Unidade de Cinesiologia e Biomecanica Claretiano
Por: Evandro.2016 • 27/5/2018 • 1.497 Palavras (6 Páginas) • 1.079 Visualizações
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31) Diferencie fibras nervosas mielínicas de fibras nervosas amielínicas. Qual a importância da bainha de mielina na transmissão do impulso nervoso?
As células de Schwann encontram-se justapostas aos axônios. Quando a bainha lipídica, esta presente, a fibra é denominada de “mielínica”, quando não, “amielinica”. Na maioria dos nervos, as fibras nervosas tem diâmetro maior que 2um e possuem bainha de mielina; já as fibras com menos de 1um não possuem essa bainha lipídica e são denominadas “amielinica” (CARPENTER, 1991; MOORE,1992).
Uma das características mais notáveis da biomecânica do sistema nervoso é a mobilidade que possui. Sua mobilidade é tal que pode agir dependente ou independentemente das estruturas que cruza, ou seja, as interfaces mecânicas. Uma interface mecânica pode ser definida como aquele tecido ou material adjacente ao sistema nervoso que pode se mover independentemente do sistema. A introdução de um fluido tal como edema ou sangue ao redor do sistema nervoso poderia gerar uma interface patológica (BUTLER; COPPIETERS, 2005).
32) Explique como o comprimento muscular influencia a tensão muscular.
A força ou tensão que um musculo exerce varia com o comprimento ao qual é mantido quando estimulado. Tensão máxima é produzida quando a fibra muscular se encontra no seu estado de repouso. Se a fibra muscular encontra-se encurtada, a diminuição da tensão diminui lentamente no principio e, em seguida, rapidamente. Se a fibra muscular é alongada além do comprimento de repouso, a tensão progressivamente diminui.
33) Explique a relação carga-velocidade durante a contração muscular.
A velocidade de encurtamento de um musculo contraindo-se concentricamente é inversamente proporcional à carga externa aplicada (GUYTON,1986). Ou seja, a velocidade de encurtamento é a maior quando externa é zero, mas, à medida que a carga aumenta, o encurtamento muscular é cada vez mais lento.
Quando a carga externa se igualar à forca máxima que o musculo pode exercer, a velocidade de encurtamento torna-se zero e o musculo contrai-se isometricamente (NORDIN; FRANKEL, 2003).
34) Como a temperatura influencia a contração muscular?
A elevação da temperatura muscular causa um aumento na velocidade de condução por meio sarcolema, o que aumenta a frequência de excitação e, consequentemente, a produção de força muscular. Essa elevação da temperatura também causa maior atividade enzimática do metabolismo celular aumentando a eficiência da contração muscular, além de provocar um aumento na elasticidade do colágeno, o qual aumenta a extensibilidade da unidade musculotendinea. A temperatura muscular aumenta por dois mecanismos: aumento do fluxo de sangue e do metabolismo celular (PHILLIPS; PETROFSKY, 1983).
35) Como a fadiga muscular influencia a execução de um ato motor?
A habilidade de um musculo para contrair e relaxar depende da disponibilidade de adenosina trifosfato (ATP). Se um musculo tiver uma provisão adequada de oxigênio e nutrientes, pode sustentar uma serie de respostas de baixa frequência de tetania por longo período (tônus muscular). Se a frequência de excitação aumenta e ultrapassa a taxa de substituição de ATP, as respostas de tetania progressivamente se tornam mais fracas e eventualmente caem a zero. Essa queda na tensão seguida de excitação prolongada é a fadiga muscular (NORDIN; FRANKEL, 2003).
Podemos citar três fontes de síntese de ATP para os músculos:
- Fosfato de Creatina
- Fosforilação oxidativa na mitocôndria
- Fosforilação de substrato durante a glicose anaeróbica.
A taxa moderada de atividade muscular (a maioria do ATP necessário para a atividade muscular) é formada pelo processo de fosforilação oxidativa. Durante atividades físicas de alta intensidade, a substituição de ATP mediante a fosforilação oxidativa pode ser limitada. Nessa fase, a glicose anaeróbica começa a contribuir com uma porção crescente de ATP, tornando-se uma fonte adicional para prover rapidamente o musculo com ATP. Depois de um período de intenso exercício, os níveis de fosfato creatina tornam-se baixos e muito do glicogênio muscular pode ter sido convertido em acido lático, gerando, consequentemente, fadiga muscular.
36) Do ponto de vista fisiopatológico, o que ocorre com as fibras musculares após um período prolongado de imobilização?
Assim como o tecido muscular reage ao estresse mecânico imposto por forcas externas ao corpo, modificando suas propriedades, a ausência de estresse também induz respostas adaptativas nessa estrutura (MUELLER; MALUF, 2002). Em geral, a perda de componentes básicos do tecido muscular é resultado do processo de imobilização e pode repercutir negativamente nas funções teciduais básicas (ENGLES, 2001). As alterações advindas da imobilização diferem entre os tecidos corporais conforme suas características e parecem ser mais facilmente revertidas ou recuperadas no musculo quando comparado com o tecido conectivo (COOPER,1972). Uma das justificativas é o maior suprimento sanguíneo e nervoso, que permite uma taxa metabólica aumentada no tecido muscular (COOPER,1972). Existem evidencias de que um período de imobilização de duas semanas
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