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POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL

Por:   •  27/10/2017  •  4.592 Palavras (19 Páginas)  •  293 Visualizações

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Observa-se que o câncer constitui, assim, problema de saúde pública e por isso este trabalho tem como objetivo relatar sobre esta patologia, abordando seu conceito, classificação, diagnóstico e tratamento, além de compreender o papel do profissional de enfermagem na assistência ao paciente oncológico e seus cuidados paliativos.

2. CONCEITO

2.1 CÂNCER

No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controlada e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de “tumores”.

A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: “Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos

sobre o hospedeiro”. (BRASIL, 2015, pag. 12).

Segundo Galeno, o legendário médico romano, o nome "câncer" foi dado à doença porque as veias intumescidas que circundam a parte afetada têm a aparência das patas de um caranguejo; outros atribuem o nome a uma metáfora: o local do tumor é corroído dolorosamente como se um caranguejo o devorasse.

3. EPIDEMIOLOGIA

De acordo com estimativas mundiais do projeto Globocan 2012, da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc, do inglês International Agency for Research on Cancer), da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 14,1 milhões de casos novos de câncer e um total de 8,2 milhões de mortes por câncer, em todo o mundo, em 2012. A carga do câncer continuará aumentando nos países em desenvolvimento e crescerá ainda mais em países desenvolvidos se medidas preventivas não forem amplamente aplicadas. Nesses, os tipos de câncer mais frequentes na população masculina foram próstata, pulmão e cólon e reto; e mama, cólon e reto e pulmão entre as mulheres. Nos países em desenvolvimento, os três cânceres mais frequentes em homens foram pulmão, estômago e fígado; e mama, colo do útero e pulmão nas mulheres. Em 2030, a carga global será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes por câncer, em consequência do crescimento e do envelhecimento da população, bem como da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento.

3.1 NORDESTE

Segundo INCA (2015), a distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2014 por sexo, exceto pele não melanoma.

4. ETIOLOGIA

Segundo Brunner e Suddarth (2011, pag. 295), Certas categorias de agentes ou fatores tem sido implicadas no processo carcinogênico. Elas incluem vírus, agentes físicos, agentes químicos, fatores genéticos ou familiares, fatores dietéticos e agentes hormonais.

Vírus – os vírus incorporam-se ás estruturas genéticas das células, alterando as futuras gerações dessa população de células, levando a um câncer.

Agentes físicos – os fatores físicos associados à carcinogênese incluem a exposição à luz solar, ou seja, exposição excessiva à irradiação ultravioleta do sol. Além da irradiação ionizante através de procedimentos radiográficos diagnósticos repetidos, e também em usinas nucleares em decorrência da irradiação natural que é essencialmente inevitável. Irritação crônica ou inflamação crônica gerados através do uso do tabaco que lesam as células levando à diferenciação celular anormal.

Agentes químicos – calcula-se que 85% de todos os cânceres estejam relacionados ao ambiente que nos circunda. A fumaça do tabaco é um possível carcinógeno químico, além de que o tabaco também pode agir sinergicamente com outras substâncias, como álcool, asbesto, urânio e vírus, promovendo o desenvolvimento de câncer. Outros carcinógenos químicos incluem aminas aromáticas e corantes de anilina, arsênico, fuligem e carvão, poeira e madeira e cloreto de polivinil, entre outros.

Fatores genéticos – fatores genéticos também desempenham certo papel no desenvolvimento da célula cancerosa, pois lesões do DNA em padrões cromossômicos anormais podem desenvolver mutação das células. Alguns cânceres da infância e da fase adulta mostram predisposição familiar. Esses cânceres tendem a ocorrer em idade muito precoce e em múltiplos locais de determinado órgão ou parte de órgãos.

Fatores dietéticos – calcula-se que fatores dietéticos estejam relacionados de 40 a 60% de todos os cânceres ambientais. As substâncias dietéticas podem ser proativas (protetoras), carcinógenas ou cocarcinógenas, assim o risco de câncer aumenta com a ingestão prolongada destas substâncias. Alguns exemplos associados ao risco de câncer incluem gorduras, álcool, carnes salgadas ou defumadas, alimentos que contém nitratos e nitritos e dietas ricas em calorias.

Agentes hormonais – o crescimento tumoral pode ser estimulado por distúrbios do equilíbrio hormonal, seja através da produção de hormônio pelo próprio organismo (endógena) ou da administração de hormônios exógenos.

5. FISIOPATOLOGIA

5.1 CÂNCER E CRESCIMENTO CELULAR

As células normais que formam os tecidos do corpo humano são capazes de se multiplicar por meio de um processo contínuo que é natural. A maioria das células normais cresce, multiplica-se e morre de maneira ordenada, porém, nem todas as células normais são iguais: algumas nunca se dividem, como os neurônios; outras – as células do tecido epitelial – dividem-se de forma rápida e contínua. Dessa forma, a proliferação celular não implica necessariamente presença de malignidade, podendo simplesmente responder a necessidades específicas do corpo. (INDA, 2011, pag. 17).

5.2 O QUE SE ENTENDE POR CRESCIMENTO DESORDENADO DE CÉLULAS?

O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das células normais. As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescend incontrolavelmente,formando outras novas células anormais. Diversos organismos vivos podem apresentar, em algum momento

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