A Atuação do Enfermeiro na DRC
Por: Salezio.Francisco • 16/4/2018 • 4.192 Palavras (17 Páginas) • 540 Visualizações
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A pesquisa bibliográfica aqui teve como objetivo identificar os conhecimentos dos enfermeiros atuantes em serviços de atenção básica à saúde acerca da prevenção e progressão da doença renal crônica (DRC), bem como a utilização desses conhecimentos na assistência aos pacientes atendidos.
Por meio das pesquisas científicas e de exploração dos artigos acadêmicos, serão explorados os principais motivos que levam ao desenvolvimento da doença e como impedir seu crescimento ou ate mesmo prevenir o surgimento da DRC (Doença Renal Crônica).
Com justificativas efetivas, o trabalho terá por sugestão programas de prevenção e meios de ampliar a informação ao público em geral além do comportamento do profissional enfermeiro durante todo esse processo, seja na profilaxia ou no atendimento diário do paciente com ou sem a DRC.
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PROBLEMA
Como estimular ou conscientizar a população dos cuidados e prevenção?
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO
Identificar os principais motivos do surgimento da doença renal crônica, elencar os fatos que contribuem para seu desenvolvimento e elaborar planos de informação para conscientizar e prevenir seu surgimento ou progressão.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS
- Identificar e compreender os fatores causadores da doença renal crônica no Brasil e no mundo;
- Pesquisar e abordar o conhecimento da população sobre a doença e como evitá-la;
- Aplicar e elaborar plano de prevenção por meio de tática informativa de conscientização;
3. CAPÍTULO I – DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO
Para compreender o ciclo dessa doença, é necessário um breve entendimento sobre o funcionamento renal e suas características.
A grande maioria da população nasce dotada de 2 rins, localizados ao lado da coluna vertebral, com uma alta importância no sistema do corpo humano, são órgãos vitais e que se tiverem qualquer indício de falha, devem ser imediatamente submetidos à exames para sanar o que impede seu devido processamento. Os rins são os “limpadores” corpo, filtram os resíduos, toxinas e fluidos excedentes do sangue. Esse último, flui para seus rins através das artérias renais e sai pelas veias renais. O termo renal é um termo médico que significa algo relacionado aos rins. Todos os dias, os rins produzem em torno de 1 a 2 litros de urina, que contém resíduos e fluidos excedentes. A urina sai dos rins através de tubos chamados ureteres e é mantida na bexiga. Depois, deixa a bexiga através de outro tubo, chamado de uretra, quando se urina. Isso é chamado de sistema urinário.
Ainda há algumas múltiplas funções, como a excreção de produtos finais de diversos metabolismos, produção de hormônios, controle do equilíbrio hidroeletrolítico, do metabolismo ácido-básico e da pressão arterial. Existem diversas formas de aferir as funções renais, mas do ponto de vista clínico, a função excretora é aquela que tem maior correlação com os desfechos clínicos. Todas as funções renais costumam declinar de forma paralela com a sua função excretora.[pic 3]
Figura 1. Sistema Renal e Urinário. Adaptado de www.saude.gov.br/drc
A DRC geralmente se desenvolve após uma injúria renal inicial que é seguida de perda lenta, progressiva e irreversível das funções desse órgão. Em sua fase mais avançada, chamada de fase terminal, os rins não conseguem mais manter as suas funções regulatórias, excretórias e endócrinas. É caracterizada por perda progressiva e irreversível da função renal e por complexa síndrome com diversos efeitos nos sistemas cardiovascular, nervoso, respiratório, musculoesquelético, imunológico e endócrino-metabólico.
Em sua fase terminal, os rins não conseguem manter os níveis de homeostase do indivíduo, sendo indicados três métodos de tratamento que substituem a função renal: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal.
O diagnóstico da DRC baseia-se na identificação dos grupos de risco, presença de alterações no exame de urina (microalbuminúria, proteinúria, hematúria) e na redução do Ritmo de Filtração Glomerular (RFG) avaliado por um teste laboratorial chamado Clearance da creatinina sérica. [pic 4]
Figura 2: Esquema de Diagnóstico Clearence. Adap. www.saude.gov.br/drc
Para efeitos clínicos, epidemiológicos, didáticos e conceituais a DRC pode ser dividida em 6 estágios de acordo com a função renal. Na prática clínica, a função excretora renal pode ser medida através da Taxa de Filtração Glomerular (TFG). Para o diagnóstico da DRC são utilizados os seguintes parâmetros:
i. TFG alterada;
ii. TFG normal ou próxima do normal, mas com evidência de dano renal parenquimatoso ou alteração no exame de imagem. Dessa forma, é portador de DRC qualquer indivíduo que, independente da causa, apresente por pelo menos três meses consecutivos uma TFG
São considerados marcadores de dano renal parenquimatoso:
a) Albuminúria > 30 mg/24 horas ou Relação Albuminúria Creatininúria (RAC) > 30 mg/g;
b) Hematúria de origem glomerular, definida pela presença de cilindros hemáticos ou dismorfismo eritrocitário no exame de urina (EAS);
c) Alterações eletrolíticas ou outras anormalidades tubulares. Essas alterações e anormalidades resultam de alterações da reabsorção e secreção dos túbulos renais, geralmente secundárias a síndromes incomuns. Essas doenças costumam ser identificadas em pacientes portadores de acidose metabólica de origem tubular (acidose tubular renal), alterações persistentes dos níveis séricos de potássio, alterações na dosagem de eletrólitos urinários, em geral feito por nefrologistas;
d) Alterações detectadas por histologia, através de biópsia renal. A biópsia renal é utilizada para investigação de anormalidades na função renal de etiologia não esclarecida, em casos de proteinúria ou de suspeita de doenças glomerulares. A biópsia renal, em geral, é indicada pelo nefrologista. As alterações em qualquer exame
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