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A CIRROSE HEPÁTICA ALCOÓLICA

Por:   •  28/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  296 Visualizações

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Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Saúde Faculdade de Nutrição Dietoterapia 1

Professora:

Discentes:

CASO CLÍNICO: CIRROSE HEPÁTICA ALCOÓLICA (prazo: 03/09/21)

Identificação: Paciente do sexo masculino, 57 anos, ensino médio completo, comerciante.

Dados clínicos: Paciente admitido no Hospital Universitário de Brasília (HUB), com queixa principal de febre e aumento do volume abdominal. Há cerca de 1 mês vem apresentando fadiga ao caminhar e dispnéia. Apresenta episódios febris e desconforto pós-prandial. Alega ter negligenciado a orientação de abstinência alcoólica durante os finais de semana. O paciente vem apresentando aumento progressivo do volume abdominal há 1 ano e meio, é etilista há 15 anos, nega tabagismo, uso de drogas ilícitas, HAS, DM e dislipidemias.

Diagnóstico: cirrose hepática alcoólica e peritonite bacteriana espontânea (PBE) evidenciada por líquido ascítico com transudato. Sem sinais de encefalopatia hepática. Gravidade da doença hepática segundo Child & Pugh, classe C.

Exame físico: Paciente LOTE, apresentando queda de cabelo, olhos e conjuntivas hipocorados, depleção na bola gordurosa de Bichat,        fossas        supra        e intraclaviculares proeminentes, abdome volumoso e tenso (ascítico) e edema presente +4 em m.m.i.i. até coxa.

OBS: Nega inversão do padrão de sono e esquecimentos. Sem relato em prontuário de desorientação. Alega alteração do paladar.

Avaliação antropométrica:

Peso atual: 96kg; peso usual: não soube relatar; PCT: 8mm; CB: 23cm; estatura: 1,86m; CC: 114cm.

Avaliação bioquímica:

Hemácias: 5 milhões/mm3; Hemoglobina: 14,2g/dL; Hematócrito: 40,9%; Leucócitos: 13mil/mm3; Proteínas totais: 6,6g/mL; Albumina: 2,1g/mL; Globulina: 4,5g/mL; Glicose: 120mg/dL; Uréia: 43mg/mL; Creatinina: 0,9mg/mL; Aspartato Transaminase: 69U Karmen/mL; Alanina Transaminase: 59U Karmen/mL; Fosfatase alcalina: 120UI

Sinais vitais:

Pressão arterial: 120x80mmHg; Temperatura: Afebril; Frequência cardíaca: 60 bpm; Frequência respiratória: 30 irpm.

Anamnese alimentar:

Recordatório 24 horas (dia anterior à internação):

  • Desjejum – 8h: Pão francês (2 unidades) com margarina (4 pontas de faca), café (1/2 copo americano) com açúcar (1 colher de sopa rasa).
  • Almoço – 12h: Arroz (1 colher de servir rasa), feijão (1 concha pequena), bife bovino frito (1 unidade média), macarrão (1 pegador) e batata frita (2 colheres de sopa).
  • Lanche da tarde – 16h: Pão francês (1 unidade), margarina (2 pontas de faca), café (1/2 xícara de chá) com açúcar (1 colher de sobremesa rasa), pão de queijo (2 unidades pequenas).
  • Jantar – 19h: Batata frita com queijo parmesão ralado (cerca de 4 colheres de sopa) e cerveja (6 latas).

Sobre este caso clínico, responda:

  1. Descreva o diagnóstico nutricional do paciente. (1,0 pt)

Segundo a antropometria foi relatado edema e ascite, sendo assim foi necessário calcular o peso ideal, já que a presença superestimou o peso atual do indivíduo, as medidas de CB, CMB e ACMB% constatando uma depleção moderada da massa muscular e a PCT e PCT% constatando uma depleção grave de gordura subcutânea, compatível com o exame físico onde vê-se depleção na bola gordurosa de Bichat e as fossas supra e intraclaviculares proeminentes, assim como a história clínica e doença de base onde é comum o desenvolvimento de desnutrição pela doença, além disso o IMC indicou sobrepeso, o que pode ser justificado pela ascite. Já com relação aos exames laboratoriais, a hipoalbuminemia pode ser explicada pela desnutrição e a alta concentração de leucócitos pode ser relacionada a peritonite bacteriana espontânea relatada no diagnóstico clínico do paciente, os dois funcionam como marcadores da síntese hepática alterada. Outrossim, a concentração da uréia, TGO e TGP encontra-se alta, evidenciando uma sobrecarga na função renal, e a glicemia alta está indicando pré-diabetes. Entre os sintomas apresentados pelo paciente, a frequência respiratória aumentada é justificada pela dispnéia. A presença de anorexia, vômitos e/ou náuseas diminuem a quantidade de alimentos ingeridos e absorvidos, além de culminar para perdas de líquidos, nutrientes e eletrólitos, a desnutrição pode estar associada a distensão abdominal provocada pela ascite que leva a sensação de saciedade precoce, contribuindo para a diminuição na ingestão de alimentos. Na anamnese alimentar o paciente não tem o hábito de consumir frutas, verduras e legumes, sendo assim, consome muita fritura, carboidratos simples indicando uma piora na inflamação. Não relatado  hábito de beber água. A prescrição dietética é realizada com base no peso ideal do paciente - 76,11kg , visto que ele apresenta edema e ascite, e o peso usual não foi possível saber.

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