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A Gravidez na Adolescencia

Por:   •  13/3/2018  •  1.757 Palavras (8 Páginas)  •  342 Visualizações

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De acordo com Abramovay, Castro e Silva (2004), a socialização é realizada, simultaneamente, pela família, pela escola, pela mídia e pelo grupo de iguais, entretanto, a família é o primeiro grupo de referência e seus valores perpassam as definições de papéis diferenciados de acordo com o gênero e a idade, desde a infância. Em algumas famílias, com a gravidez adolescente, a relação entre pais e filhas ganha uma significativa melhora. Diante de tantas consequências psicológicas adversas, torna-se relevante o estudo de aspectos emocionais de gravidez na adolescência.

Neste sentido ações de interação tanto de prevenção de gravidez adolescente como um tratamento diferenciado durante as consultas de pré-natal e acompanhamento da gestante e do bebê. Devem ser alvos de programas de saúde principalmente nos serviços públicos. Em geral os serviços de saúde ao se depararem com a situação sistemas adolescente gravidas referem-se a essas adolescentes como adultas, não costume haver por exemplo uma assistência pré-natal diferenciada para sua faixa etária que antecede ao ser adulto, se não há essa diferenciação de cuidados no período do pré-natal por parte dos serviços adolescentes. “A palavra adolescente tem dupla origem etimológica e caracteriza muito bem as peculiaridades dessa etapa da vida, ele vem do latim ad (a, para) e descer (crescer) significa a condição ao processo de crescimento, em resumo, o indivíduo apto a crescer. (Outeiral, 1994. P. 06) ”.

Deve-se levar em consideração quando se pensa em adolescência dois princípios básicos = o primeiro é considerar que existem distinta experiências adolescentes e estes embora com elementos em comum dependem dos aspectos psicológicos e sociais de onde vive o adolescente. O segundo princípio básico que se deve levar em consideração ao pensar em adolescência e a compreensão das diferentes etapas e suas características peculiares.

Segundo Outeiral (1994) a adolescência está dividida em:

- Adolescência inicial (de 10 a 14 anos): é caracterizada, basicamente, pelas transformações corporais e as alterações psíquicas derivadas desses acontecimentos. Fase marcada pelo aparecimento de pêlos, desenvolvimento dos genitais, a palavra chave dessa fase é “corpo”.

- Adolescência média (de 14 a 16/17 anos): tem como seu elemento central as questões relacionadas à sexualidade, em especial a sua passagem da bissexualidade para a heterossexualidade. Fase marcada pela diferenciação de masculino e feminino, a palavra chave dessa fase é: “sexualidade”.

- Adolescência final (de 16/17 a 20 anos): tem vários elementos importantes, entre os quais o estabelecimento de novos vínculos com os pais, a questão profissional, a aceitação do “novo” corpo e dos processos psíquicos do “mundo adulto”. Fase marcada pela independência e definição de novos papéis. Palavra chave dessa fase: “independência”.

O estatuto da criança e do adolescente (de 13 de julho de 1990, lei nº8.069) determina:

Das disposições preliminares:

Art.1º Esta lei dispõe sobre a proteção integral à crianças e do adolescente.

Art. 2º Considera-se crianças, para efeito dessa lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente aquelas entre doze e dezoito anos de idade.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-lhes por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Do direito à vida e a saúde:

Art. 8º É assegurado a gestante, através do sistema único de saúde, o atendimento pré e perinatal.

§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do sistema.

§2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanha na fase do pré-natal.

§ 3º Incube ao poder público propiciar apoio alimentar a gestante e a nutriz que dele necessita.

Art. 9º o poder público, as instituições e os empregadores propiciar ar condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidos à medida privativa de liberdade.

2– Gravidez na Adolescência

A adolescência é uma importante etapa do desenvolvimento do ser humano para atingir a maturidade biopsicossocial.

Nesta etapa a sexualidade manifesta-se em novas e surpreendentes necessidades e suseções corporais, em desconhecidos desejos e na busca de relacionamentos interpessoal, ocasionados pelas alterações hormonais da puberdade, sendo foco importante de preocupação e curiosidade para adolescentes de ambos os sexos. A maneira como os adolescentes vão lidar com a sua sexualidade, como vão vive-la e expressa-la é influenciada por vários fatores, entre das quais estão a qualidade das relações afetivas que vivenciaram e, ainda vivenciam com pessoas significativas para sua vida, pelas transformações corporais, psicológicas trazidas pelo crescimento e desenvolvimento, até os valores, normas culturais e crenças da sociedade na qual estão inseridos. As famílias cada vez mais protegem as mães adolescentes e seus filhos, para que não mudem totalmente o seu estilo de vida e continuem trabalhando ou estudando. No entanto essa proteção nem sempre ocorre, pois está relacionada a diferentes fatores tais como os costumes familiares e os valores morais da sociedade onde acontece gravidez, as dificuldades econômicas, sociais, familiares e a aceitação da gravidez pela jovem entre outros.

Assim o aumento da gravidez nessa fase da vida que no contexto social vigente de percepção das idades e de suas funções devia ser dedicada a preparação para a idade adulta, principalmente relacionada aos estudos e a um melhor ingresso no mercado de trabalho, vem preocupando não só o setor da saúde como outros setores, que trabalham com adolescentes e também os familiares porque as repercussões de uma gravidez em idade precoce e se desprotegidas podem trazer riscos para as adolescentes. O abandono do parceiro ou da família,

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