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A Gravidez na Adolescencia

Por:   •  14/3/2018  •  5.227 Palavras (21 Páginas)  •  330 Visualizações

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Surgia assim a concepção da adolescente que se lançava no mercado de trabalho. Nestes casos a gravidez a impedia de evoluir na profissão, além de comprometer a estrutura financeira da família num dos períodos mais difíceis economicamente. Com o fim da II Guerra Mundial ouve uma serie de transformações sociais. Isto assegurou a quebra nos valores sociais importantes até aquele período, levando os jovens que até então já possuíam a característica de viver em grupos, a se unir cada vez mais, estabelecendo assim padrões de convivência em que a atividade sexual é considerada o símbolo da liberdade, do uso do corpo em sua totalidade.

Em meados de 1950 surge à pílula anticoncepcional, que influenciou a maior inserção no mercado de trabalho e também uma liberdade sexual que a mulher ainda não tinha. O comércio da pílula anticoncepcional teve início, no Brasil, em 1962, dois anos depois de ela ter sido aprovada nos EUA pela Food and Drug Administration (FDA). Os métodos contraceptivos dão certa segurança porem nem sempre seu uso é feito da forma correta, atualmente estes são distribuídos de forma gratuita pelo Sistema único de Saúde – SUS.

A inserção da mulher no mercado de trabalho eliminou aquela ideologia qual ela apenas serviria para reprodução e cuidar da casa e filhos. Isto reduziu drasticamente o numero de filhos por casal. Atualmente a sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando a sexualidade dos adolescentes, já se aceita o sexo antes do casamento e de certa forma a gravidez na adolescência. Basta compararmos o período atual com algumas décadas atrás, quando o fato de perder a virgindade era motivo de desonra para a adolescente e a família, além de, na maioria das vezes, culminar com sua expulsão da casa dos pais. Estes tabus, inibições e estigmas estão diminuindo, e a atividade sexual entre jovens está aumentando. E é este fator que causa cada vez mais o aumento no numero de pais com menos de 18 anos.

A sociedade atual de certa forma esta mais precoce em vários aspectos onde uma jovem de 15 anos ainda brincava com bonecas atualmente já esta inserida nas redes sociais em busca de um algo a mais, surgem às oportunidades, o famoso ficar esta cada vez mais comum e passando dos limites. Quando somos adolescentes pensamos que nada pode nos acontecer e que somos imunes a tudo. Primeiramente vem a festa somente depois se pensa na questão das DSTs ou Gravidez, na adolescência isto é algo que ninguém pensa que pode acontecer, o jovem em meio a bebidas alcoólicas e drogas deixa de lado a segurança em busca do prazer momentâneo. A gravidez na adolescência pode ser fruto da falta de informação, as estruturas familiares nos dias de hoje estão cada vez mais frágeis, esta em falta o diálogo com os pais acerca de sua sexualidade, falta de diálogo com o namorado, assuntos como uso de camisinha e vida social geram falta de informação sobre métodos contraceptivos e consequente escolha de métodos pouco eficazes.

Durante o período de transformações, o apoio dado às adolescentes é muito importante, para que elas tolerem as mudanças a que estão sujeitas e não se sintam vulneráveis às transformações biopsicossociais. Para tanto a família deve estar bem estruturada, a fim de não facilitar a ocorrência, comum entre as adolescentes, de violência, uso de drogas e gravidez precoce. (GODINHO, 2000).

A gravidez na adolescência na grande maioria das vezes é algo não planejado e não desejado. O amor adolescente é algo comum á ideia romântica de ficar com o namorado para sempre, faz com que jovens engravidem sem que os namorados saibam dessa vontade a fim de prendê-los pela barriga o que perante a lei o jovem não é obrigado ao casamento desde que cumpra os direitos legais como à pensão dentre outras questões relacionados ao filho. Em alguns casos há o desejo de terem um filho mais jovem, outras o fazem em prévio planejamento e acordo com o namorado para tornarem-se livres dos pais, entre outras várias razões. A gravidez nessa época acarreta muitos efeitos negativos nos futuros pais adolescentes. O isolamento social é a primeira coisa que acontece assim que uma adolescente engravida.A princípio essa gravidez é escondida, falta coragem para enfrentar a sociedade, e essa adolescente torna-se, às vezes, receosa de seus próprios pais. Há insegurança, medo, vergonha, desespero, desorientação, solidão. A gravidez pode também interromper avanços sociais e econômicos desta adolescente e do pai da criança, quando também adolescente. Em muitos casos o primeiro passo é retirar-se da escola, a maioria das meninas grávidas o faz por vontade própria, às vezes por vergonha, ou para casar-se às pressas a mando dos pais, além do medo do julgamento da sociedade, e até mesmo pela necessidade de trabalhar para o sustento dessa criança.

As responsabilidades vêm antes da hora, e faz com que as transformações normais do período da adolescência cheguem junto com as da gestação causando uma confusão na cabeça da jovem futura mãe. Na adolescência, o indivíduo ainda não possui capacidade para racionalizar as consequências de seu comportamento sexual, deparando-se frequentemente com situações de risco, como gravidez não planejada ou indesejada. (GODINHO, 2000). Vamos supor que a gravides venha precocemente, Ou seja, o casal não conseguiu empregar a inteligência, atributo dos seres humanos, para usufruir o prazer sexual e burlar o determinismo biológico da gravidez. Descuidou-se da parte biológica, nem se preocupou com ela, ou utilizou um método contraceptivo ineficiente. Por mais que pareça ter sido apenas uma pessoa a indisciplinada, convém realçar: a indisciplina é do casal e houve concordância de ambos. Culpar só a mulher, que não soube se cuidar, ou só o homem, que não conseguiu se controlar, é resquício da cultura machista. (TIBA, 1996). Se houve concordância por ambas às partes na hora do ato sexual as responsabilidades devem se conjuntas e não lançadas a apenas um dos indivíduos. É fato que a utilização de métodos contraceptivos não ocorre de modo eficaz na adolescência, embora muitos adolescentes conheçam os contraceptivos mais comuns, como a camisinha e a pílula anticoncepcional nem sempre fazem seu uso e se fazem o fazem de forma incorreta. Uma das razões para tal comportamento seria a imaturidade psicoemocional, característica do período da adolescência. Um dos medos dos jovens é com relação às reações da família diante da adolescente grávida que tendem a ser contraditórias, sendo comum a sobreposição de sentimentos de revolta, abandono e aceitação do inevitável. Em muitos casos a adolescente nega a possibilidade de engravidar pensando erroneamente que, se

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