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OS CASOS CLÍNICOS

Por:   •  20/12/2018  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  412 Visualizações

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Caso clínico 3- A hemorragia é comum durante uma extração dentária, porém, quando perdura por muitas horas, é consequência de alguma complicação. O paciente encontra-se em um estado de hemorragia externa, no qual se exterioriza o sangramento na área de origem. A hemorragia do paciente é recorrente, ou seja, está perdurando por muitas horas, e isso se dá provavelmente á homeostasia deficiente. O paciente é hipertenso e faz uso diário de captopril e no mesmo dia tomou viagra, esses dois fármacos são potentes vasodilatadores e diminuem a resistência vascular periférica, são fármacos que liberam óxidos nítricos, potentes inibidores da agregação plaquetária, estes óxidos nítricos impedem a adesão plaquetária, consequentemente não haverá a formação do tampão hemostático. Os efeitos da viagra duram por muitas horas, o que prejudicou mais ainda a hemorragia do paciente. O paciente também usava o ASS que também é um vasodilatador e um potente antiagregante plaquetário. Todos esses fármacos usados no mesmo dia da extração dentária só contribuíram ainda mais para a hemorragia do paciente, por isso o mesmo não parava de sangrar.

Além dos procedimentos que o cirurgião-dentista indicou ao paciente, o paciente deve suspender o uso da ASS e do viagra até a cessação da hemorragia, o mesmo também pode fazer o uso da esponja de fibrina, que é um sistema de coagulação artificial que agiliza e potencializa o processo de coagulação, além de fazer compressão local, manter-se em decúbito dorsal, uso de gazes no local do sangramento.

Caso clínico 4- A formação de trombose se dá por três fatores. Dentre eles, temos a lesão endotelial, que impede que as vias inibidoras da coagulação atuem em determinados segmentos reduzindo a atividade antitrombótica de forma significativa, produzindo co-fatores da protrombina e da trombomodulina, além de inibir o ativador do plasminogênio tissular. O endotélio pode ser lesado por agressões mecânicas, por substancias químicas exógenas irritantes ou ainda por estímulos inflamatórios causados por agentes infecciosos ou não. Outro fator muito importante é a estase sanguínea, que contribui para o desenvolvimento da trombose venosa e a turbulência que contribui para a trombose cardíaca e arterial, e ambas causam a perda do fluxo sanguíneo laminar. E o último fator é a alteração dos constituintes do sangue, que é resultado do desequilíbrio entre as vias de coagulação e a via fibrinolítica, denominado hipercoagulabilidade.

Alguns desfechos clínicos podem acometer a paciente, dentre eles, a tromboembolia pulmonar, que causa a obstrução da circulação sanguínea pulmonar por um trombo, isquemia, que é a falta de suprimento sanguíneo, ocasionada por uma obstrução, e a insuficiência venosa crônica, que é uma consequência das varizes, que tem como principal característica a dificuldade do retorno venoso.

O uso de contraceptivos aumenta muito o risco de trombose, por isso a paciente não pode usá-lo. A maioria dos anticoncepcionais causam resistência ás proteínas-C reativas, que são anticoagulantes naturais do organismo, com isso, o sistema circulatório fica desequilibrado e mais propicio a criar coágulos e, consequentemente trombose, os efeitos dos estrogênios relacionados a dose também podem provocar o trombo. A paciente não deverá mais engravidar porque a gestação é um dos fatores para a causa do trombo, tendo em vista que as mulheres gravidas são mais propensas a terem varizes, e as varizes por consequência podem causar o tromboembolismo.

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