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SINDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE PÚBLICA

Por:   •  2/3/2018  •  2.111 Palavras (9 Páginas)  •  302 Visualizações

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2.3. BURNOUT NOS ENFERMEIROS

De acordo com estudo realizados o enfermeiro esta vunerável a síndrome por apresentar característica propicia relatadas neste trabalho.

Segundo Spooner-Lane (2004), os primeiros estudos para identificação de casos de burnout em enfermeiros mostraram que a síndrome estava correlacionada com a quantidade de tempo que os enfermeiros passam com os doentes, com a intensidade das exigências emocionais de cada profissional e com o realizavam o cuidado de doentes com mau prognóstico. Estudo apontam está associado a fatores relacionados com o trabalho, tais como sobrecarga laboral, baixo nível de suporte, conflitos interpessoais, contacto com a morte, preparação inadequada e inexperiência.

Howard (1998) realizou estudo junto de enfermeiras de hospitais no Canadá e verificou que fatores organizacionais, conflito de funções e autonomia eram componentes importantes do fenômeno o que levou o aparecimento do caso naquele local.

Muller (2004) pesquisou de forma comparativa a ocorrência de burnout em profissionais como enfermeiros, técnicos e auxiliares num hospital brasileiro e pode concluir que a classe dos enfermeiros tinha maiores níveis de exaustão quando comparados com os técnicos e auxiliares, sendo a exaustão emocional maior nos enfermeiros com menor tempo de experiência profissional.

Gil e Vairinho (1997) referem a estudos realizados em enfermeiros de hospitais centrais, distritais e centros de saúde e concluiu que apresentavam um nível médio de burnout, sendo este mais elevado nos enfermeiros hospitalares. Esta característica se dá devido à assistência em um setor considerado desgastantes, tanto pela carga de trabalho, como pelas especificidades das tarefas, levando também em conta a super lotação e a falta de recurso imposta para esses trabalhadores. O estudo de Mendes (1995), realizado com enfermeiros da área de psiquiatria, demonstrou que os fatores pessoais eram mais importantes que os fatores ligados ao ambiente de trabalho. Portanto, quanto maior a satisfação no trabalho, menor era a ocorrência de burnout.

O burnout surge nos enfermeiros de todo o mundo, em diferentes contextos de trabalho, levando-os a desenvolver sentimentos de frustração, frieza e indiferença em relação às necessidades e ao sofrimento dos doentes. Por isso, é importante desenvolver estratégias de prevenção e tratamento.

3. PREVENÇÃO

Segundo Gil-Monte (2003), as estratégias de prevenção e tratamento do burnout podem ser agrupadas em três categorias: individuais, grupais e organizacionais.

As estratégias individuais referem-se à formação em resolução de problemas, assertividade, e gestão do tempo de maneira eficaz. Fazendo o trabalho objetivando logra êxito em seus resultados, marcando tempo para obtenção de resultados esperados. Já as estratégias grupais consistem em buscar o apoio dos colegas de trabalhos e chefes mais próximos. Esta fase tem como objetivo, melhorar sua capacidade, obtêm novas informações e apoio emocional ou outro tipo de ajuda. Já as estratégias organizacionais, muito importantes porque o problema está no contexto laboral, consistem no desenvolvimento de medidas de prevenção para melhorar o clima organizacional, tais como programas de socialização para prevenir o choque com a realidade e implantação de sistemas de avaliação que concedam aos profissionais um papel ativo, de participação nas decisões laborais, grupos de apoio, relatos de superação de burnout, organização de trabalhos de melhora da autoestima, equilíbrio emocional e autocuidado (GIL-MONTE, 2003).

No caso dos enfermeiros, medidas como evitar o excesso de horas extras, proporcionar condições de trabalho atrativas e gratificantes, modificar os métodos de prestação de cuidados, reconhecer a necessidade de educação permanente e investir no aperfeiçoamento profissional (por exemplo, formação em assertividade), dar suporte social às equipas e fomentar a sua participação nas decisões, etc., podem contribuir para a prevenção do burnout (GIL-MONTE, 2003).

Dentro desse enfoque Moffatt (1982) afirma que é importante a melhora da auto-estima e a melhora do equilíbrio emocional e auto cuidado.

3.1 AUTOESTIMA

A relação do profissional da área de saúde com seu local de trabalho, sociedade é condição chave no desempenho do seu papel em situações críticas e, portanto, as condições de autoestima exercem uma função ainda mais importante, seja na prevenção ou nas intervenções, quando se atua em equipes.

Autoestima é a confiança em seu próprio potencial mental, na sua habilidade de pensar, agir e de lidar com os desafios da vida. É a consciência do seu valor, uma avaliação favorável de si; de fato não é algo que se tem ou não, ela pode ser trabalhada na pessoa e desenvolvida no decorrer do tempo. Pessoas com boa autoestima acreditam que, mesmo que a tarefa a ser desempenhada não seja agradável, elas poderão encontrar algum fator positivo. Elas acreditam que haverá alguma coisa a ser aprendida naquela situação. Com isso, desempenha motivada a atividade inerente ao seu domínio. Diferente as pessoas de baixa autoestima além de reclamarem muito, não consegue encontrar em sua personalidade, fatores que dêem forças para desempenhar um bom trabalho. Essas pessoas procuram a competição, tentem mostrar que são melhores que os outros e se comparam constantemente com os colegas (MOFFATT, 1982).

Logo, a construção de uma boa autoestima não será a única solução para o diagnóstico de burnot, mas é indiscutível que sentir-se bem com relação a si mesmo é um ingrediente fundamental para ter segurança e força para esse desafio. Uma pessoa motivada procura fazer o melhor para agradar a si próprio e acredita em seu potencial.

3.2 EQUILIBRIO EMOCIONAL E AUTOCUIDADO

Uma pessoa equilibrada emocionalmente permite o afastamento de conseqüências mais graves de burnout. Esta característica é muito importante, e tem um bom desenvolvimento de acordo com a experiência profissional.

A compreensão deste tipo de vulnerabilidade acumula no aparelho psíquico, acionando um sentimento de desprazer psicológico. Levando em conta as representações sociais dos sujeitos envolvidos, de sua auto-análise dos conceitos de vida pessoal e profissional. Por isso, é fundamental tratar do tema auto-cuidado na área de Saúde Pública, por considerar a importância da consciência do profissional para dar conta

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