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INFLUÊNCIA DAS CRENÇAS RELACIONADAS AO GÊNERO NO ATENDIMENTO EM SAÚDE ÀS MULHERES HOMOSSEXUAIS

Por:   •  27/11/2018  •  1.913 Palavras (8 Páginas)  •  338 Visualizações

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A luta pelo reconhecimento das mulheres e também para seus direitos humanos básicos ainda e contínua, mesmo sua situação ter sido melhorada de muitas formas

(E. DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES, 2011)

Os direitos humanos tornaram claro que os Direitos Humanos, mesmo envolvendo frequentemente uma discriminação oculta contra as mulheres, que faz parte de um grupo vulnerável, assim como a população indígena, idosa e crianças, o que os tornam unidos por sofrerem uma discriminação, e ainda não serem capazes de gozar plenamente de seus direitos básicos (E. DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES, 2011).

As mulheres embora contribuíssem de igual forma, para a evolução do sistema político, econômico e social, a atenção dada aos problemas das mulheres é mínima. Mesmo com cegueira relativamente ao gênero e a esses fatos, é detectável que não pode haver neutralidade de gênero nas leis internacionais e nacionais (E. DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES, 2011).

A saúde envolve o bem estar emocional, social e física, acessíveis e aceitáveis da sua escolha, bem como o direito ao acesso a serviço de saúde adequados. A realidade na saúde e diferente, conduzindo perigos para saúde das mulheres, incluindo a violência física e sexual, as doenças sexualmente transmissível (HUMANOS DAS MULHERES, 2011).

Em muitas sociedades, mulheres são sujeitas a violência física, sexual e psicológica que é transversal a diferentes rendimentos, classes e culturas, tanto na vida pública, como na privada (HUMANOS DAS MULHERES, 2011).

Muitas vezes mulheres que já sofreram abuso sexual, optam a se tornarem mulheres homossexuais, e outra por opção de vida ou decepções com parceiros do gênero oposto (HUMANOS DAS MULHERES, 2011).

Segundo Souza et al. (2014):

Nos Estados Unidos da América foram realizados estudos sobre a homossexualidade feminina, que, majoritariamente, apontaram para um alto índice de morbidade a esta população, como câncer de mama e do colo do útero e obesidade. Os fatores que contribuíram para esta condição estavam relacionados ao uso abusivo de álcool, drogas ilícitas, tabagismo, a não utilização do serviço de saúde e a fragilidade de ações em saúde voltadas para as lésbicas.

De acordo com Souza et al. (2014) ‘‘as práticas dos profissionais são marcadas de preconceitos e tabus, principalmente quando se trata da homossexualidade feminina, o que evidencia a dificuldade na abordagem do tema’’.

No atendimento às mulheres homossexuais, não é abordado sua orientação sexual, ao qual o seu estilo de vida deveria ser levado em consideração para garantir uma adequada e melhor anamnese e condução de orientação, uma vez que a qualidade dos cuidados de saúde depende da relação entre os profissionais e cliente (SOUZA et al. 2014).

O preconceito no atendimento a mulher homossexual, sugere um numero significativo de profissionais de saúde que se sente desconfortável em oferecer esta prestação de cuidados (SOUZA et al. 2014).

Segundo Souza et al. (2014):

Pesquisas revelaram que após a lésbica manifestar a sua orientação sexual, os profissionais deram encaminhamento ao atendimento mais rápido ou não solicitaram exames, o que pode comprometer o atendimento. Além disso, sugeriu que as lésbicas são menos propensas a obter cuidados de rotina, o que inclui exames ginecológicos, mesmo tendo o risco aumentado de câncer de mama e do endométrio devido à alta incidência de nuliparidade.

A homossexualidade feminina é um tema que entrou recentemente na agenda política brasileira, pois, somente em 2003, a partir do V Seminário de Mulheres Lésbicas, reconheceu-se que as políticas públicas precisavam contemplar no conjunto das ações de atenção à saúde da mulher (SOUZA et al. 2014).

A invisibilidade individual e social reforça a vulnerabilidade das mulheres homossexuais, a partir deste aspecto é que surge a falha de prestação de serviço por parte dos profissionais de saúde, que define a heterossexualidade como normal, e marginalizam as relações homossexuais (SOUZA et al. 2014).

A atitude dos profissionais de saúde tem um impacto, que há até uma dificuldade em abordar as práticas sexuais com pacientes heterossexuais, porém pacientes homossexuais relatam episódios de negligência e abuso por partes de prestadores de cuidados, onde acreditam que sua experiência de vida é mal compreendida pelos profissionais, principalmente quando se é relatado o número de parceiras que elas têm, e logo o enfermeiro expressando repúdio, o que constrange as clientes (SOUZA et al. 2014).

Segundo Souza et al. (2014):

Um dos estudos ressaltou que esta população está exposta a doenças crônicas em percentuais significativos e refere que as taxas de notificação para doenças crônicas são maiores para populações homossexuais. Para mulheres heterossexuais, as taxas chegam a 70% e, para lésbicas, 80%, em que se destacam as doenças cardiovasculares, câncer de pulmão e câncer de mama, todas associadas ao tabagismo. Outros fatores são o alcoolismo e uso de drogas para doenças cardiovasculares, as quais têm maior incidência, e nuliparidade e alcoolismo para câncer de mama.

O preconceito e pré-noções a respeito da homossexualidade feminina, dificulta a atuação sobre a informação trazida pelo cliente, com isso faz-se a citação a constituição federal 1988, a qual ressalta que o direito à saúde compõe os direitos sociais, devendo-se dispor de bem estar de todos, sem preconceitos e discriminação (SOUZA et al. 2014).

O Enfermeiro de acordo com sua formação está pautado em teorias que abrange a diversidade, a culta e a religião, envolvendo o saber ouvir e atender as angústias de todos que necessitam, englobando os considerados marginalizados (SOUZA et al. 2014).

Segundo Souza et al. (2014):

O enfermeiro pode criar um ambiente acolhedor a partir do diálogo que aborde as crenças, preocupações e orientações sobre sexualidade. No entanto, é preciso que os enfermeiros conheçam as necessidades das lésbicas, a fim de desenvolver uma desconstrução de ideologias e mitos sobre este grupo.

O preconceito da homossexualidade feminina atravessa grandes problemas, devido à negligência, preconceitos e a indiferença que é tratado esse estilo de vida adotado por mulheres, tendo relatos ate mesmo de maus tratos quando se demonstra essa opção sexual.

A relação entre

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