanha foram comparadas às das amostras em relação à idade materna, grau de instrução, município de residência, número de consultas de pré-natal, o local de ocorrência e tipo de parto. Para os recém-nascidos comparou-se o APGAR no quinto minuto (APGAR 5’), o peso ao nascer e a idade gestacional. Com os dados do SINAN, as gestantes identificadas na campanha foram comparadas às demais com sífilis registradas no sistema quanto à idade materna; grau de instrução; município de residência; número de consultas de pré-natal; diagnóstico de sífilis durante a gravidez; realização de VDRL na primeira consulta, no terceiro trimestre e na hora do parto; história de natimortos nesta gestação e em gestações anteriores. Quanto ao concepto, comparou-se o peso ao nascer, idade gestacional, óbito neonatal, situação clínica do recém-nascido (assintomático ou não), realização de VDRL no sangue e licor, e o resultado da radiografia de ossos longos. Para a análise estatística foram utilizados testes (χ2) para testar hipóteses de homogeneidade entre proporções, comparando-se as variáveis relativas às gestantes, ao pré-natal, ao parto e nascimento e aos recém natos das gestantes identificadas na campanha com as demais. O nível de significância foi estabelecido para um erro tipo I (α) de 5%. Todos os cuidados com a manutenção do sigilo dos dados foram tomados. Um único técnico trabalhou com as bases de dados que foram utilizadas. Em nenhum momento foram
feitas citações nominais e os dados foram analisados agrupados.
- MÉTODOS
A população do estudo constituiu-se de gestantes com resultados de testes rápidos positivos para sífilis, obtidos durante as campanhas de eliminação da sífilis congênita, realizadas nas unidades municipais de saúde do Município do Rio de Janeiro com atendimento pré- natal. Os dados foram coletados durante seis semanas consecutivas, nos meses de julho e agosto dos anos de 1999 e 2000 (Saraceni et al., 2000). As gestantes selecionadas para a realização de teste rápido para sífilis nas campanhas foram: as que não vinham recebendo assistência médica pré-natal; as que ainda não tinham realizado a primeira sorologia ou que já tinham e não sabiam do seu resultado e, por último, as gestantes que estavam no terceiro trimestre de gestação e que ainda não tinham realizado a segunda sorologia ou haviam feito e não tinham recebido seu resultado (SMS-RJ, 2000). No caso das mulheres já em acompanhamento pré-natal, a seleção para a realização ou não do teste rápido se deu por meio da consulta ao cartão da gestante e não do prontuário médico. O teste rápido utilizado (Determine TP –Abbott Laboratórios) é um teste bem mais caro em relação ao VDRL, de realização fácil, porém qualitativo, não permitindo o controle de cura sem a realização do VDRL. Para cada gestante incluída na campanha foi preenchida uma ficha com dados de identificação
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