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Gravidez na adolescência

Por:   •  27/1/2018  •  4.646 Palavras (19 Páginas)  •  336 Visualizações

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A metodologia usada para o desenvolvimento deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, que nos dá um maior respaldo sobre a temática visto as pesquisas realizadas por autores que já desenvolveram outras pesquisas relevantes sobre o tema abordado.

2 CONTEXTUALIZANDO A ADOLESCÊNCIA

Para se chegar a uma definição para “adolescência”, a Organização Mundial de Saúde (OMS), fez a inclusão de critérios: aspectos biológicos, psicológicos e sociais, determinando também a faixa etária para este período, fazendo uso do tempo cronológico, e desta forma definiu tal período dos 10 as 19 anos de idade. No entanto, o Estatuto da Criança e do Adolescente, define este período entre 12 e 18 anos (ECA, 1990).

Borlofi (2006), diz que a adolescência é o período do desenvolvimento de alguns processos psicológicos que passaram a fazer a identificação do desenvolvimento da fase infantil para a fase adulta, uma delas é deixar de ser uma dependentes e passar a ter sua autonomia própria. É um período que outras mudanças surgem e estas bem mais aparentes, as mudanças físicas especialmente nas meninas, e os hormônios, estes nos meninos. Esta etapa da vida é onde as maiores modificações, é onde as crianças terão que abandonar seus hábitos infantis, e passaram a apresentar a sociedade um novo ser que esta desabrochando, um novo corpo, uma nova forma de pensar, momento de aprender e adquiri muitas informações para que possam assumir seu novo lugar na sociedade.

Cardoso (1967, p. 29) referia-se que:

... adolescência é um período da vida que se inicia por um crescimento acentuado. Aos poucos, o adolescente vai mostrando aspectos físicos e mentais peculiares, mas a maneira como se transforma é estritamente pessoal, embora evolua conforme princípios biológicos gerais. O autor salienta que cada homem apresenta características próprias, tanto no desenvolvimento físico como mental, sendo que, assim, o adolescente delineia individualmente sua trajetória, pois sofre influência dos fatores da época em que vive, ou seja, fica em meio a fatores hereditários e ambientais, e se individualiza pela consciência.

Muitos estudos já foram desenvolvidos para que se esclareçam pontos importantes desta nova faixa etária na vida dos jovens, um dos temas bem trabalhados é a gestação exatamente nesta etapa da vida. Consideram uma fase denominada de vulnerável, devido as grandes e variadas transformações, sendo assim, Ferrari (2008) diz que, o adolescente é considerado vulnerável por ser parte de um grupo social que se encontra em fase de importantes transformações biológicas e mentais, articuladas a um redimensionamento de identidades e de papéis sociais.

E quando ocorrem estas mudanças física e psiquicamente, ainda apare um grande impacto, uma gravidez, que além da confusão que causa na mente destes jovens, ainda traz consigo profundas transformações físicas e psicológicas, e consequências individual, social e familiar. E por estas e muitas outras mudas e transformações na vida do adolescente, no decorrer das décadas de 1980 e 1990, a Sociedade Latino Americana e Caribe identificou o adolescente como um importante foco de estudos no campo da Saúde Pública (Lira e Dimenstein, 2004, Ferrari e col., 2008; Damian, 2003).

Contudo, no decorrer da adolescência um dos maiores problemas considerados pelos jovens e pela sociedade é uma gravidez não planejada, no entanto, Santos e Schor (2003), consideram que uma gravidez não é um problema caso a adolescentes seja apoiada, receba assistência medica correta, mais infelizmente sabemos que isso não acontece sempre. Estes fatos ocorrem pelos mais variados motivos como: dificuldades para a aceitação da gestação, pela adolescente e pelas pessoas ao seu redor, pelas dificuldades financeiras, pela ausência do pai da criança, até as consultas de pré-natal (Yazlle, 2006).

(...) quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera consequências tardias e em longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores consideram a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da atividade sexual (BALLONE; 2003, P.79)

Sendo assim, é compreensível que quando uma adolescente depara-se com uma gravidez inesperada, ela já sabe das mais variadas dificuldades que ele terá que enfrentar, principalmente pela sociedade ao qual se vivem.

Contudo, sabe-se que a sociedade atual é muito erotizada, e os jovens passam a receber informações incertas, duvidosas do que pode ser bom ou ruim ao que se refere à sexualidade. E desta forma a iniciação da sexualidade na vida dos adolescentes não é clara suficientemente para que não traga consigo serias consequências posteriormente.

3 CAUSAS DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

3.1 Menarca precoce

A menarca é o nome dado a primeira menstruação de uma mulher, é o momento ao qual começam as mudanças na vida adolescente e que traz consigo transformações, em algumas culturas considera-se a passagem para a vida adulta. A menarca está associada a feminilidade e à fertilidade, e quando ocorre é recebida de formas variadas, as vezes com alegria, as vezes com tristeza, a reação vai de acordo com a maneira a qual o assunto tenha sido tratado com a adolescente junto a família, especialmente a mãe.

No entanto a menarca pode ocorrer precocemente, ou seja, acontece no momento de muito imaturidade da adolescente, onde a mesma pode estar sujeita a dar início a sua vida sexual. Neste contexto Augusto (2012) diz que a iniciação sexual pode ocorrer levada pela curiosidade própria da idade, como meio de expressão de amor e confiança, mas também pode estar relacionada à solidão, carência afetiva e necessidade de autoafirmação.

3.2 Mídia

Atualmente os meios de comunicação estimulam o proibido, dão relevância a sexualidade, e nesta parte acabam transmitindo pensamento fantasiosos sobre o assunto. A mídia não dá ênfase de que sexo sem preservação pode ter como resultado uma gravidez precoce com suas consequências, ou até mesmo doenças sexualmente transmissíveis.

Para Madergan, A. S. et al (2001, p. 36):

Quase nada do que os adolescentes vêem ou ouvem na TV sobre sexo lhes informa acerca de anticoncepção

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