O CONHECENDO A SÍNDROME DE BURNOUT

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Key words: Stress. Teaching. Burnout Syndrome.

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SUMÁRIO

1 introdução 08

2 IDENTIDADE DO PROFESSOR NA SOCIEDADE ATUAL 10

3 CONCEITO DE ESTRESSE 12

4 SÍNDROME DE BURNOUT E DEPRESSÃO

4.1 Definições da Síndrome de Burnout

4.2 Sintomas da Síndrome de Burnout

4.2 Ações Preventivas à Sindrome de Burnout

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 INTRODUÇÃO

Desempenhar o papel de professor na sociedade atual requer do profissional da educação muito mais do que o ensinar em sala de aula. Durante as observações em sala de aula, e na literatura consultada, constata-se um nível bem elevado de estresse no ambiente de trabalho, o que ocasiona afastamento do profissional da educação do contexto laboral. A docência vem sendo vista como uma demanda de esforço que está além das habilidades e técnicas que os professores possuem. Vários são os motivos elencados como desencadeadores do quadro de estresse crônico no ofício do professor, desde as peculiaridades de cada instituição, os diferentes contextos sociais nos quais os alunos estão inseridos e o desprestígio sofrido pela profissão. Outro fator que torna a profissão de professor uma elevada fonte geradora de estresse é o fato de atuar diretamente com pessoas. Além disso, o professor se depara ainda com outras fontes de tensão, como a elevada carga horária de trabalho, o elevado número de alunos por sala de aula, estrutura física inadequada, poucos trabalhos pedagógicos em equipe, baixa participação da família no acompanhamento do desenvolvimento escolar de seus filhos, baixos salários, dentre outros.

Os professores cada dia mais passaram a preocupar-se não apenas com suas funções docentes, mas também com questões de estabilidade e salário. Além das classes, o docente também deve fazer trabalhos administrativos, orientar alunos em horários extraclasses e atender pais. Deve também organizar atividades extras, participar de reuniões de coordenação, seminários, conselhos de classe, fazer atividades de recuperação entre outras atribuições. Nesse caso, uma das atitudes que se verifica no professor é o uma tendência ao trabalho individualista, não permitindo ao profissional de educação confrontar e transformar os aspectos estruturais de seu trabalho. Todos esses aspectos causam conflitos a este profissional, pois como consequência da sobrecarga de trabalho e obrigações, há uma redução de seu tempo disponível para estudos individuais ou em grupo ou para outros recursos que possam contribuir para a sua qualificação. As exigências e os desafios acarretam uma exaustão emocional em muitos desses educadores. Diante disso, fica evidente que tanto na natureza do trabalho do professor como no contexto em que exerce suas funções, existem diversos fatores estressores que, se persistirem, pode levar a uma síndrome conhecida como Burnout.

A questão norteadora deste trabalho é elencar como surge a Síndrome de Burnout na função da docência. O interesse pela temática surgiu através de um problema pessoal com o estresse e ansiedade crônica, diagnosticada desde meados do ano passado (2015). A partir de então, elucidou-se o interesse em realizar pesquisas para melhor compreender esse tema, uma vez que, se não for adequadamente tratado, o estresse pode evoluir para um estado crônico.

Trabalhar essa temática se faz de fundamental importância na atualidade, pois estudos recentes comprovam a existência de elevado nível de estresse não só entre profissionais da educação, mas em todos aqueles que lidam diretamente com pessoas, resultando num quadro de estresse crônico. Sabe-se ainda que esse tema é um fenômeno pouco conhecido em nossa realidade e que pode ser considerado um problema de saúde pública. Pela falta de conhecimento muitos profissionais que são portadores do Burnout não sabem identificá-la, e por vezes não reconhecem que se trata de uma síndrome, permanecendo assim em constante estresse e exaustão no trabalho, sem buscar ajuda ou auxílio. De acordo com Carlotto (2002, p. 21) “a severidade de Burnout entre profissionais de ensino já é, atualmente, superior à dos profissionais de saúde, o que coloca o Magistério como uma das profissões de alto risco”. Essa síndrome trouxe para a sociedade uma nova perspectiva em relação aos danos que o estresse ocasiona no profissional de educação, embora a severidade do caso dependerá, como veremos ao longo deste trabalho, da resposta de cada um as situações de estresse.

Pretende-se, igualmente, compreender a Síndrome de Burnout expondo-a como um problema de saúde pública relacionado à profissão docente, seguindo o caminho a seguir: a) apresentar a bibliografia crítica do tema Síndrome de Burnout; b) Abordar sobre a identidade do professor na sociedade atual c) descrever a definição, causas e sintomas; d) distinguir os termos Estresse/Depressão com o Burnout; e) Indicar propostas de intervenção com a finalidade de diminuir o nível de estresse dos profissionais.

A realização desse trabalho se deu por meio de pesquisas da literatura teórica sobre o tema, tendo como fonte artigos de autores de várias áreas que contribuem para a compreensão dialética da síndrome, como médicos, sociólogos, psicólogos e educadores. Considerando principalmente, o posicionamento da médica e pesquisadora Christina Maslash, que contém a definição da Síndrome de Burnout mais aceita atualmente. Optou-se ainda neste estudo a revisão bibliográfica de autores como: Maslach (2001); Ballone (2002); Carlotto (2006); Souza (1997); Carvalho (1995); Greenberg (2002), entre outros. As referências bibliográficas escolhidas vão de 1974 a 2007.

Inicialmente o presente trabalho faz uma abordagem sobre a identidade do professor na sociedade atual, destacando as atribuições que são impostas ao professor diariamente gerando no mesmo um desgaste físico e emocional. Em seguida, é feito uma abordagem sobre o estresse e o impacto que essa doença traz na vida de um profissional. Realiza definição e sintomas da Síndrome de Burnout