OS IMPASSES PARA A FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR NO CAMPO DA ENFERMAGEM
Por: eduardamaia17 • 24/12/2018 • 3.355 Palavras (14 Páginas) • 406 Visualizações
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2.2. VIVÊNCIAS NO ENSINO
2.2.1. PRIMEIRO SEMESTRE
A minha trajetória de prática teve início no primeiro semestre quando foi ministrada a disciplina de Introdução à Saúde Coletiva a qual me permitiu um maior contato com a atenção básica de saúde, além de me proporcionar um olhar abrangente acerca do cuidado tomando como foco principal não o processo de saúde e doença de maneira restrita, mas sim o que poderia influenciar de maneira direta, como por exemplo, o meio em que o indivíduo está inserido e as condições socioculturais existentes. Esse momento para mim foi de certa forma crucial, pois possibilitou uma mudança de pensamento a respeito da atuação do enfermeiro e a sua importância e impacto no meio social.
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Figura 1 - Fim da prática de Introdução à Saúde Coletiva
2.2.2. SEGUNDO SEMESTRE
E os passos continuaram em 2016.1 quando se iniciou o meu segundo semestre no curso de Enfermagem, tendo como relação teórico-prático o Projeto de Extensão do LAPAR (Laboratório de Parasitologia) vinculado à disciplina de Parasitologia, como também uma breve pesquisa sobre prevalências de infecções em alguns dos Hospitais do eixo Itabuna-Ilhéus dentro da matéria de Microbiologia. No período em que estive no projeto intitulado “Parasitologia na Comunidade”, orientado por Silvia Maria, pude diagnosticar um Conhecimento deficiente relacionado a uma informação insuficiente a respeito dos cuidados básicos de higiene, o que reforçou a importância do papel do enfermeiro como educador e promovedor da saúde no âmbito social que até então só existia na teoria e era reforçado pelos professores.
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Figura 2 - Peça teatral direcionada às crianças.
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Figura 3 - Peça teatral direcionada aos adultos.
2.2.3. TERCEIRO SEMESTRE
E os meses foram passando e assim cheguei ao meu terceiro semestre, com um olhar mais maduro e reflexivo sobre o processo saúde-doença e carregando no consciente tudo que foi aprendido. Desta vez as matérias que vincularam com maior intensidade à vivência prática em saúde foram: Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem, Bases Teóricas e Metodológicas em Enfermagem, Educação e Comunicação na Saúde, Farmacologia Básica e Processos Patológicos. Nesse momento percebi que não foi por acaso o conjunto destas disciplinas supracitadas em um único semestre, pois Bases Teóricas possibilitou a construção do conhecimento que subsidiou as intervenções feitas em Semiologia no Hospital de Base de Itabuna e foi responsável pelo fornecimento da ferramenta necessária para que eu pudesse conhecer mais afundo o contexto da enfermagem enquanto ciência, o que foi evidenciado pela minha aproximação quase que natural do processo de enfermagem o qual me identifiquei muito e foi o ponto de partida inicial para o que eu iria encontrar no semestre seguinte quando me deparei com a Enfermagem Fundamental, que falarei mais adiante.
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Figura 4 – Início da prática de Semiologia no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães.
No início da disciplina de bases teóricas, logo quando foi exposto o conteúdo novo e de grande complexidade, mas de uma importância crucial, pensei que não fosse dar conta, mas logo fui desenvolvendo habilidades a partir do conhecimento obtido da aula expositiva do Prof. Dr. Ricardo Mattos, e assim aperfeiçoando a partir das atividades feitas em sala de aula, como também o estudo de caso trabalhado e apresentado na matéria de Vivências Interdisciplinares III.
2.2.4. QUARTO SEMESTRE
Com o passar do tempo me deparei com a última parada até então, o tão esperado quarto semestre, que segundo alguns que já passaram por ele, relatam ser um divisor de águas, o momento em que você toma decisão se quer seguir ou não na graduação em enfermagem, pois é o período de maior aproximação do exercício de enfermagem hospitalar e suas habilidades além de ser um momento que requer um tempo maior dedicado à vida acadêmica. Sem dúvida, para mim o ponto crítico no decorrer do semestre foi nessa ocasião em que tive que optar entre o meu bem estar físico e mental e as idas à prática de Enfermagem Fundamental, pois ficou inviável conciliar atividades físicas e a realização de uma alimentação saudável com o pouco tempo disponível para questões pessoais. Ademais, foi um período de turbulências do ponto de vista financeiro, pois como dependo do auxílio para me manter na universidade e este não foi depositado na conta dos alunos, tive que utilizar de outros meios para que eu pudesse permanecer participando das atividades acadêmicas. Contudo, a Enfermagem Fundamental me proporcionou bons momentos frente aos pacientes em que eu prestava cuidados. Fato que me marcou bastante foi o de um cliente que tinha sofrido uma fratura interna da tíbia, o qual prestei as assistências necessárias, e durante a abordagem pude perceber algumas alterações nos SSVV, como sudorese intensa e taquipneia. Observado isso, me dirigi ao prontuário para fazer as anotações, como também me preocupei em alertar aos outros alunos do 10º semestre que compunham a equipe da enfermaria a respeito do ocorrido. Então, ao término da aula fui com meus colegas para o Hospital de Base atuar na prática de Farmacologia Aplicada. No decorrer do caminho pensei muito e refleti sobre o estado do paciente que ali se encontrava e não evoluía pelo fato de nada ser feito por razões que me abstenho a questionar. Apesar de o caso do paciente não ser tão grave, o desfecho foi o mais inimaginável possível, o presente indivíduo em questão estava com o quadro de sepse e devido isso teve que amputar a sua perna recentemente operada. O que se fosse observado inicialmente poderia ser evitado se procedimentos necessários fossem realizados, o que de fato não ocorreu. Sem dúvida, toda essa situação me faz refletir acerca da abrangência do cuidado e da necessidade da atenção ao cliente de forma integral por partes de todos os profissionais da saúde e não só os enfermeiros. Então deixo esse questionamento a respeito do ocorrido: Quanto vale a vida? Qual a responsabilidade dos componentes da saúde para com ela?
2.3. VIVÊNCIAS NA EXTENSÃO E PESQUISA
O terceiro semestre foi
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