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A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Por:   •  25/10/2018  •  1.592 Palavras (7 Páginas)  •  349 Visualizações

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O aborto ainda é um assunto tabu, pois em alguns países é permitido em outros não. Para além das conseqüências a nível físico, ele tem outras incidências a nível psicológico. Estados depressivos, arrependimento e tentativa de suicídio são alguns dos fatores que registram uma percentagem mais elevada quanto aos problemas emocionais no período pós-aborto. O aborto na adolescência é uma decisão que vai trazer grande impacto à vida da adolescente em questão. Algumas adolescentes opta por ter o bebê, outras preferem recorrer a uma interrupção voluntária da gravidez, (aborto planejado) e o aborto planejado é proibido no Brasil abrindo exceções em caso de estupro, quando há risco a vida da mãe causado pela gravidez e se o feto não tiver cérebro.

O aborto espontâneo acontece até a 12º semana de gestação, quando os principais órgãos do bebê estão se desenvolvendo. Muitas vezes é tão precoce que ocorre antes mesmo da mulher descobrir que está grávida, sendo o único sintoma o atraso na menstruação.

A causa mais comum é a má formação do feto, ou seja, quando um defeito cromossômico impede o desenvolvimento do bebê. O aborto é a forma de o corpo decidir por não levar adiante essa gravidez que não se desenvolve como “esperado”

- ABORTO: DANOS E CONSEQUÊNCIAS

O aborto pode deixar sérios danos e conseqüências para o resto da vida, tanto físicas quanto emocionais.

Na parte física, o aborto pode causar até mesmo a morte da mãe e pode causar hemorragia, infecção uterina e infertilidade, que são complicações comuns em abortos clandestinos. Mesmo nos abortos realizados em hospitais ( nos casos em que são permitidos pela lei) ainda há riscos.

E a parte emocional é devido ao sentimento de culpa, solidão e medo. Depois muitas vezes, apresenta problemas com a maternidade, seja pela dificuldade para engravidar ou com abortos espontâneos recorrentes. E com o tempo apresentam maior tendência ao alcoolismo, à depressão, ao suicídio e ao uso de drogas.

Fazendo um aborto, além de estarem cometendo um crime, os riscos para a saúde são ainda maiores, além de perder a própria vida.

- O QUE A ADOLESCENTE PODE FAZER EM CASO DE GRAVIDEZ PRECOCE

Em caso de gravidez precoce, o que a jovem pode fazer é marcar uma consulta médica para iniciar o pré-natal e contar a sua família para obter o apoio necessário.

Médicos psicólogos e obstetras, assim como enfermeiro e assistente social devem ser informados para que haja uma correta vigilância pré-natal para reduzir as complicações na mãe e no bebê. Este tipo de acompanhamento também ajuda a evitar uma nova gravidez na adolescência e a incentivar a jovem mãe a voltar à escola.

- COMO PREVENIR A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Essa é uma fase e um assunto bem complicado para alguns pais de se falar, mas o ideal é que seja feito todo tipo de esclarecimento de dúvidas dentro da própria casa.

A jovem deve se cuidar para não pegar possíveis doenças e como se prevenir de uma gravidez na adolescência indesejável e tudo mais que achar pertinente. Muitos adolescentes, principalmente as meninas acabam engravidando por falta de conhecimento e muitas das vezes por ter uma vida sexual ativa escondida de seus pais. Nas escolas aprendem sobre preservativos, anticoncepcionais, mas na prática ficam muitas duvidas de como utilizá-los.

Existem alguns métodos de se prevenir dentre eles podemos citar:

- Camisinha

- Pílula anticoncepcional

- Espermicidas

- Método da tabelinha

- Coito interrompido

- Pílula do dia seguinte

DEPOIMENTO DE UMA ADOLESCENTE

Não identificada, 17anos

“Vou ter que abrir mão de muitos sonhos para cuidar da minha filha”“Estou grávida de oito meses e meio, minha bebê já vai nascer. Estou feliz, uma criança é sempre uma alegria. Mas, sabe, eu devia ter planejado isso, hoje vejo que errei. Me descuidei completamente com o meu namorado. A gente mantinha relações sexuais e eu não tomava pílula, nem ele usava camisinha. A verdade é que não pensamos nas conseqüências, no que poderia acontecer depois. Até que um dia eu percebi que estava meio enjoada e comendo demais. Minha mãe também desconfiou e decidiu me levar ao médico. E eu estava grávida mesmo. Meus pais ficaram do meu lado e não me forçaram a casar, eu continuo morando com eles, mas, mesmo assim meu namorado participa bastante. Nesse ponto, eu até tive sorte, porque tem muito cara que não dá a mínima e alguns pais chegam a expulsar a menina de casa. Comigo não aconteceu isso, a única coisa que percebo é um certo preconceito do pessoal na rua, ou mesmo na escola. As pessoas ficam me olhando torto, é bem ruim. Fora isso, tive que desistir do meu sonho de ser aeromoça e larguei o emprego para cuidar do bebê. Até o vestibular que eu planejei prestar ficou para uma outra vez. Se pudesse dar um conselho às adolescentes, diria para elas se prevenirem. O melhor é estudar, trabalhar, ter uma carreira para depois pensar em filho. Se você inverte as coisas, tudo fica mais complicado.”

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