O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMESTICA PELOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE ARCOS/MG
Por: Kleber.Oliveira • 27/10/2018 • 14.800 Palavras (60 Páginas) • 330 Visualizações
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TABELA 8 – Dificuldades frente à violência domestica
TABELA 9 – Estratégias no enfrentamento da violência domestica
LISTA DE SIGLAS
ACS – Agente Comunitário de Saúde
AIS – Ações Integradas de Saúde
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social
FUNASA – Fundação Nacional de Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
PACS- Programa de Agente Comunitários de Saúde
PSF – Programa de Saúde da Família
SAS – Secretaria de Assistência a Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
SUDS – Sistema Unificado Descentralizado de Saúde
SPS – Secretaria de Políticas de Saúde
UBS – Unidade Básica de Saúde
SUMÁRIO
1.2 Justificativa 9
1.3Objetivos 9
1.3.1Objetivo Geral 9
1.3.2Objetivos específicos 10
2 REFERÊNCIALTEÓRICO 11
2.1Sistema Único de Saúde (SUS) 11
2.2Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programa de Saúde da Família (PSF) 12
2.3 O Agente Comunitário de Saúde (ACS) 13
2.4 Violência Doméstica 18
3.1 Tipo de estudo 21
3.2 Local do estudo 21
3.3 Púbico alvo 22
3.4 Coleta dos dados 22
3.5 Análise dos dados 22
3.6 Considerações éticas 23
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 24
4.1 Caracterização dos ACS 24
4.2 Compreensão sobre a violência doméstica 27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 42
REFERÊNCIAS 43
APÊNDICES.............................................................................................................................42
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1 INTRODUÇÃO
O Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS) juntamente com o Programa de Saúde de Família (PSF) fazem parte da reorganização no cenário de políticas de saúde no Brasil, trazendo como um diferencial na atenção primaria, a inserção do Agente Comunitário de Saúde (ACS) como um novo trabalhador em relação ao cuidado em saúde.
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é colocado como o elemento-chave do sistema na atenção primária de saúde; como o elo entre a comunidade e os serviços.Em algumas situações é peça fundamental na identificação de vulnerabilidade e de fatores do risco de saúde.
A violência, que tem lugar nesse âmbito, constitui grau extremo de abuso nas relações familiares e não diz respeito a atos isolados, mas a relações violentas que ocorrem entre pessoas próximas e aparentadas. Tal fenômeno pode acompanhar a família de geração a geração, constituindo-se na intergeracionalidade da violência. Os profissionais de saúde não podem ficar alheios a essa problemática. Além disso, a possibilidade de tornar visível a situação de violência intrafamiliar contra a criança e o adolescente, possibilitada pelo exame físico, exige abordagem de cuidado que leve em conta os aspectos relacionais desse fenômeno e o contexto no qual se manifesta e que lhe dá significado (NUNES; SARTI; OHANA, 2008).
A cada ano mais de um milhão de pessoas perdem a vida, e muitas mais sofrem ferimentos não fatais resultantes de autoagressões, de agressões interpessoais ou de violência coletiva. Em geral, estima-se que a violência seja uma das principais causas de morte de pessoas entre 15 e 44 anos em todo o mundo. Estima-se que de 30% a 50% da população brasileira, usuárias dos serviços de saúde, convivem ou já conviveram com a violência. Apesar desta magnitude, o registro dos casos de violência doméstica, na maioria das vezes, não é realizado nem identificado, pois o atendimento volta-se aos sintomas e às queixas clínicas, é direcionado à parte do corpo supostamente comprometida.
Nessa perspectiva, a problemática investigada centra-se na invisibilidade da violência pelo setor saúde e pelos profissionais de saúde, dentre eles o ACS, sendo o profissional de saúde que tem mais contato com as vítimas no momento da visita domiciliar, podendo perceber sinais e sintomas, assim como na descoberta das causas da violência.
Para que o Agente Comunitário de Saúde trabalhe frente na prevenção da violência doméstica, faz-se necessário a formação, a capacitação e o conjunto de ações desenvolvidas por esses profissionais. É neste contexto que se insere esta pesquisa, que tem o objetivo de conhecer como os Agentes Comunitários de Saúde do município de Arcos atuam frente à violência doméstica.
1.2 Justificativa
De acordo com o Centro de Referencia Especializado de Assistência Social (CREAS), no Município de Arcos-MG, foram registrados no ano de 2011 um total de 50 casos de violência doméstica, e 202 casos no ano de 2012, o que retrata um cenário de um amplo crescimento da violência no Município, que necessitaria de maiores intervenções e atenção para este fato. Desta forma os profissionais mais capacitados para atuarem nesta problemática, seriam os profissionais da atenção primária da saúde, visto que eles apresentam-se importantes na execução de práticas preventivas e por terem contato diário e direto com a comunidade, pois conhecem os perfis das áreas de abrangência e a realidade de cada família. E dentre a equipe da atenção primária destaca-se os Agentes
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