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Abstinência alcoolica

Por:   •  21/2/2018  •  1.653 Palavras (7 Páginas)  •  738 Visualizações

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INTRODUÇÃO

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ESTUDO DE CASO 6

Pedro, 37anos, solteiro, completou o ensino médio e chegou a frequêntar a faculdade de administração por um ano, mas abandonou o curso quando sua namorada ficou grávida. Pedro então foi trabalhar na pequena mercearia do pai, que também funciona como bar. Depende financeiramente da família para tudo, reside com os pais e o irmão mais novo de 25 anos. Hoje, os pais de Pedro conseguiram trazê-lo à uma unidade de saúde porque começou a passar mal ontem. Esta insone, ansioso, inquieto, queixando-se de dor em queimação no abdominal. Ao exame observou-se que ele estava com consciência clara e informava seus dados adequadamente. Presença de um tremor fino nas mãos, sudorese evidente, pulso acelerado, afebril, PA: 150 x 90 mmHg. Após a avaliação física, os pais solicitaram conversar com os profissionais de saúde a sós. Relataram que nos últimos 10 anos Pedro fazia o uso abusivo de álcool quase que diariamente e uso eventual de maconha. Passa o dia conversando com amigos, á noite costuma beber e ficar pelos bares, alcoolizado. Em varias vezes ligou para o pai solicitando que pagasse suas contas de bar e era prontamente atendido. Já teve problemas com a polícia devido a badernas, mas o pai sempre convencia as pessoas a retirarem as queixas. Os atritos em casa são frequentes. A mãe, extremamente protetora, atua sempre como mediadora dos conflitos gerados pelo filho com o pai e o irmão. Alega ter receio de que aconteça “algo pior em casa”. Os pais já tentaram levar o filho para serviços de saúde, mas Pedro nunca se mostrou legitimamente interessado, já que não retornava após a primeira consulta. Assim, a mãe passou a frequentar grupos de auto-ajuda para familiares de dependentes químicos. Há três meses, devido a intensa desorganização de comportamento, Pedro aceitou ir a um hospital psiquiátrico da região para um período de desintoxicação, onde passou 10 dias. Sua mãe resolveu retirá-lo 30 dias antes do tempo estabelecido pela equipe de saúde, após ter recebido vários telefonemas do filho, que dependência química com abstinência alcoólica 58 alegava não estar mais suportando o sistema de confinamento. Durante toda entrevista, os pais demonstraram profundo afeto pelo filho; choram e manifestam sentimentos de culpa em relação a Pedro. Alegaram que sempre fizeram tudo por ele, nunca lhe negaram nada e não sabem mais o que fazer.

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TRANSTORNOS RELACIONADOS A DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Os principais transtornos relacionados ao uso de substancias químicas são: intoxicação, abstinência, delírio , demência, transtorno amnéstico , psicótico, humor, ansiedade , disfunção sexual,transtorno do sono.

FATORES DE RISCO

Genética, transtornos psiquiátricos (ex: transtornos de conduta), falta de monitoramento dos pais, disponibilidade do álcool.

FATORES PROTETORES

Religião, controle da impulsividade, supervisão dos pais, bom desempenho acadêmico, políticas sobre drogas.

CO-DEPENDÊNCIA FAMILIAR

Os quadros de dependência química geralmente trazem, além das repercussões negativas sobre a saúde do usuário, graves reflexos no âmbito sócio familiar. Entre esses problemas, está a chamada co-dependência da família, ilustrada no estudo de caso 6. Em situações como essa, os membros da família perdem a autonomia em relação às suas vidas e passam a viver exclusivamente voltados para os problemas gerados pelo dependente químico. Geralmente esse tipo de conduta gera muito sofrimento familiar e ajuda pouco o usuário de álcool ou drogas. A família necessita ser orientada e apoiada para constituir-se em um grupo que deve acolher o dependente químico, mas não a qualquer custo. Os membros da família devem ser estimulados a falar de seus sentimentos em relação ao problema e encorajados a retomar seus projetos de vida sem clima de culpabilização, muito frequente nessas circunstâncias. Reuniões familiares regulares na própria Unidade de Saúde e indicação para participação em grupos de auto ajuda como o AL-Anon (grupos para familiares e amigos de alcoólatras) são ações recomendadas.

O co-dependente precisa de ter coragem para romper este circulo vicioso e, se não conseguir, procurar ajuda de um especialista.

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GRUPOS DE AJUDA MÚTUA

Os Grupos de Ajuda Mútua (GAM) são encontros abertos, voluntários e gratuitos de pessoas que partilham um mesmo problema e que, partilhando as suas experiências esperam diminuir o estresse associado ao problema e aumentar as competências para lidar com o mesmo.

Os GAM funcionam como encontros periódicos (semanais, quinzenais ou mensais) de um grupo de 6 a 15 pessoas e são liderados e organizados pelos próprios membros, que assumem um papel ativo e partilham entre si estas funções, e onde o profissional adota a função de facilitador da comunicação. Os GAM têm uma base democrática, sendo as decisões e as regras definidas por todos os seus elementos. A confidencialidade é um dos princípios orientadores, assim como o respeito pela diversidade de cada um.

Nestas reuniões partilham-se experiências, sentimentos, idéias e opiniões, num ambiente seguro, confidencial e de proximidade. Através desta interação, os membros procuram ajudar-se na gestão destes sentimentos e na procura de formas de lidar com as dificuldades, potenciando os sentimentos de autocontrole e auto estima. Problemáticas que possam ser alvo da constituição de um GAM são, por exemplo: cuidado informal de pessoas com demência, doença mental,dependências, entre outros.

Os grupos de mútua ajuda mais conhecidos mundialmente são os Alcoólicos Anônimos (A. A.) e os Narcóticos Anônimos (N. A.), definidos como uma irmandade de homens e mulheres que se ajudam a resolver problemas comuns como o Álcool e outras drogas de abuso.

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SINAIS E SINTOMAS

No estudo de caso 6, os sinais e sintomas apresentados por Pedro no exame físico são:

- Ansiedade, agitação.

-Presença de tremor fino nas mãos, sudorese evidente, pulso acelerado, afebril, PA: 150 x 90 mmHg.

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