CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Por: eduardamaia17 • 17/12/2018 • 2.430 Palavras (10 Páginas) • 312 Visualizações
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Vivemos em um sociedade que enfrenta grandes mudanças em diversos setores tanto econômico como industrial. O mundo tem avançado em grandes descobertas científicas e também tecnológicas e com isso vão surgindo a cada dia novas profissões para conseguir atender a grande demanda de mercado. Esse grande número de profissões faz com que o jovem a cada dia se sinta mais indeciso na escolha de uma formação profissional.
Neste contexto, aparece a importância da realização de uma orientação vocacional/profissional, com o objetivo de facilitar o momento da escolha, auxiliando o indivíduo a compreender esse momento de vida que é a passagem da adolescência para a vida adulta, e os aspectos pessoais, familiares e sociais que envolvem os jovens neste período de decisão. (Hurlock,1979) afirma que uma das razões que tornam, ainda, mais difícil a transição do jovem para a fase adulta é o fato de se esperar que ele assuma novos papéis quando atinge um certo grau de instrução.
De acordo com os estudos de Nascimento (2007), afirma que esta é uma área que comporta várias abordagens e técnicas na atuação, além de entender que o orientando possui participação ativa. A orientação deve partir de um pressuposto teórico que seja capaz de abranger a subjetividade e a realidade do orientando, incluindo esferas sociais e do trabalho.
A orientação deve pressupor certa criatividade, permitir variação nas técnicas e incluir movimentação nas sessões, com atividades e intervenção do orientador, facilitando a ocorrência de mudanças consistentes (NASCIMENTO, 2007).
No mundo atual a orientação profissional pode ser um agente de transformação social, pois tem a função de auxiliar os jovens no momento da escolha profissional, abrindo possibilidades para que o mesmo aprenda a refletir e a pesquisar sobre sua escolha e realizá-la de uma forma mais responsável.
Como diz MOURA (2001, p. 17).
“Quando quem decide é um adolescente, essa escolha geram mais conflitos em função não apenas das dificuldades próprias dessa fase, mas também pelas sérias implicações que a decisão presente pode acarretar no futuro.”
Neste contexto, a educação, especificamente a escola não pode permanecer parada, precisa acompanhar as mudanças e contribuir para essa etapa de vida que os jovens terão que enfrentar.
O ENSINO MÉDIO
O ensino médio no Brasil se constitui em atender à duas demandas: a preparação para os estudos superiores e a preparação profissional.
O ensino médio, entendido como etapa da educação formal que se realiza após o ensino fundamental e antes do ensino superior, tem se caracterizado como um período de formação intermediário. Atende alunos entre 15 e 17 anos, com o objetivo de inserir os jovens na vida adulta e um consequente encaminhamento profissional.
No Brasil o ensino médio apresenta uma dualidade estrutural, pois ao mesmo tempo em que encaminha para a universidade também prepara profissionalmente através de cursos técnicos. Ao longo da história da educação brasileira, as diversas formas de ensino médio têm sido implementadas de forma a atender às demandas do mercado de trabalho e às determinações econômicas e políticas do país.
Kuenzer (2008b, p.9), educadora e pesquisadora na área de Educação e Trabalho, analisando a questão da dualidade de percursos oferecidos no ensino médio brasileiro, diz:
“É esta dupla função, preparar para a continuidade de estudos e ao mesmo tempo para o mundo do trabalho, que lhe confere ambiguidade, uma vez que esta não é uma questão apenas pedagógica, mas também política, determinada pelas mudanças nas bases materiais de produção, a partir do que se define a cada época, uma relação peculiar entre trabalho e educação”.
O jovem brasileiro que chega ao fim do ensino médio é chamado a fazer escolhas profissionais e pode optar pela continuação dos estudos ou pelo ingresso imediato no mercado de trabalho. Uma das alternativas disponíveis para que o jovem continue seus estudos é a educação superior
A escolha de um curso superior pelos concluintes do ensino médio não é
uma tarefa fácil.
TOZZI (2004, p.64) resume bem essa questão ao afirmar que:
(...) em tempos de inscrições para o vestibular, é fácil constatar uma dúvida que persegue boa parte dos candidatos: que profissão escolher? Em geral, trata-se de uma escolha quando ainda o estudante não tem domínio das questões básicas em relação à futura profissão. Com 17 ou 18 anos de idade, em média, esta é certamente a decisão mais difícil que irá tomar na vida. Recém saída da adolescência, a maioria carece de segurança emocional e vivência profissional.”
Segundo KUENZER (2001, p.10), temos conhecimento de que “escola é espaço de apropriação de saber socialmente produzido e não de desenvolver competências para o trabalho, pois estas se desenvolvem no próprio trabalho”. Tomando esta linha, podemos estendê-la ao Ensino Universitário, onde acreditamos que os saberes científicos se ampliam mais ainda e, por conseguinte, os alunos devem buscar mais fundamentação para atuar neste mundo do trabalho. O valor da escola é mais que a mera aquisição de conhecimentos para os jovens.
A escolha da profissão definirá, sem dúvida, uma escolha do tipo de vida profissional, pessoal e familiar que se vai estabelecer, mesmo sabendo que tal decisão poderá ser alterada no decurso da vida, tem que ser muito bem analisada.
Neste momento de decisão os jovens sofrem muitas influências: os valores de família, a escola, a sociedade, a remuneração, entre outros, que neste momento podem alterar e até mesmo confundir suas decisões. Existem, ainda, as profissões consideradas da moda e a preocupação com o mercado. Atualmente, alunos do Ensino Médio já estão assombrados pelo fantasma do desemprego.
A dificuldade de conseguir trabalho depois da formatura acaba pesando na escolha da profissão. O problema da indecisão e as dificuldades dos alunos do Ensino Médio em relação às suas escolhas para o Ensino Universitário se assentam no fato de que a sociedade impõe a necessidade dos estudos, de uma formação superior, mas não proporciona um bom preparo aos alunos no processo decisório profissional.
Segundo MALACARNE (2007, p. 03):
“É importante considerar que a escolha profissional
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