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TREINAMENTO FÍSICO PARA A TERCEIRA IDADE

Por:   •  21/2/2018  •  3.146 Palavras (13 Páginas)  •  299 Visualizações

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2. TREINAMENTO FÍSICO: QUALIDADE DE VIDA PARA A TERCEIRA IDADE

Vivemos em uma sociedade que acarreta vários tipos de doenças descobertas ao longo dos anos pelos cientistas, cuja medicina tenta tratá-las com a maior eficácia possível.. Pensando nisso profissionais da área da medicina e também de Educação Física tentam provar que os exercícios físicos acondicionados a uma boa alimentação pode evitar vários tipos de doenças bem como tornar a vida na terceira idade mais prazerosa.

Diante desta realidade é que surge o treinamento físico, uma atividade física planejada e sistemática que via a melhora das capacidades físicas de ambas as idades. Sabe-se portanto que o treinamento físico possui características individuais, sendo assim, o treinamento físico que serve para uma pessoa pode não servir para a outra, necessitando é claro da intervenção de profissionais que atuam nesta área.

Segundo MACIEL (2003) O treinamento físico é a base para o treinamento dos atletas, é através dele que os atletas condicionam seu corpo para a prática esportiva, aumentando força e massa muscular, diminuindo o percentual de gordura, aumentando a flexibilidade, melhorando as capacidades aeróbia e anaeróbia, enfim melhorando seu condicionamento físico geral.

De acordo com SANTOS (2012) o processo de envelhecimento além de estar atrelado à longevidade, também pode estar atrelado ao declínio nas capacidades funcionais e na independência do idoso. Portanto com o envelhecimento, a tendência é que as pessoas se tornem cada vez menos ativas, com base na ideia equivocada de que o exercício (esforço) é uma tarefa apenas para os jovens.

Segundo MATSUDO (1999, p. 1):

Dados científicos relatam que a participação em um programa de exercício leva à redução de 25% nos casos de doenças cardiovasculares, 10% nos casos de acidente vascular cerebral, doença respiratória crônica e distúrbios mentais. Talvez o mais importante seja o fato que reduz de 30% para 10% o número de indivíduos incapazes de cuidar de si mesmos, além de desempenhar papel fundamental para facilitar a adaptação à aposentadoria.

Segundo Dias (2011) O processo do envelhecimento, do ponto de vista fisiológico, não ocorre necessariamente em paralelo ao avanço da idade cronológica, apresentando considerável variação individual. Este processo é marcado por um decréscimo das capacidades motoras, redução da força, flexibilidade, velocidade e dos níveis de VO2 máximo, dificultando a realização das atividades diárias e a manutenção de um estilo de vida saudável.

De acordo com Matsudo (1999) Uma das principais causas de acidentes e de incapacidade na terceira idade é a queda que geralmente acontece por anormalidades do equilíbrio, fraqueza muscular, desordens visuais, anormalidades do passo, doença cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos.

Sabe-se, portanto que o grau de degeneração dos idosos será de acordo com o nível de condicionamento físico, ou seja um idoso que não pratica nenhum tipo de atividade física, provavelmente irá apresentar um grau degenerativo maior do que um idoso praticante de exercícios físicos.

Sobre tal fato, relata BARBANTI (1998, P. 06):

“A atividade física é uma parte integral e complexa do comportamento humano, envolvendo componentes culturais, socioeconômicos, psicológicos e é dependente de vários fatores como o tipo de trabalho, tipo físico, personalidade, quantidade de tempo livre, possibilidade de acesso a locais e instalações esportivas, etc. A capacidade de rendimento do nosso corpo muda continuamente durante a vida.”

Sabendo que a capacidade física dos seres humanos passa por processo de alteração com o passar dos anos, devemos nos atentar para a necessidade de realizarmos diariamente a atividade física, não nos prendendo a falta de tempo e espaço, mas sim nos precavendo que os momentos disponibilizados para a prática de atividades físicas hoje, poderá evitar possíveis doenças na fase da terceira idade que são causadas pelo sedentarismo.

Conforme Caspersen et al apud GUEDES (1995, p.11). “A atividade física é definida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.”

VILARTA (2005, p. 160) comenta que é chegado o momento de termos um novo paradigma quanto a vida na terceira idade. Percebê-los como indivíduos participativos e ativos na sociedade. Deste modo, estes sujeitos beneficiam-se positivamente do desenvolvimento, passando de sedentários para idosos ativos que participam de treinamentos físicos.

Sabe-se que quando possuímos um estilo de vida ativo, realizando a prática regular de exercícios físicos, evita-se um número significativo de mortes causadas por falta de atividade física como diabetes, Câncer de cólon e mortes causadas por quedas que são muito comum entre pessoas idosas.

Diante deste cenário preocupante entre a terceira idade é que surge como uma esperança de mudança de vida os treinamentos físicos, que são exercícios praticados regularmente e condicionados por profissionais capacitados e entendidos da área da Educação Física e da medicina, já que ambos costumam caminhar em conjunto.

Sobre os tipos de treinamentos físicos para a terceira idade podemos citar o Treinamento de força, aeróbico e flexibilidade. Entretanto para participar de um programa de treinamento o idoso precisa ser avaliado por profissionais que irão dizer se tais atividades são compatíveis à realidade de cada um.

Segundo TEIXEIRA (2011) para a efetivação dos resultados provenientes do treinamento de força, alguns aspectos precisam ser observados, os quais serão apresentados a seguir:

- Exercícios: dependem dos objetivos e de alguma eventual limitação clínica do idoso. Na fase inicial do treinamento, que a duração deverá ser, aproximadamente, 2 a 3 semanas, é interessante que os exercícios sejam em máquinas e para grandes grupos musculares. Após a adaptação, os exercícios poderão ser prescritos com pesos livres.

- Intensidade: na fase inicial do treinamento, a carga inicial deve ser, aproximadamente, 50% de 1 RM. Após esta fase, a carga poderá ser aumentada até 80% de 1 RM. Em termos práticos, em razão da relativa dificuldade para a determinação de carga máxima em idosos, pode-se utilizar valores correspondentes à sensação subjetiva de esforço.

- Séries e repetições: No período inicial de treinamento, é suficiente

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