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Síndrome de Burnout em Servidores Públicos de Uma Instituição de Ensino Superior

Por:   •  21/12/2017  •  3.207 Palavras (13 Páginas)  •  525 Visualizações

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De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contato interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento de pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam e/ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem a técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações (BALLONE, 2005)

Servidores públicos fazem parte do grupo de profissionais propensos a desenvolver a síndrome, pois são expostos a todo tempo a falta de instrumentos de gestão adequado, alto grau de centralização do poder e autoritarismo dentro da organização, como consequência os servidores podem vir a apresentar uma insatisfação pelo trabalho, fazendo com que a síndrome se desenvolva.

Deve também definir os termos (conceitos) do problema, bem como apresentar modelos que porventura serão utilizados.

- Problema de Pesquisa

Diante do que foi exposto o presente trabalho visa analisar qual a ocorrência da síndrome de Burnout em servidores públicos. E em quais níveis essa síndrome se apresenta nesta categoria de trabalhadores.

- Objetivos

Buscando responder à pergunta de pesquisa, foram estabelecidos os seguintes objetivos:

- Objetivo Geral

Analisar a ocorrência da Síndrome de Burnout em servidores públicos de uma instituição de nível superior, em caso positivo em que grau a síndrome se apresenta nesses servidores.

- Objetivos Específicos:

- Analisar a ocorrência da Síndrome de Burnout em servidores públicos de uma IES;

- Analisar em que grau essa síndrome se apresenta nestes servidores.

- Justificativa

O tema Síndrome de Burnout é um tema ainda relativamente pouco explorado quando se refere a áreas que não envolvem relacionamento direto com pessoas (especialmente saúde e educação). Mas independente desse tratamento direto com pessoas a síndrome cada vez mais está afetando outros profissionais. Com isso torna-se relevante pesquisar a ocorrência da síndrome em outras esferas profissionais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Na presente seção é apresentado o referencial teórico construído para embasar a pesquisa, o qual contempla os seguintes tópicos:

2.1 Estresse no trabalho

A saúde e o bem-estar podem ser influenciados pelo trabalho, tanto de maneira positiva, quanto negativa. O trabalho fornece uma meta e um sentido, estrutura e conteúdo à vida. Fornece ainda, identidade, autorrespeito, apoio social e recompensas materiais. É mais provável que isso aconteça quando as demandas do trabalho são mais adequadas, quando se permite aos trabalhadores exercitarem um grau razoável de autonomia e quando o clima organizacional é amigável e fornece apoio. Sendo assim, esta peculiar atividade humana pode se constituir em um dos mais importantes fatores da vida e da promoção à saúde. Mas se as condições de trabalho forem caracterizadas por atributos opostos, elas provavelmente, pelo menos ao longo do tempo, causarão ou acelerarão uma saúde debilitada ou ativarão seus sintomas (ACHKAR, 2006).

O estresse vem se tornando um problema com dimensões cada vez maiores nas organizações, tendo como algumas causas a falta de tempo para concluir os serviços e a necessidade de realizar muitas tarefas diferentes ao mesmo tempo. O estresse ocupacional refere-se aos estímulos do ambiente de trabalho que exigem respostas adaptativas por parte do trabalhador e que excedem sua habilidade de enfrentamento. Estes estímulos são chamados de estressores organizacionais (HENZ, 2013).

O estresse é uma reação muito forte do organismo quando o indivíduo enfrenta qualquer tipo de evento seja ele bom ou mau e que altera a vida desse sujeito. A partir desses conceitos notou-se que uma boa parte de pessoas admitem, em pesquisas e entrevistas de um modo geral, que reconhecem o estresse no momento que o sentem, e apesar de não ser unânime, já se observou certa concordância na definição de estresse, como um desequilíbrio físico, mental e psíquico. O estresse também pode ser positivo quando caracterizado pelo entusiasmo, pela gana, pela excitação, quando as pessoas encaram os desafios, as pressões do dia-a-dia como uma forma de crescimento pessoal e profissional ( BENK; CARVALHO, 2014).

Segundo Hanz (2013) estresse no trabalho é o resultado de um conjunto de várias situações ou condições, que são potencialmente desestabilizadoras, em razão de incongruências ou falta de adaptação entre pessoas e ambiente, e pode manifestar-se como problemas de saúde física ou emocional e ainda como alterações de comportamento no trabalho e em casa. Sintomas físicos: dores de cabeça, tensão muscular, dores nas costas e no pescoço, cansaço excessivo, problemas de sono e no sistema digestivo, taquicardia, suor excessivo, diminuição da libido, entre outras. As condições de trabalho são geradoras de fatores estressantes, quando há deterioração das relações entre funcionários, com ambiente hostil entre as pessoas, perda de tempo com discussões inúteis, trabalho isolado entre os membros, com pouca cooperação, presença de uma inadequada abordagem política, com competição não saudável entre as pessoas.

Segundo Lipp (1996, p.9), o estresse pode ter origem em fontes externas e internas:

As fontes internas estão relacionadas com a maneira de ser do indivíduo, tipo de personalidade e seu modo típico de reagir à vida. Muitas vezes, não é o acontecimento em si que se torna estressante, mas a maneira como é interpretado pela pessoa. Os estressores externos podem estar relacionados com as exigências do dia-a-dia do indivíduo como os problemas de trabalho, familiares, sociais, morte ou doenças de um filho, perda de uma posição na empresa, não concessão de um objetivo de trabalho, perda de dinheiro ou dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, assaltos e violências das grandes cidades, entre outros. Muito frequentemente, o estresse ocorre em função dos diversos tipos

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